Em celebração ao 25º aniversário da Fundação Salua Daura de Arte e Cultura – FADA, a cidade de Três Marias (MG) recebe oficinas e workshops na semana anterior ao evento, além de uma programação voltada à arte, diversidade e identidade cultural nos dias 28, 29 e 30 de novembro.
De acordo com Zackia Daura, fundadora da FADA, "Festival FADA 25 anos é um rito simbólico. Um marco que confirma que a arte é um dos caminhos mais legítimos para que o inconsciente coletivo se manifeste, se cure e se reconheça". Zackia pontua que "ao reunir gerações em torno da criação e da expressão, o festival convoca o que Jung chamou de imaginário arquetípico — forças que despertam memórias profundas, identidades adormecidas e o poder ancestral da criatividade".
Nesse sentido, "a FADA se torna um espaço onde a cultura deixa de ser produto e volta a ser processo: provocação, reconhecimento, ruptura e reintegração. A cada edição, o festival instiga a romper com padrões limitantes, a rever conceitos, a experimentar novas formas de sentir e estar no mundo — sem jamais perder o vínculo com aquilo que nos forma: nossa história, nossa terra, nossa ancestralidade", ressalta Zackia Daura.
Zackia Daura diz que "celebrar 25 anos de FADA significa assumir que a arte não serve apenas ao entretenimento; ela nos leva a transformar, provocar, investigar e devolver ao ser humano sua capacidade de criar sentido. Liderar a Fundação ao longo desses anos é viver a arte como um compromisso existencial, não apenas institucional. É atuar como guardiã de um espaço em que o humano pode emergir inteiro: com suas sombras e luzes, com sua dor e potência. É cultivar ambientes em que o corpo dança aquilo que a mente ainda não entende, em que a voz canta o que a razão não sabe explicar, onde o gesto cria elos entre o que fomos e o que podemos vir a ser".
Zackia enfatiza que "sob uma perspectiva junguiana, 25 anos são também a travessia do processo de individuação da própria FADA: uma jornada de autoconhecimento coletivo. A fundação inovou, se arriscou, escutou a comunidade, acolheu novas linguagens, sem abandonar sua origem. Zackia finaliza dizendo: "Estar à frente dessa missão por décadas é honrar uma missão divina, fomentando a energia criadora que se renova, que inspira e que continua a se manifestar por meio das pessoas e das obras que florescem nesse espaço".































