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Artigo – Impactos e desafios da Black Friday para a segurança digital das empresas


por Cleber Ribas*

Depois de passar por uma crise de confiança dos consumidores por conta de algumas lojas que ofereciam descontos fake, a Black Friday vem reconquistando, ano a ano, a confiança dos consumidores e com isso o status de tema estratégico para empresas de todos os mercados possíveis.

E não é para menos. Segundo pesquisas, por exemplo, mais de 90% dos consumidores brasileiros planejam fazer compras nas promoções deste período. Junto das grandes oportunidades abertas por essa data, porém, surgem alguns desafios.

Estamos falando de reforçar estoques, reavaliar processos logísticos e ampliar o time de vendas. Mas não apenas isso. Além destes pontos, é também fundamental que as empresas reforcem as iniciativas para a segurança digital de suas operações.

Essa é uma demanda importante por diversos motivos. O primeiro e maior deles, sem dúvida, é o aumento do tráfego gerado de forma sazonal o que exige uma infraestrutura capaz de suportar a demanda, além da explosão de dados gerados neste tempo.



Companhias de todos os segmentos (lojistas, distribuidores, indústrias, prestadores de serviço etc.) devem trabalhar para assegurar que as aplicações funcionarão e a proteção dos dados de seus clientes, bem como encontrar formas para manter as transações seguras e integras.

Parece óbvio, mas é um desafio que ganha contornos diferentes quando se trata de uma época em que qualquer instabilidade e oscilação pode representar a perda de várias vendas. E pode ser um tema ainda mais crítico, no caso, se nos lembrarmos de que a segurança das informações é também um ponto importante para a credibilidade das empresas junto aos consumidores neste mundo digital.

De acordo com uma pesquisa conduzida pela Toluna, quase metade dos consumidores deixaria de comprar de uma marca, caso descobrissem que ela teve sofreu algum tipo de vazamento de dados. É algo a ser considerado, além obviamente de todas as implicações técnicas e jurídicas que este tipo de situação pode acarretar.

Quando pensamos em cibersegurança e Black Friday, é normal pensarmos em todos os golpes e fraudes que circulam pela Internet. Basta acessar seu e-mail agora para ver, certamente, algumas mensagens com ofertas altamente improváveis que levam até links suspeitos.

De fato, o Pishing é um importante ponto de atenção, que deve ser tratado com cautela e foco por todos – inclusive empresas que não estão diretamente ligadas às promoções, mas que têm colaboradores, por exemplo, compartilhando dispositivos para uso pessoal e profissional. Mas é preciso garantir que esta não é o único risco à segurança digital corporativa.

Para lidar com este cenário, as empresas devem se apoiar em um tripé composto por boa-informação, com ações que mostrem o papel central de cada pessoa nessa jornada; alta tecnologia, com recursos que ajudem a filtrar e impedir que os links maliciosos sequer entrem nas redes (por meio dos filtros e ferramentas de Firewall de Nova Geração, por exemplo); e equipe, investindo para a formação de equipes cada vez mais ágeis e preparadas para agir com assertividade, até mesmo diante de possíveis intercorrências.

Evidentemente, os cuidados com a proteção dos dados e a manutenção da segurança devem ser constantes. Por isso, é extremamente recomendável que as organizações não tenham apenas um plano de contingência para manter os ambientes seguros apenas em momentos-chave (como a Black Friday ou Natal).

Ao contrário, a melhor proteção para estes tempos é investir continuamente em estratégias – observando desde os pontos mais básicos, como a atualização em dia dos sistemas de segurança até a maximização das barreiras em torno do perímetro como um todo.

Assim como as companhias, hoje, traçam metas audaciosas para vender mais na última sexta de novembro (e no Natal ou qualquer outra data), é vital que elas igualmente coloquem a segurança cibernética como um elemento intrínseco às estratégias de suas marcas – sejam elas do varejo ou de qualquer outro segmento. A sustentação da proteção digital dos ambientes corporativos é uma soma de fatores que une pessoas, ferramentas e processos.

Em tempos de transformação digital, antecipar, filtrar e mitigar ao máximo qualquer ameaça é um trabalho de reforço da credibilidade e de valorização de todos os públicos, incluindo clientes, colaboradores, parceiros e comunidades.

Oferecer ambientes seguros é, também, ter um trunfo para atrair as pessoas. E isso só é possível com uma combinação entre inovação, conhecimento e responsabilidade. Resta ver, porém, quem entenderá que investir em proteção é um passo para ganhar mais. Aqueles que caminharem nessa direção, com certeza terão chances de fazer bons negócios não apenas na hora da Black Friday.

*Cleber Ribas é CEO da Blockbit



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