A falta de infraestrutura adequada para o armazenamento e a coleta de resíduos ainda é um dos maiores entraves para a gestão eficiente de resíduos sólidos no Brasil. Nesse cenário, a conteinerização se destaca como uma solução eficaz para otimizar a coleta, preservar a qualidade dos recicláveis e impulsionar a economia circular.
A implantação de contentores apropriados possibilita a coleta mecanizada, seja por carga traseira, lateral ou vertical, reduzindo custos operacionais, aumentando a segurança e otimizando o tempo de serviço. Além disso, empresas especializadas em conteinerização, como a Contemar Ambiental, oferecem modelos específicos para coleta seletiva, incluindo contentores exclusivos para vidro, que fortalecem a reciclagem, minimizam custos e reduzem desperdícios no setor de limpeza urbana.
Benefícios diretos da conteinerização
- Otimização da mão de obra e da frota, com menor desgaste operacional;
- Fortalecimento da coleta seletiva, ampliando o reaproveitamento dos materiais;
- Preservação da qualidade dos recicláveis, evitando contaminação e aumentando seu valor agregado.
Desperdício bilionário: o custo da inação
Estudos indicam que, em 2020, falhas na gestão de resíduos urbanos custaram cerca de R$ 97 bilhões ao país, considerando os impactos ambientais, climáticos e à saúde humana. O mesmo estudo mostra que, com medidas como o fechamento de lixões e o aumento da reciclagem para 50%, os custos podem ser reduzidos em até 80% até 2040, caindo de R$ 120,6 bilhões para apenas R$ 22,6 bilhões.
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) estabelece metas ambiciosas para o país, como a erradicação dos lixões, a ampliação da reciclagem e o fortalecimento da logística reversa. Seu objetivo central é promover uma gestão sustentável dos resíduos, conciliando desenvolvimento econômico, proteção ambiental e inclusão social, de forma a integrar toda a cadeia produtiva em uma economia circular.
Hoje, o Brasil perde cerca de R$ 14 bilhões por ano em materiais recicláveis descartados de forma inadequada, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE). Papel, plástico, vidro e metais acabam em aterros sanitários ou lixões, deixando de retornar ao ciclo produtivo e de gerar riqueza para a indústria nacional.
Caminho para a sustentabilidade
Segundo especialistas, o desperdício de materiais recicláveis não traz impactos apenas para a economia. Ele também intensifica problemas ambientais e sociais, como a contaminação do solo e da água, a emissão de gases de efeito estufa e a sobrecarga dos serviços públicos de limpeza urbana.
Para Márcio Welsh, diretor comercial da Contemar Ambiental, a conteinerização, quando aliada à implementação efetiva do Planares, pode ser uma oportunidade estratégica para mudar esse cenário. “Ao garantir infraestrutura moderna e eficiente, os municípios têm condições de reduzir perdas, gerar empregos, aumentar a renda no setor e avançar rumo a uma economia mais sustentável e circular”, destaca.