A abertura das inscrições para a Fuvest representa um momento de esperança de milhares de jovens que sonham com a universidade como caminho de transformação de vida. Mas uma pesquisa recente mostra que o verdadeiro desafio está além do acesso: é na permanência e na conclusão da graduação.

De acordo com estudo da consultoria Plano CDE, encomendado pelo Instituto Sol, apenas 17,7% dos jovens de baixa renda da Região Metropolitana de São Paulo chegam ao ensino superior, e somente 4% conseguem concluir.



“O dado é chocante, mas também é um chamado à ação, porque sabemos que, quando esse jovem consegue se formar, sua vida e a de toda a sua família mudam de patamar”, afirma Bruna Waitman, CEO do Instituto Sol.

De acordo com a pesquisa, um diploma universitário representa, em média, um aumento de R$ 4.883,78 na renda mensal em relação a quem tem apenas o ensino médio, o que equivale a cerca de R$ 2,6 milhões ao longo da vida.

O vestibular é só o começo

Bruna explica que a transformação só é possível quando o apoio vai além da entrada na universidade. “Não basta passar no vestibular. O desafio está em garantir permanência e condições reais para que esses jovens cheguem à conclusão do curso. É isso que trabalhamos no Sol, com suporte pedagógico, emocional e financeiro. Não é só abrir a porta, é caminhar junto com eles até o fim do percurso.”

É o que confirma a ex-bolsista Larissa Neves, formada em Direito pelo Mackenzie. “Quando eu passei no vestibular, o Instituto Sol foi essencial para mim, não só pelo suporte financeiro, mas principalmente pelo apoio emocional e pela rede de acolhimento que encontrei. Fui a primeira da minha família a concluir o ensino superior, e isso representa muito mais do que um diploma: é a certeza de que é possível abrir portas para quem vem depois”.

O papel do Instituto Sol

É nesse cenário que iniciativas como o Instituto Sol se tornam decisivas. A organização atua desde o ensino médio até a inserção no mercado de trabalho, oferecendo bolsas em escolas de excelência, acompanhamento pedagógico, suporte psicossocial e orientação de carreira.

Se sem esse suporte, apenas 4% dos jovens do perfil atendido chegariam a concluir o ensino superior, com o apoio do programa, a taxa de conclusão entre os bolsistas apoiados chega a 100%.

“O impacto não é só econômico, é social e humano. Vemos jovens que ampliam seu repertório cultural, conquistam autonomia e fortalecem sua autoestima. Eles não apenas acessam a universidade, mas aprendem a ocupar esses espaços de forma plena”, diz Bruna.

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