Em um cenário marcado por alta competitividade, exigências regulatórias rigorosas e pressão constante por eficiência, a automação industrial deixou de ser tendência para se tornar uma necessidade estratégica, especialmente em setores como o farmacêutico. A inclusão de novas tecnologias e equipamentos modernos impacta diretamente a qualidade dos produtos, a segurança dos processos, a produtividade das equipes e a capacidade de atender à demanda da população com medicamentos cada vez mais seguros e acessíveis.
Dados do Grupo FarmaBrasil indicam que a indústria farmacêutica brasileira deve investir cerca de R$ 16 bilhões até 2026, sendo mais da metade direcionada à modernização fabril, automação de processos e aquisição de maquinário de alta tecnologia. Esse movimento acompanha o crescimento do setor, que registrou alta de 11,5% no faturamento no primeiro semestre de 2025, impulsionada justamente por ganhos de escala, eficiência operacional e inovação tecnológica.
A padronização de processos, otimização do tempo produtivo e a automação geram impactos externos relevantes. Entre eles estão a disponibilidade de medicamentos, maior previsibilidade de entregas, fortalecimento da cadeia produtiva nacional e o acesso da população a produtos de qualidade, fabricados com padrões técnicos.
Investimento para qualidade
Inserido nesse contexto de modernização industrial, o Laboratório Teuto, que fica no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), ampliou sua estrutura produtiva com a incorporação de um novo Misturador de Bins no setor de sólidos orais. O equipamento integra um conjunto de investimentos voltados à automação e à melhoria contínua dos processos fabris, alinhando eficiência operacional, controle rigoroso de qualidade e capacidade de expansão produtiva.
De acordo com a coordenadora de produção, Juliana Caixeta, o equipamento atua diretamente em etapas críticas da fabricação de medicamentos. “O misturador é responsável por garantir a homogeneização dos pós-farmacêuticos, assegurando a mistura precisa entre ingredientes ativos e excipientes. Isso se reflete em maior uniformidade, segurança e qualidade no produto final”, explica.
Além do impacto técnico, Juliana afirma que a nova tecnologia contribui para a otimização do fluxo produtivo, com redução do tempo de parada entre trocas de produtos, melhor aproveitamento dos recursos e maior agilidade operacional. “A qualificação do equipamento foi concluída em novembro, acompanhada pelo treinamento da equipe, reforçando o compromisso da empresa com capacitação profissional e excelência nos processos”, descreve.
O Misturador de Bins é mais uma peça em um programa de modernização que o Teuto vem executando. Recentemente, a empresa investiu em uma instalação de duas novas máquinas compressoras modelo Fette P3030. Com capacidade de produzir até um milhão de comprimidos por hora, segundo a empresa, essas máquinas possuem um sistema de autocontrole integrado (Checkmaster) que ajusta automaticamente qualquer desvio nos parâmetros de peso, espessura e dureza.
Outra etapa foi a inauguração do novo Prédio de Sistema de Tratamento de Água Purificada (PW), instalação que fornece a base necessária para suportar as futuras expansões da capacidade produtiva. O Teuto também colocou em funcionamento um Centro de Distribuição (CD) no município da Serra, no Espírito Santo. A unidade, com capacidade para armazenar até 4.170 paletes, será responsável por aproximadamente 30% do volume distribuído pela empresa em todo o país — uma movimentação de cerca de 200 mil caixas por mês.






























