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Vírus bancário pode ter se fortalecido com ataques de ransomware

O ataque massivo do ransomware WannaCry está ainda gerando respingos no mundo da segurança digital. O malware que sequestra dados e exige resgate usou brechas e técnicas de propagação que podem estar fortalecendo um conhecido vírus bancário. Pesquisadores acreditam que o Trojan Trickbot está usando os novos conhecimentos inseridos no WannaCry para se espalhar.

Aparentemente, os cibercriminosos estão tirando lições do ataque massivo do ramsonware para aumentar o poder do Trickbot, com o objetivo de roubar mais dinheiro em menos tempo. Isso não chega a ser uma novidade. Hackers do mal têm constantemente melhorado suas ferramentas de ataque quando uma nova forma de invasão ou propagação é descoberta, ou quando uma brecha nova nos sistemas se mostra eficiente.

O próprio Trickbot é considerado o melhoramento de um trojan mais antigo e que, surpreendentemente, foi dado como morto há alguns anos. Sua ação está deixando bancos e empresas financeiras em alerta desde o ano passado. O Trojan geralmente se espalha por meio de anexos de e-mail que simulam faturas de uma grande “instituição financeira internacional”, porém sem nome especificado. No entanto, o link remete os desavisados para uma página de login falsa usada para roubar credenciais.

A nova versão do TrickBot banking Trojan, conhecida como “1000029” (v24), foi encontrada em uso de brechas no Windows Server Message Block (SMB) – essa foi a mesma maneira que permitiu que WannaCry e Petya se espalhassem pelo mundo rapidamente.

Na semana passada, pesquisadores do Flashpoint, que acompanharam continuamente as atividades do TrickBot e seus objetivos, descobriram que o trojan bancário evoluiu e adotou o uso do SMB, algo até então inédito. Pelo menos um grupo hacker está sendo investigado como sendo o autor da melhoria criminosa.



Os especialistas acreditam que é apenas um teste do poder do trojan, já que os novos recursos não foram implementados em todas as novas versões identificadas em ataques. O TrickBot também não estão usando a capacidade de verificação dos IPs externos para conexões SMB, algo que ajudou muito o WannaCry a ter um resultado devastador, explorando uma vulnerabilidade denominada EternalBlue.

Apesar disso, a preocupação é grande. O trojan modificado está explorando domínios para listas de servidores vulneráveis por meio da API do Windows NetServerEnum e identificando outros computadores na rede através do LDAP (Lightweight Directory Access Protocol).

A nova variante TrickBot também pode ser disfarçada como ‘setup.exe’ e entregue como um script PowerShell para se espalhar através da comunicação interprocesso e baixar a versão adicional do TrickBot em unidades compartilhadas.

“A Flashpoint avalia com confiança moderada que o Trickbot provavelmente continuará a ser uma força formidável no curto prazo”, aponta o comunicado da empresa. “É evidente que a gangue usando o Trickbot aprendeu com os surtos globais do Wannacry e ‘NotPetya’, e está tentando replicar sua metodologia”. (NotPetya é um termo usado por algumas empresas de segurança que detectaram que não era exatamente um ransomware Petya que atacou o mundo há algumas semanas).

Dicas de segurança
Para se proteger contra essa infecção é preciso sempre suspeitar de arquivos e documentos indesejados enviados por e-mail. Nunca clicar em links dentro deles que remetam a endereços estranhos e que contenham nomes de empresas conhecidas no meio de outros caracteres como disfarce. Mantenha também cópias (backup) de dados importantes, assim como atualizações indicadas por fabricantes de software.

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