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Intel compra empresa de carros autônomos por US$ 15,3 bilhões

Com os PCs de mesa quase se tornando um nicho de mercado e a mobilidade praticamente consolidada entre marcas concorrentes, a Intel está decidida a apostar nas novas ondas da tecnologia para garantir sua sobrevivência nos próximos anos. A fabricante de chips anunciou nesta segunda-feira, 13 de março, a aquisição da Mobileye, de sensores para carros autônomos, por US$ 15,3 bilhões (cerca de R$ 48 bilhões).

A Mobileye desenvolve sistemas, sensores e chips que ajudam os carros a navegar de forma autônoma (sem motorista) e conseguem prevenir colisões. A Intel prevê que a união do conhecimento e produtos de ambas as empresas possam dar um fôlego novo para o futuro da fabricante de chips, que já foi incontestável e hoje sobre forte pressão de concorrentes como ARM, NVidia e Qualcomm.

“Espera-se que a combinação acelere a inovação para a indústria automotiva e posicione a Intel como um provedor líder de tecnologia no mercado de rápido crescimento para veículos autônomos”, aponta o comunicado oficial. A Intel estima que a oportunidade de mercado de sistemas de veículos, dados e serviços chegue US$ 70 bilhões até 2030.

A transação mostra que há fortes ações a caminho e não era só conversa a estratégia da Intel de investir em oportunidades de mercado intensivas dos novos segmentos que adotarão chips, nuvem e dados. Em novembro de 2016, a fabricante anunciou que tinha US$ 250 milhões para conquistar o mercado de carros autônomos. Seus mais recentes planos anunciados ainda incluem direcionamento da empresa para a telefonia de quinta geração (5G) e internet das coisas (IoT).

Novo mercado a caminho
Evidentemente, a Intel não está sozinha nessas novas ondas da tecnologia da informação (TI). Todas suas principais concorrentes também visualizaram que o mercado estava mudando e investiram dinheiro e fizeram aquisições nesses novos segmentos. Contudo, a aquisição da Mobileye, se não é garantia plena de sucesso para a ex-dominante de chips, é sinal que a empresa não pretende deixar passar essas novas oportunidades, como fez com a mobilidade.



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