Estão abertas as inscrições para o 5º Encontro Nacional de Jovens Lideranças Contábeis (ENJLC), que acontecerá no Riocentro, Rio de Janeiro (RJ). Serão dois dias de evento, 20 e 21 de outubro, com uma programação variada e formada por renomados especialistas da área contábil e de interesse público.
O evento é uma idealização do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com apoio do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), e tem organização da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC). Os participantes terão acesso a uma feira de negócios que vai explorar as tendências do universo contábil, atividades paralelas e shows.
Destaque entre os palestrantes, Lucas Lima, mais conhecido como Contador Revoltado estará presente. Ele trata da contabilidade de forma prática e já conta com 16 anos de experiência na área e quase 200 mil seguidores em uma de suas redes sociais.
O especialista em nova economia e empreendedorismo, Carlos Oshiro, apresentará o painel que tratará do Metaverso e o mundo dos negócios, uma pauta atual que mostrará as tendências do mercado. Mayara Junges, do portal Escola do Mei 2.0 e CEO da Dez Contabilidade Digital, também participará do evento com a palestra sobre empreendedorismo e contabilidade.
Outros grandes nomes estarão presentes nos debates do 5º ENJLC. Entre eles está um dos maiores influenciadores da área contábil, Altair Alves, que já conta com mais de 700 mil inscritos no canal Gerando Empreendedores. Também estão na programação a especialista em contabilidade e auditoria, Natália Santos; o CEO das empresas O Meu MEI e TEC PAD, também dono do canal Seracrola, Jhonny Martins; o CEO e Founder da OmegaPrice, Eliandro Prado; o contador e tributarista, Fellipe Guerra; a sócia-diretora de transformação digital da KPMG, Thammy Marcato; e o empreendedor do ano da Ernst Young, CEO da Alterdata Software, Ladmir Carvalho.
Para participar, basta realizar a inscrição no endereço eletrônico enjlc.com.br.
Serviço:
5º Encontro Nacional de Jovens Lideranças Contábeis
Local: Riocentro, pavilhão 6, anfiteatro, Rio de Janeiro (RJ)
No dia 1º de janeiro de 2023 tem início o período para envio das obrigações dos eventos em Saúde e Segurança do Trabalho (SST) do grupo 4, formado por órgãos públicos, organizações internacionais e outras instituições extraterritoriais, para o eSocial. As Pequenas e Médias Empresas (PME) também estão obrigadas a enviar as informações, como consta na Portaria Conjunta MTP/RFB/ME nº 2, de 19 de abril de 2022.
Existem três importantes eventos de SST que devem ser enviados ao eSocial: S-2210 (CAT), S-2220 (ASO) e S-2240.
S-2210 – Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
A CAT é de obrigatoriedade do empregador e deve ser transmitida pelo evento S-2210. Sua geração e transmissão deve ocorrer exclusivamente por um software habilitado que seja capaz de gerar o arquivo XML com os dados definidos nos padrões do eSocial e que também esteja apto para assinar digitalmente com uso de certificado digital do empregador. Esse arquivo eletrônico deve ser transmitido via webservices para o portal do governo. O número do recibo gerado para este evento é o número da CAT. Ele deve ser utilizado para se fazer referência a uma CAT de origem, nos casos de reabertura também.
S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador
Um dos principais documentos da área de SST é o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). Ele traz todas as informações sobre a saúde do trabalhador de forma detalhada, enquanto tiver vínculo empregatício com a empresa. No ASO constam os exames médicos estabelecidos nas Normas Regulamentadoras (NR), exames complementares, exames obrigatórios previstos na legislação trabalhista e os indicados no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
S-2240 – Condições Ambientais de Trabalho – Agentes Nocivos
Esse evento diz respeito aos riscos no ambiente de trabalho para cada funcionário, o Perfil Profissiográfico (PPP). Entende-se como risco a exposição aos agentes nocivos previstos no anexo IV do Regulamento da Previdência Social. Por meio do evento S-2240 é que são informados os riscos previdenciários que o trabalhador estará exposto, quais são as medidas de controle e a proteção utilizada pela empresa. Para preencher o S-2240 deve ser utilizado o Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), documento oficial para preencher o PPP e o eSocial.
“A área de SST é fundamental para o departamento de Recursos Humanos e gera muitos documentos. Isso torna o processo mais complexo e pode gerar alguma dificuldade para quem deixar para a última hora. É importante que as PMEs aproveitem e usem a tecnologia a seu favor. Já existem soluções de gestão da saúde e segurança do trabalho com todas as ferramentas necessárias para apoiar as pequenas e médias empresas nesse processo”, explica Renan Soloaga, CEO da Indexmed.
O eSocial é um projeto do governo federal que busca digitalizar e unificar o envio das informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas das empresas. Criado em 11 de dezembro de 2014, ele é parte do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED).
As fintechs estão cada vez mais ganhando espaço no segmento de crédito. A adesão aos meios digitais pelos consumidores, além da evolução do open finance, impulsionou o segmento das fintechs de crédito, mesmo em tempos de pandemia: R$ 12,7 bilhões foram concedidos pelas fintechs de créditos em 2021, de acordo com a 2ª edição da Pesquisa Fintechs de Crédito Digital, realizada em parceria entre a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e a PwC Brasil. O volume é quase o dobro do registrado no ano anterior (R$ 6,5 bilhões) e quase cinco vezes superior ao anotado em 2019, que foi de pouco mais de R$ 2,6 bilhões.
A pesquisa aponta que as fintechs analisadas registraram expansão média anual de 233% em sua carteira no ano passado. Em 2020, a alta havia sido de 84%. Apenas no primeiro semestre de 2022, o Kalea teve, por exemplo, um volume de propostas de crédito 255% maior que todo o ano de 2021. “À medida que as fintechs se consolidam conectando empresas e instituições financeiras, a expectativa é de que este crescimento seja ainda maior a cada ano”, analisa o empresário Luiz Falbo Di Cavalcanti, CEO do Kalea.
A rapidez na resposta ao cliente, em um processo fácil e sem burocracia, segue como um dos grandes diferenciais das fintechs de crédito. “Na prática, todo o processo entre a empresa e o fornecedor do crédito é automatizado, digitalizado e facilitado utilizando inteligência artificial e possibilitando um empréstimo online seguro”, analisa Luiz Falbo. “O modelo de atuação da fintech, por exemplo, foi idealizado para ajudar os empreendedores tanto nos momentos de alta quanto de baixa na economia, buscando as melhores opções de crédito do mercado”, explica Luiz Falbo.
Outro fator relevante levado em consideração pelo empresário ao procurar uma fintech são as taxas de juros, cada vez mais altas, principalmente quando se tem na sua atividade como empreendedor a única fonte de renda. “Com os recentes aumentos das taxas de juros, os empresários devem buscar alternativas como o hub de crédito, a partir do qual poderão explorar as possibilidades e potencializar o acesso a um crédito com custos mais baixos e condições mais de acordo com o perfil e necessidades do negócio”, comenta Luiz Falbo.
Quando se fala dos donos de micro e pequenas empresas (MPE), 71% não possuem outra fonte de renda, segundo o Atlas dos Pequenos Negócios do Sebrae, divulgado em julho de 2022. Considerando as 6,6 milhões de MPEs em atividade, a projeção é de que existam 4,7 milhões de empresários nesse perfil que dependem totalmente da renda obtida com a empresa. Reunindo todo o universo dos pequenos negócios (MEI + MPE), o dado revelado pelo Atlas do Sebrae é que, entre os 15,3 milhões de empreendedores em atividade no Brasil, 11,5 milhões têm a sua atividade empresarial como única fonte de renda. “Com as taxas de juros lá em cima, como estão, o pior cenário para o empresário é se ver preso a uma ou duas instituições financeiras, completamente submetido às condições delas. É hora, então, de visualizar outras alternativas”, comenta o empresário Luiz Falbo.
Conceito
O Kalea promove relações entre empresas e o mercado financeiro. Desde que começou a operar, em 2021, já movimentou mais de R$ 70 milhões de propostas de crédito. A empresa atende microempreendedores individuais (MEIs), porém tem seu foco direcionado para as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs).
Isolamento social, home office, queda nas viagens de turismo, redução no uso de veículos, câmbio desfavorável, o fechamento de fábricas e a escassez de componentes nas indústrias – esses foram alguns dos impactos causados pela COVID-19 e tiveram reflexo tanto na venda de automóveis, quanto de peças de fabricação e reparo. Um estudo global da consultoria KPMG, realizado em 2021, aponta que as perdas das montadoras por causa da escassez de componentes, devido à COVID-19, já somam US$ 100 bilhões. Como resultado desses efeitos, o setor automotivo passa por uma transformação nos modelos de negócios e tem mostrado cada vez mais preparo para inovar e crescer durante a retomada econômica.
Na edição de 2022 do Relatório da Frota Circulante, elaborado pelo Sindipeças/Abipeças, concluiu-se que, de maneira geral, o mercado de vendas de veículos novos deve crescer relativamente pouco nos próximos anos. Ou seja, com um menor índice de compra, o que aumenta é a frota de veículos usados e que não serão substituídos por novos modelos.
Marcelo Lisboa, proprietário da Lisboa Centro Automotivo em Porto Alegre, destaca que diante desse cenário, existem duas situações com grande potencial para o mercado automotivo: o de manutenção veicular e o de reposição de peças. Considerando que carros mais antigos, normalmente, necessitam de revisões e manutenções com mais frequência.
Outro setor que terá um crescimento significativo nos próximos anos é o da mobilidade elétrica. No caso dos veículos híbridos e/ou elétricos, embora a quantidade ainda seja irrisória, estima-se que atualmente o Brasil tenha uma frota de aproximadamente 100 mil veículos elétricos em circulação.
De acordo com o relatório “O Caminho da Descarbonização do Setor Automotivo“, divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em parceria com a Boston Consulting Group – BCG, traçou alguns possíveis cenários para o Brasil, considerando o segmento como um todo e as políticas públicas já existentes com relação a descarbonização. Em um deles, caso o país siga no ritmo atual de crescimento, a participação em vendas de veículos elétricos pode atingir a marca de 12% a 22%, em 2030, e de 32% a 62% em 2035. Diante disso, montadoras globais já têm se movimentado para adequarem-se a um padrão mais sustentável.
Tecnológica nas oficinas mecânicas
Com a baixa quantidade de novos veículos circulando, a tendência é que venha a ocorrer o que é chamado de “envelhecimento da frota”. A preferência pelas oficinas independentes aumenta junto com a idade dos automóveis. De acordo com o Sindirepa, mais de 90% dos consumidores escolhem esse serviço após o vencimento do prazo de garantia do fabricante do veículo.
“As oficinas precisam acelerar o processo de modernização e investir em tecnologia e infraestrutura, para suprir a demanda crescente na reparação automotiva e acompanhar a entrada dos veículos elétricos”, completa Marcelo Lisboa.
Soluções digitais para oficinas mecânicas
De acordo com o empresário, antes da pandemia de Covid-19, muitas pequenas e médias empresas do setor de reparação automotiva estavam satisfeitas apenas em ter a presença de sua marca on-line, normalmente com sites e contas de mídia social, sem tirar o máximo proveito do que o espaço digital tinha a oferecer. “No entanto, a crise desencadeou uma mudança de paradigma e obrigou as empresas a irem além do básico, e utilizarem a tecnologia para sobreviver”.
Resultado disso, segundo Marcelo Lisboa, mais empresas estão começando a ver o potencial de construir uma marca forte no digital, mesmo passada a fase mais crítica da pandemia. “O que permite maior relacionamento e engajamento do consumidor, criando relacionamento com a marca”.
Fundada em 2015, a CRM Educacional é uma “edtech” (startup de educação) que atua nas áreas de marketing e comercial das instituições de ensino. Possui em seu portfólio os softwares Wakeme – Captação de Alunos e Guideme – Permanência de Alunos, que são focados na jornada de relacionamento com leads, candidatos e alunos.
Em sua trajetória, a CRM Educacional foi selecionada para participar de um programa de inovação e empreendedorismo na Universidade de Stanford, já participou do Scale-up da Endeavor, do Websumit em Lisboa e foi uma das 5 escolhidas, entre mais de 1.000 startups, para a fase final do GES Awards (competição global de startups de educação). A startup faz parte do Cubo, comunidade que conecta soluções para construir grandes cases de inovação para o mercado.
Agora, a CRM Educacional também passa a fazer parte da carteira do Primatec, gerido pela Antera Gestão de Recursos e que tem a Brain Ventures como consultora operacional, com mais 14 investidas. O processo de aproximação da CRM Educacional com o fundo Primatec aconteceu com o apoio da Darwin Capital, empresa especializada em captação de investimentos e M&A.
A decisão de investimento do Fundo deu-se pelo crescimento de novas tecnologias para a área educacional, pela importância do setor no Brasil e pelo tamanho do mercado. Uma vez que o país necessita de tecnologias que apoiem este setor, um CRM verticalizado proporciona avanços significativos nos índices de captação e permanência de alunos, diminuindo as cadeiras vazias e os índices de evasão das instituições.
Segundo Daniel Antonucci, CEO da CRM Educacional, houve grande alinhamento entre a visão de futuro da empresa e a tese de investimento construída em conjunto com o Primatec. “Os próximos passos da empresa são aprofundar ainda mais na jornada de captação e permanência de alunos – com o uso de muita tecnologia –, expandir nossa atuação para atender alguns serviços que ainda são precários e que impactam nesta jornada, e continuar nosso crescimento de mercado, com a conquista de novos clientes. Existem hoje mais de 50.000 instituições de ensino privadas na América Latina, e vemos muito espaço para crescer e consolidar o uso da nossa tecnologia, não apenas no Brasil, dado que atendemos a uma necessidade comum aos sistemas educacionais de outros países”, diz Antonucci.
Marcelo Almeida, CEO da Brain Ventures, observa que 88% das instituições de ensino no Brasil são privadas e que elas sempre buscam diferenciais por conviverem num ambiente altamente competitivo. “A CRM Educacional disponibiliza tecnologias para que as instituições de ensino consigam desenvolver estratégias com foco em captação de alunos e gestão da permanência. É um mercado muito relevante, com mais de 41 mil escolas de ensino privado. Enxergamos um potencial fantástico nessa companhia”, destaca Marcelo.
Segundo Robert Binder, Gestor do Fundo Primatec, esse investimento atende a dois objetivos fundamentais do Fundo: diversificar a carteira com investimentos em diferentes setores e balancear a atuação do fundo através da geografia brasileira. “Cumprimos com nossos compromissos com Minas Gerais e investimos em um setor ‘quente’ para o venture capital, a área educacional.”
Com 16 anos de atuação, Antera Gestão de Recursos é especializada em investimentos de capital de risco em startups inovadoras e empresas de base científica e tecnológica em estágio inicial de desenvolvimento. A Antera participou ativamente da criação da indústria brasileira de capital de risco há mais de vinte anos. Gestora do Criatec e Primatec, já realizou 51 investimentos e 32 saídas nos Fundos sob sua gestão. A Antera é Gestora do Fundo Primatec.
A Brain Ventures é uma companhia de Venture Capital que atua em ambientes de inovação, conectando empreendedores e capital de risco. Participa de todas as etapas do investimento: selecionando empresas-alvo, negociando participações, acelerando o desenvolvimento e criando valor nas empresas das carteiras dos seus Fundos e trabalhando desinvestimentos que capturem os maiores valores possíveis, e de acordo com as expectativas dos stakeholders. A Brain Ventures é Consultora Operacional do Fundo Primatec.
A CRM Educacional é uma das principais startups do seguimento. Já conquistou mais de 250 instituições de ensino, espalhadas por 24 estados brasileiros, atendendo mais de 2.000 usuários e 3.000 polos de ensino a distância, tendo ajudado a matricular mais de 1 milhão de alunos ao longo de sua trajetória.
O Brasil importou 27,4% a mais na terceira semana de setembro em comparação com o mesmo período do mês anterior. O volume de produtos que entraram no país atingiu US$ 13,33 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, as importações brasileiras tiveram um aumento de 30,1%, atingindo o montante de US$ 194,35 bilhões.
Considerando o volume de exportações, a balança comercial na terceira semana deste mês teve um crescimento de 59,4%, com um superavit de US$ 3,67 bilhões. No acumulado do ano, a balança comercial atingiu superavit de US$47,55 bilhões. Esse montante, no entanto, é 11,5% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. Essa diferença se dá ao verificar o aumento do volume de exportações em relação ao de importações. O acumulado do ano do que foi vendido no mercado internacional teve um crescimento de 19,1%, um pouco mais da metade do percentual do volume que foi importado.
As empresas que estão planejando comprar insumos, matéria-prima, ou mesmo produtos acabados no mercado exterior para comercialização no Brasil, precisam estar atentas ao que diz a legislação brasileira. A advogada Sandra Regina Dias Maranholi explica que entre as principais regras que o importador deve observar estão as relacionadas à especificação de mercadoria denominada Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
“Antes de começar a importar, é preciso saber qual a classificação do produto, o chamado NCM, pois assim a empresa entende as obrigações tributárias e administrativas que precisa cumprir. Alguns produtos, porém, precisam de autorização ou certificação específica para liberação da mercadoria”, aconselha.
Segundo a advogada, entre os produtos que possuem autorização de importação mais burocrática e exige a participação de vários profissionais para liberação estão alimentos e medicamentos. Itens como eletrodomésticos e brinquedos precisam de certificado do Inmetro, que ateste avaliação de risco e qualidade do produto. “Neste caso, o processo de importação é mais demorado e bem oneroso, porque o importador precisa de um laboratório que teste e certifique o produto”, acrescenta ela, que tem experiência jurídica na área de importação.
Cálculo de impostos – Sandra Maranholi explica ainda que com o NCM, o importador pode calcular impostos como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), II (Imposto sobre Importação) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o que possibilita um melhor planejamento e cálculo da margem de lucro da comercialização dos produtos importados no mercado brasileiro.
A advogada ressalta que um despachante aduaneiro pode auxiliar o importador a encontrar o NCM correto para o produto que se quer importar. A ajuda é importante porque existem mais de 11 mil códigos relacionados à importação. “A boa notícia é que hoje temos sistemas que facilitam essa busca. O que precisa ficar claro é que a fase de classificação é a chave para o sucesso da importação, pois o produto classificado erroneamente pode gerar um problema gigante para a empresa, como devolução da mercadoria, retenção na alfândega e multas”, alerta Sandra Maranholi, que tem 13 anos de experiência na área do Direito.
Os produtos mais importados pelo Brasil no mês de setembro
Segundo o boletim da Secretaria de Comércio Exterior, o aumento de produtos agropecuários, da indústria extrativa e da indústria de transformação foi o que contribuiu para o desempenho das importações até a terceira semana de setembro deste ano. Dos três setores, a indústria de transformação foi a que teve o melhor desempenho, com crescimento de 27,3% das importações, atingindo o montante de US$ 12 bilhões.
Entre os produtos que apresentaram aumento nas compras do exterior, estão: trigo e centeio não moídos (50,1% de crescimento); cevada não moída (8.244,2%); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (40,9%); fertilizantes brutos, exceto adubos (21,1%); outros minerais em estado bruto (24,6%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (264,6%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (139,7%); compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (61,7%); e inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (86,5%).
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 79% dos lares brasileiros estavam endividados em agosto de 2022.
Além disso, a pesquisa mostra que 29,6% das famílias possuem atrasos nos pagamentos de contas de consumo ou dívidas. E mais, 10,8% dos que possuem dívidas acreditam que não será possível efetuar o pagamento e devem permanecer inadimplentes.
No varejo, 19,4% das famílias possuem dívidas em carnês e cartões das lojas. De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, isso acontece porque as famílias têm procurado alternativas ao cartão de crédito por conta da elevação dos juros.
As consequências da inadimplência são severas, principalmente para micro e pequenas empresas. “Essas empresas (PMEs) operam normalmente com o caixa apertado e não possuem profissionais especializados em cobrança”, explica Leonardo Assuane Duarte, fundador do Recuperador CRM, empresa que atua em sistemas para cobrança de dívidas.
“Boa parte das PMEs não prioriza a atividade de cobrança, uma vez que muitas estão trabalhando com equipes reduzidas, ou não possuem estrutura para tal. Imagine um psicólogo tendo que ligar para seus pacientes para cobrar as consultas atrasadas. É bastante inconveniente para o profissional”, pontua Leonardo.
Leonardo acrescenta que, diante das dificuldades encontradas na recuperação de crédito, algumas empresas têm buscado terceirizar a atividade de cobrança. Ele afirma que as empresas especializadas em cobrança atuam em três pilares:
1 – Especialização
O foco exclusivo na atividade de cobrança. Os consultores de cobrança possuem expertise na atividade, incentivos, treinamento e mais motivação do que a equipe do financeiro das PMEs.
2 – Economia
Normalmente a remuneração das empresas de cobrança é um percentual sobre o sucesso da recuperação das dívidas, o que não gera custos extras para a empresa e pode até aumentar o fluxo de caixa.
3 – Melhor gestão do tempo da equipe
Assim como toda terceirização, ela visa ganhos de tempo na atividade, liberando a equipe para outras mais prioritárias.
Para concluir, o fundador do Recuperador CRM destaca que é necessário tomar alguns cuidados ao contratar uma empresa para atuar na cobrança. “Não basta apenas recuperar o valor devido, mas também, deve-se recuperar o cliente, para que ele volte a fazer negócios com a empresa. Para isso, é importante acompanhar a forma como a cobrança está sendo feita e sugerir ajustes, se for o caso”, recomenda.
Em setembro é comemorado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. A data reforça a urgência dos pacientes que aguardam na fila por um transplante. Atualmente, o Brasil tem mais de 5 milhões de doadores cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) – entidade vinculada ao Ministério da Saúde – porém, a chance de encontrar medula compatível é de uma em cem mil. Além disso, o índice foi negativamente impactado pela pandemia de covid-19, período em que a instituição estima uma queda de cerca de 30% nas doações.
Encontrada no interior dos ossos, a medula óssea é conhecida como fábrica de sangue. Composta de células-tronco, é o local de produção dos componentes do sangue, incluindo as hemácias ou glóbulos vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos que são parte do sistema de defesa do organismo, e as plaquetas, responsáveis pela coagulação. “Por isso, o transplante do tecido pode beneficiar pacientes com o tratamento de doenças como leucemia; linfomas; anemias; imunodeficiências; osteopetrose e outras. O procedimento consiste na substituição de uma medula óssea doente por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituir um tecido saudável”, explica Rafael de Sá, médico hematologista do Instituto de Câncer de Brasília.
Dentre as disfunções na medula óssea, algumas podem estar relacionadas com o desenvolvimento de cânceres com prognósticos graves. “Por exemplo, a leucemia – que se manifesta justamente no tecido hematopoiético – e os linfomas – que afetam o sistema linfático – correspondem, juntos, a mais de 25 mil casos por ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O transplante de medula óssea, tratamento eficaz aliado ao diagnóstico precoce, atua diminuindo a média anual de mais de 8 mil mortes causadas pelas duas neoplasias, também conforme o instituto”, destaca o especialista.
Procedimento de doação
Existem duas formas para doação de medula óssea e a escolha do procedimento mais adequado é do médico, conforme avaliação individual de cada paciente. O primeiro formato é realizado em centro cirúrgico com anestesia. “A medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções (pequenas aberturas). Já na segunda maneira, chamada aférese, o doador toma um medicamento que permite a retirada das células da medula óssea pelas veias do braço”, aponta. O especialista lembra que os processos envolvem poucos riscos ao doador. “Nos primeiros três dias pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples”, ressalta Rafael.
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. “O primeiro passo é realizar o cadastro no hemocentro mais próximo de sua casa, onde será realizado um teste de laboratório para identificar as características genéticas que serão cruzadas com os dados de pacientes, determinando a compatibilidade”, expõe. “É importante destacar ainda que cerca de 25% dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea encontram o doador ideal no núcleo familiar. O restante depende de parentes parcialmente compatíveis ou de doadores voluntários. Por isso, reforço que o ato de doação é extremamente importante”, alerta o médico.
Sobre o ICB
Especializado no atendimento oncológico, o ICB oferece assistência integral para os pacientes, por intermédio do corpo clínico composto por mais de 20 especialidades. São 7 clínicas no DF que realizam consultas, procedimentos e os principais exames voltados para a detecção precoce do câncer, além de possuir um centro de infusão para aplicação de quimioterapia e outros medicamentos. “Dentre as biópsias, realizamos a de medula óssea através da coleta de uma pequena amostra do tecido para examinar, com o auxílio de um microscópio, possíveis células de linfoma ou qualquer outra alteração”, comenta Rafael.
Sobre a Oncoclínicas
Fundada em 2010, a Oncoclínicas (ONCO3) conta com 129 unidades, entre clínicas de especialidades, diagnóstico e prevenção do câncer, centros ambulatoriais de tratamento infusional e radioterapia, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros de alta complexidade (cancer centers), localizados em 35 cidades brasileiras. O corpo clínico da companhia é composto por mais de 1.900 médicos especialistas com ênfase em oncologia, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pela linha de cuidado integral no combate ao câncer. A Oncoclínicas tem parceria exclusiva no Brasil como o Dana-Farber Cancer Institute, um centros de pesquisa e tratamento do câncer, afiliado à Harvard Medical School, em Boston, EUA.
Um dos hábitos financeiros mais tradicionais entre os brasileiros é a caderneta de poupança. Por gerações, o costume, que data de 161 anos, tem sido praticado por sua facilidade de gestão.
Contudo, há 60 anos, outra modalidade de investimento marcou presença na concretização de objetivos, seja no âmbito pessoal ou profissional: o consórcio.
“Planejar e poupar são atitudes fundamentais para uma vida financeira organizada e tranquila, para que se tenha condições de realizar sonhos e colocar em prática diversos tipos de projetos”, diz Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
A retenção e aplicação de parte dos rendimentos pode se dar por meio de vários produtos como o consórcio para investimentos em bens econômicos e a poupança para a remuneração por juros.
“Preferida por muitos pela segurança e simplicidade, e rejeitada por outros, muitas vezes por não oferecer rentabilidade satisfatória, a caderneta de poupança, há muito, caiu no gosto de grande parcela dos brasileiros e já faz parte da sua cultura financeira”, conceitua Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
O consumidor poupa para a realização de objetivos, tais como a compra de um imóvel ou uma viagem de férias, e também para formar aquela reserva de emergências como desemprego ou problemas de saúde.
Em setembro, o sistema de consórcios, que também faz parte da cultura financeira do brasileiro, está completando seis décadas. “Comparado à poupança, ele não é visto como forma de economizar visando suprir eventuais dificuldades”, explica Barbagallo, “Ele se assemelha quando o foco é poupar para a aquisição de bens ou contratação de serviços que propiciem a efetiva realização de sonhos e projetos”, completa.
Ambos, poupança e consórcio, estão sujeitos a situações conjunturais da economia, que provocam reações e decisões de investidores e consumidores. Ao longo do tempo, identificam-se algumas semelhanças nos movimentos de aplicações em caderneta de poupança e nas adesões ao Sistema de Consórcios.
A análise do saldo entre depósitos e retiradas, chamados de captação líquida da caderneta de poupança, confirma, a partir do ano de 2006, a reação dos aplicadores face aos cenários econômicos de cada período.
“Em 2013, o Copom elevou a taxa básica de juros. A poupança, que a partir do ano anterior estava atrelada à taxa Selic, teve rendimentos competitivos em relação aos investimentos em renda fixa, o que provocou recorde de captações”, exemplifica o economista.
“A captação líquida ficou em R$ 71,05 bilhões, 43% maior do que o ano anterior e o triplo da média calculada entre os anos de 2006 a 2012, ou seja, foi uma resposta às medidas adotadas face ao momento da economia naquela ocasião”, complementa.
Alguns anos depois, de 2014 a 2016, houve grandes retiradas, utilizadas principalmente para pagamento de dívidas. Por se tratar de um quadro de recessão, com queda de renda e desemprego, as captações líquidas apresentaram saldos negativos de R$ 53,57 bilhões, em 2015, e de R$ 40,70 bilhões, em 2016.
Outra demonstração de influência ocorreu em 2020, com as turbulências do mercado geradas pela pandemia da Covid 19: os investidores migraram boa parte de suas aplicações para a poupança em busca de segurança, apesar de rendimento menor.
Naquele ano a captação líquida bateu recorde, ao alcançar a marca de R$ 166,31 bilhões. No ano seguinte, com o arrefecimento da pandemia, as retiradas voltaram a ser maiores do que as aplicações, gerando uma captação negativa líquida de R$ 35,50 bilhões.
Por outro lado, apesar de manter crescimento constante e bater sucessivos recordes de participantes ativos, os números do sistema de consórcios também sofrem algumas variações em razão das questões conjunturais que afetam os consumidores e investidores.
Na crise internacional de 2008, cujos reflexos atingiram todos os países, “o consórcio foi beneficiado, mostrando que em períodos de turbulência os consumidores enxergam no sistema um excelente mecanismo para a realização de seus projetos com segurança e planejamento”, esclarece Barbagallo.
De 2011 a 2014, o movimento de crescimento de participantes ativos mostrou ascensão, “semelhante à curva da poupança, exceto em 2014, quando os consorciados ativos deram um salto de 23,3% em relação ao ano anterior. Já a poupança anotou uma captação líquida de R$ 24,03 bilhões, bem abaixo do recorde de R$ 71,05 bilhões, verificado em 2013”, conclui.
Em 2020, no auge da pandemia, “os consumidores e investidores enxergaram no consórcio um porto seguro para aportar seus recursos”, lembra o economista, “com o Sistema batendo seguidos recordes de adesão. Ao responder à pesquisa encomendada pela ABAC junto à Kantar, Divisão de Pesquisa de Mercado, Insights e Consultoria da WPP, os consumidores citaram: “não era o momento de gastar grandes quantias”, ou, “enxerguei no consórcio uma forma de poupar, visto o baixo rendimento das aplicações naquele período”. Todavia, nos anos seguintes, houve movimentos diversos da poupança, com avanços em 2021 e em 2022 também”, confirma.
“É preciso deixar claro que poupança e consórcio, apesar das semelhanças nas oscilações ao longo dos anos, são produtos diferentes”, diz Rossi. “A poupança é uma aplicação financeira e remunerada por juros. Já o consórcio é a união de pessoas em torno de um objetivo comum, como a aquisição de bens para investimentos econômicos como, por exemplo, imóveis, que podem oferecer rendimentos de aluguéis no futuro, e em veículos e equipamentos, utilizados nos mais diversos tipos de negócios. Ou ainda, simplesmente para a compra de bens e contratação de serviços para uso sem objetivo de obtenção de renda”, compara.
Apesar do conhecimento sobre a importância de se ter reservas aplicadas, é relevante notar que a liquidez imediata da conta poupança é uma porta fácil para desvios de objetivos, inicialmente traçados. “A precipitação faz com que não se pense duas vezes em sacar e utilizar os recursos poupados para outros fins”, alerta Barbagallo.
No consórcio, a impulsividade fica contida em virtude das regras estabelecidas. “Nele, o objetivo é, a partir do planejamento das finanças pessoais, disponibilizar o crédito necessário para cada um dos cotistas do grupo, contando com a disciplina e a responsabilidade de todos”, contrapõe.
A Schneider Electric anuncia seu Innovation Summit World Tour 2022, evento que abordará tendências e tecnologias para a construção de um mundo mais resiliente e sustentável.
Com lançamento oficial no dia 22 de setembro, a edição seguirá um formato diferente das anteriores. Dessa vez, os painéis de conversas entre os convidados – profissionais e especialistas de diferentes segmentos – serão realizados e divulgados ao longo de seis meses. De setembro deste ano até março de 2023, serão realizadas as discussões sobre o cenário global de diversos setores. Algumas dessas sessões terão “recorte” para a América do Sul.
Os temas abordados serão:
Indústrias do futuro
Edifícios do futuro
Eletricidade 4.0
Serviços
Redes inteligentes (smart grid)
Data centers do futuro
Softwares
O evento contará ainda com a participação de Jean-Pascal Tricoire, CEO e chairman global da companhia, assim como de Rafael Segrera, presidente da Schneider Electric na América do Sul, para falar sobre eletricidade 4.0, e Frederic Godemel, vice-presidente executivo de Power Systems e Services, para discorrer sobre smart grid.
Também estarão presentes Pankaj Sharma, vice-presidente executivo de Secure Power, para abordar data center, e Peter Weckesser, chief Digital officer, para discutir o tema de softwares. Para 2023, a programação conta, ainda, com a presença da Barbara Frei, diretora global de Industrial Automation; Luis D’Acosta, líder em transformação digital de gestão de energia e automação; e Olivier Blum, vice-presidente executivo de Negócios de Gestão de Energia.
“Promover um evento como esse é fundamental para o avanço do segmento de tecnologia, que tem evoluído de forma cada vez mais rápida e intensa. Estar ciente do cenário global e dos caminhos que levam ao desenvolvimento são pontos-chave para ampliar cada vez mais o uso dessas tecnologias, já disponíveis, na região”, diz Rafael Segrera.
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, afirmou durante abertura do Painel Telebrasil Talks – Indústria e Agronegócio que, em seu entendimento, a oferta de redes de telecomunicações com requisitos específicos para viabilizar uma aplicação de conectividade de agro ou de indústria 4.0 não fere a neutralidade de rede.
“A neutralidade de rede tem um objetivo específico de não permitir que as operadoras de telecom decidam o que o usuário vai acessar em termos de conteúdo. Você oferecer características de velocidade e latência a um serviço especializado para a indústria, para o agro ou qualquer aplicação de telemedicina, por exemplo, não me parecer ser necessariamente uma ofensa, um conflito, com o Marco Civil da Internet e neutralidade de rede”, disse. Segundo Baigorri, qualquer conflito deve ser visto caso a caso e se for necessário algum tipo de regulamentação ela deve ser feita nos fóruns adequados.
O presidente da Anatel afirmou ainda que a agência quer abrir o debate sobre a atuação do Estado diante do mundo digital, com a expansão de aplicativos e redes sociais. No dia 4 de novembro, destacou, a agência vai apresentar como imagina que deve ser feito o debate sobre a regulamentação das aplicações de internet. “Você percebe que a sociedade espera da Anatel, o que a lei não dá poderes para fazer”, afirmou sobre a regulamentação, por exemplo, de aplicativos de conversa.
A importância do avanço da conectividade para a economia e seu impacto direto no avanço da indústria e do agronegócio foram os temas discutidos durante a segunda edição do Painel Telebrasil Talks.
Na abertura do encontro, a secretária de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Nathália Lobo, reforçou que o uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) facilite a ampliação da conectividade no campo. “27% do PIB brasileiro provém do agronegócio. A perspectiva é que se tenha a aplicação inicial do FUST em escolas e áreas rurais, exatamente concretizando os objetivos estratégicos do fundo”, afirmou.
A secretária de Telecomunicações também comentou como a desoneração de dispositivos para aplicações de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), em 2020, foi essencial para que todo o ecossistema de internet das coisas florescesse. As aplicações de IOT têm grande potencial de impacto para aumentar a produtividade da economia.
Nathália Lobo reforçou que o 5G deve ampliar esse mercado. “Se espera uma explosão maior quando houver aplicações do 5G, soluções para o agro, para a indústria. As aplicações precisam surgir para que haja maior difusão desses elementos na economia”, afirmou.
O presidente executivo da Telebrasil e da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, lembrou que a tributação atrapalhava o crescimento desse mercado. “Para nós [a desoneração] foi uma medida superimportante para viabilizar o 5G na internet das coisas. A tributação era impeditiva para avançar e a avaliação do setor foi superpositiva”, disse.
Mão de obra
Durante a sua participação na abertura do encontro, o secretário especial de Competitividade e Produtividade do Ministério da Economia, Alexandre Ywata, reforço que a formação de mão de obra qualificada é um dos maiores desafios para acelerar o processo de inovação do país.
“Se eu fosse elencar o que a gente avançou, mas que ainda precisa acelerar, é justamente a mão de obra. O mundo todo está passando por um processo de carência de mão de obra especializada. A tecnologia avança de uma forma tão rápida, que é difícil você avançar na formação na mesma velocidade”, afirmou. “Eu acho que é o nosso grande desafio. Se eu tivesse uma ficha apenas, eu colocaria agora na questão de formação de mão de obra”.
Ywata também defendeu a criação de uma Iniciativa de Mercado de Telecomunicações para abrir discussões temáticas entre o governo e empresas para reduzir a burocracia e ineficiência e estimular e aperfeiçoar a regulamentação do setor de telecom.
“Seria uma iniciativa específica para receber dos setores e empresas possíveis propostas para melhorar ainda mais o ambiente de negócios para a área de telecomunicações e digitalização”, afirmou o secretário especial.
Ferrari reforçou que a discussão será muito importante para pensar o futuro do setor. “É um tema muito importante para discutir o futuro. Nos últimos anos conseguimos reduzir o estoque de passivos que existia no setor e, agora, é hora de discutir fluxo, discutir o para frente, e é superimportante essa iniciativa”.
Após a abertura, o Talk 1 debateu como o 5G impacta a indústria 4.0. A mesa contou com a participação do gerente de produtos da Embratel, Cristiano Lopes Moreira, do gerente do Programa de Transformação Digital da Nestlé, Gustavo Moura, da assessora especial da presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Marcela Carvalho, e do VP de Negócios da Ericsson, Murilo Barbosa.
Em seguida o Talks 2 discutiu a conectividade e o 5G no agronegócio brasileiro e como a inovação ajuda a aumentar a produtividade do setor. A mesa contou com a participação da diretora de Inovação para a Agropecuária do Ministério da Agricultura, Sibelle Silva, da diretora de Transformação Digital da Agrogalaxy, Maria Pilar Varela, da pesquisadora da Embrapa Agricultura Digital Silvia Massruhá, e do diretor de relações públicas e governamentais da Huawei, Bruno Zitnick.
Entre a cartela de cores que são utilizadas para dar visibilidade a ações de conscientização que são realizadas ao longo de todo o ano, o amarelo empresta sua tonalidade ao mês de setembro desde 2015, quando foi criada a campanha brasileira de prevenção ao suicídio, promovida pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) com o CFM (Conselho Federal de Medicina), em referência ao dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
Em média, ocorrem 16 milhões de tentativas de suicídio ao ano em todo o mundo. O Brasil, registra uma morte por suicídio a cada 45 minutos, sendo que, para cada óbito, há pelo menos vinte tentativas, conforme informações do psiquiatra Humberto Müller, de Rondônia, publicados pela Agência Câmara de Notícias.
Para Damaris Hoffman, fundadora e diretora da Hoffman & Obrian – empresa de assessoria de imprensa, marketing para artistas e publicidade musical -, toda a sociedade deve apoiar causas como o Setembro Amarelo, que este ano traz o mote “A vida é a melhor escolha”.
Segundo ela, atenta a esta causa, a School Of Rock – rede internacional de franquias de escolas de música -. defende que a música pode auxiliar no combate a problemas relacionados à saúde mental, tais como depressão e a prevenção ao suicídio.
Com efeito, pesquisadores da Queens University Belfast, na Irlanda do Norte, descobriram que a terapia com música reduz a depressão em crianças e adolescentes, conforme fala da médica psiquiatra Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental, em entrevista publicada pelo Diário do Grande ABC.
Música pode ser chave para prevenção da depressão e do suicídio
Para Hoffman, a Campanha Setembro Amarelo traz à tona a reflexão sobre a importância da música para o bem-estar das pessoas. Ela afirma que a educação musical pode ser uma experiência transformadora.
“Além dos benefícios que o aprendizado traz à capacidade cognitiva dos alunos, os ensaios proporcionam ensinamentos. Estes vão além da música e abrangem ética, desinibição, convívio social, experiências da dinâmica de banda, de palco e trabalho em equipe”, afirma. “Intervenções, aproximações e práticas em grupo – ou ouvir e fazer terapia musical – se mostraram efetivas, reduzindo sintomas depressivos”, completa.
Cris Valente, diretora-geral da unidade Alto da Boa Vista da School Of Rock, afirma que a transformação de alguns estudantes é surpreendente: “Entrar para uma escola de música ou iniciar contatos com pessoas que ‘curtem’ o mesmo estilo que você é o primeiro passo para sair da tristeza”.
Para ela, uma alternativa é criar uma lista de quatro a cinco faixas favoritas, que remetem a algo feliz. “Outra possibilidade é criar um projeto musical, montar uma banda ou cantar no chuveiro, e refletir sobre os sentimentos e as resoluções dos conflitos do dia a dia”, propõe. “A música protege a alma, traz coragem para enfrentar os desafios e é utilizada como ferramenta de transformação para crianças, jovens e adultos”.
Já Marina Moreno, especialista em educação musical, música e neurociência, reforça que a música é capaz de liberar um neurotransmissor chamado dopamina, conhecido como “hormônio da felicidade” ou “hormônio do prazer”. “Cada pessoa possui sua identidade sonora, formada ainda no útero, relacionada àquilo que a mãe cantava ou gostava de ouvir”, afirma Moreno.
“O rock abraça”
Fernando Quesada, sócio-diretor de comunicação da rede School of Rock no Brasil, conta que, pensando no bem-estar de alunos e musicistas de todo o país, as escolas de música promoveram diversas atividades extras nesses últimos anos.
“Em setembro, a School of Rock promove a campanha #orockabraça, com postagens, posters e muita conversa. O objetivo é mostrar aos alunos que a escolha pela vida é sempre o melhor caminho”, diz ele. “A metodologia de ensino da rede busca ajudar pessoas com dificuldade de socialização e depressão, pois uma das principais atividades é a criação e prática em conjunto”, acrescenta.
Para concluir, Quesada lembra que o CVV (Centro de Valorização da Vida) realiza apoio emocional e atua diretamente na prevenção ao suicídio. “A entidade atende, de forma voluntária e gratuita, a todas as pessoas que desejam e precisam conversar, sob total sigilo pelo telefone 188, além de e-mail e chat 24 horas, todos os dias”.
O último Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela CNI,mostrou que a confiança da indústria avançou em 27 dos 29 setores industriais participantes do levantamento. Os números também mostraram que desde fevereiro de 2020 a avaliação das condições da economia brasileira não eram classificadas como positivas ou neutras com unanimidade por todos os setores da indústria.
Os setores mais confiantes são o de Impressão e reprodução de gravações; Produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) e Produtos diversos, com 66,6; 65,4 e 65,2 pontos no índice, respectivamente. Dentre os setores menos confiantes, apresentando 55,3 pontos ou menos, estão os setores de Biocombustíveis; Veículos automotores, reboques e carrocerias; Metalurgia; e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros . O ICEI varia de 0 a 100 pontos, sendo considerado neutro ou positivo valores acima de 50 pontos.
Ao analisar-se o ICEI de acordo com o porte das empresas dos setores industriais, a confiança da pequena indústria cresceu 3,1%; a da média indústria avançou 2,4 pontos e a da média empresa aumentou 2,8% em setembro deste ano quando comparado ao mês anterior.
De acordo com a Sondagem Industrial mais recente, também produzida pela Confederação Nacional da Indústria, de julho para agosto, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou dois pontos percentuais. É o melhor resultado deste ano e também o melhor mês de agosto observado desde 2013.
Para o diretor de uma empresa de tecnologia para gestão de fábricas, Thiago Leão, ainda que alguns setores sintam instabilidade, como causado pela falta de semicondutores no mercado- insumo importante para vários segmentos-, a perspectiva geral é de mais otimismo para os próximos meses de 2022. “Com mais confiança, o gestor tende a investir mais em soluções e inovação em busca de competitividade, o que estimula outras áreas interligadas, como a da tecnologia”, destacou Thiago.
Quando um motorista tem uma conduta que gera grandes riscos ao trânsito, conhecida como infração autossuspensiva, a legislação prevê a suspensão de CNH por multa gravíssima. Essa é uma medida que tem como objetivo reeducar o condutor que cometeu uma infração de grande gravidade, para evitar que ele a pratique novamente.
Caso a penalidade seja confirmada após a autuação, ele será proibido de conduzir qualquer veículo pelas vias públicas durante o prazo determinado. A ideia é que depois, ao receber sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de volta, o condutor pense melhor antes de desrespeitar as normas de trânsito.
“As multas que geram mais riscos de suspensão da CNH são as gravíssimas, pois muitas delas geram a penalidade automaticamente”, alerta Gustavo Fonseca, CEO, diretor e fundador da Doutor Multas, site especializado em recurso de multa. As gravíssimas não autossuspensivas, por sua vez, geram a maior quantidade de pontos na CNH, contribuindo para que o condutor chegue mais rápido ao limite de pontos na carteira.
As regras da suspensão de CNH por multa gravíssima constam no art. 261 do Código de Trânsito Brasileiro. O artigo em questão apresenta 2 incisos importantes, os quais são responsáveis por apresentar os casos em que pode ocorrer a suspensão do direito de dirigir. O inciso I do art. 261 determina que seja aplicada a suspensão da CNH quando o condutor atingir o limite de pontos em sua carteira de motorista. Já o inciso II do referido artigo determina a suspensão da CNH quando o condutor cometer infrações que prevejam a suspensão como penalidade específica.
Todavia, as chamadas infrações autossuspensivas, não são a única situação em que o direito de dirigir de um motorista é suspenso. Para não se perder nos cálculos, e acabar estourando o limite de pontos na carteira, é importante conhecer o art. 259 do Código de Trânsito. Ele apresenta a pontuação a ser somada na CNH dos condutores infratores, de acordo com a gravidade da infração que pode ser leve, média, grave ou gravíssima.
“Com exceção das infrações autossuspensivas, quando um condutor é multado, portanto, ele recebe os pontos correspondentes à categoria da infração que cometeu”, complementa Gustavo. Pode ser que a suspensão de CNH por multa gravíssima se dê devido ao cometimento de infrações que não sejam autossuspensivas. Para isso o condutor terá que exceder o limite de pontos descrito no art. 261: 20 pontos caso tenha cometido duas ou mais infrações de natureza gravíssima no período de 12 meses, 30 pontos caso tenha cometido uma infração de natureza gravíssima no período de 12 meses e 40 pontos caso não tenha cometido nenhuma infração de natureza gravíssima no período de 12 meses.
De qualquer maneira, seja motivada por uma infração só ou pelo excesso de pontos, a suspensão não ocorre no dia seguinte à autuação. A partir daí, caso o órgão autuador decida confirmar a aplicação da penalidade, é aberto um processo administrativo de suspensão do direito de dirigir. Esse processo deverá seguir as regras da Resolução Nº 723/2018 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). O seu artigo 5º assegura ao condutor o direito à ampla defesa. “Como lhe é assegurado esse direito, isso significa que só será aplicada a suspensão de CNH por multa gravíssima depois de esgotadas as suas possibilidades de recurso”, finaliza o CEO da Doutor Multas.
A tecnologia blockchain há algum tempo ultrapassou as fronteiras das transações com criptomoedas e vêm ganhando espaço em outros variados setores; ela é uma das principais tendências de tecnologia disruptiva para os negócios nos próximos anos, segundo o relatório Tech Trends 2022.
Ao possibilitar registrar, rastrear e verificar interações e transações de forma descentralizada, o blockchain vem sendo apontado como solução para dar mais transparência e eficiência às práticas ESG – e assim, contribuir significativamente para reduzir o aquecimento global e as mudanças climáticas.
A plataforma Future Thinkers selecionou sete áreas de negócio nas quais o blockchain pode ser usado para causar impacto positivo no ESG.
Alguns exemplos são promissores. Ela pode ser usada na gestão da Cadeia de Suprimentos para rastrear os produtos desde a fabricação até a prateleira, contribuindo para evitar desperdício, ineficiência, fraude e práticas antiéticas, tornando o processo mais transparente. Na outra ponta, pode fazer com que os consumidores sejam mais bem informados sobre como cada produto para que façam escolhas mais sustentáveis.
Reciclagem e redes elétricas
O volume global de reciclagem de resíduos ainda é muito pequeno. De acordo com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) apenas 9% dos 353 milhões de toneladas de resíduos plásticos do mundo foram reciclados em 2019. Com o uso de blockchain seria possível dar uma recompensa financeira na forma de um token criptográfico em troca da reciclagem de recipientes de plástico, latas ou garrafas. Além de fornecer dados mais confiáveis sobre o volume, custos e geração de receita permitindo avaliar o impacto em cada local.
Nas redes elétricas, a tecnologia pode descentralizar os sistemas, reduzindo a distância na transmissão e distribuição, consequentemente, as perdas ao longo do caminho. Outra área de aplicação é o monitoramento do cumprimento de tratados ambientais, o que dá mais transparência às informações relacionadas ao EGS, prevenindo fraudes. O mesmo se aplica ao rastreamento de contribuições para organizações sem fins lucrativos, de forma a garantir que sejam destinados às finalidades para as quais foram arrecadados. Desta forma melhorando a prestação de contas e a apresentação de resultados. Ainda ao possibilitar a transferência de recursos financeiros de forma direta pode beneficiar populações e países em que não há infraestrutura bancária.
Usado para rastrear a pegada de carbono de cada produto, o blockchain poderia ser a base para o cálculo de imposto pela geração de gases de efeito estufa. Com isto, um produto que gere muitos gases em sua produção teria que arcar com um custo extra, se tornando mais caro e incentivando o consumo de itens mais sustentáveis, além de estimular a reestruturação das cadeias de suprimentos por parte da indústria para que passem a seguir princípios ESG.
Por fim, a tecnologia pode tornar mais visível o impacto real das ações de cada pessoa ou negócio estimulando melhorias que beneficiem o meio ambiente. Ao rastrear de forma transparente dados, como a pegada de carbono de cada produto, as emissões de gases de efeito estufa ou resíduos de uma fábrica ou o nível de conformidade de uma empresa aos padrões ESG, o blockchain pode mudar radicalmente os motores da economia beneficiando todos nós e preservando o planeta para as futuras gerações.
Entre janeiro e agosto de 2022, 368.175 empresas abriram as portas no Brasil. Apesar disso, 161.064 empreendimentos encerraram as atividades no mesmo período, segundo dados do Painel Mapa de Empresas do segundo quadrimestre de 2022, divulgados pela Sepec (Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade) do Ministério da Economia. Com isso, o país encerrou o oitavo mês do ano com 20.144.767 empresas ativas.
Segundo Richard Clayton, fundador 30% Academy, o braço educacional da Trinta Porcento, empresa de contabilidade e gestão empresarial, os indicadores demonstram que, apesar do avanço do empreendedorismo, o número de negócios encerrados chama a atenção para a importância da capacitação empresarial, que pode contribuir para que empresários e empreendedores tenham sucesso em seus empreendimentos.
Ele destaca que, no Brasil, a maioria das pessoas que empreendem não possui expertise de gestão. Por isso, determinados pontos das gestões administrativa e financeira podem ser aprimoradas.
“Em geral, os empresários conhecem o mercado em que atuam e conseguem ter sucesso na venda de seus produtos ou serviços”, pontua. “Apesar disso, gerir o financeiro, elaborar planejamento e processo de venda, além de fazer a gestão de pessoas, são temas que, normalmente, os empreendedores possuem dificuldade”, complementa.
Clayton destaca que, mesmo que o número de empresas que abrem anualmente no Brasil seja alto, o montante de negócios que fecham em menos de cinco anos também é expressivo, como reflexo da falta de conhecimento nas áreas administrativa e financeira – principalmente em planejamento. De fato, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que, em média, menos de 40% dos negócios sobrevivem aos cinco primeiros anos.
Por outro lado, prossegue, os empresários que aderem a capacitações têm apresentado resultados positivos. “Mais do que ter conhecimento em ferramentas de gestão, técnicas de vendas e de retenção de talentos, algumas empresas de capacitação buscam auxiliar os empreendedores no desenvolvimento de seu senso crítico”, afirma.
Além disso, acrescenta, as capacitações podem ajudar os empreendedores a enxergar os negócios por uma ótica mais macro, crescendo no curto prazo e, sobretudo, com foco no futuro da empresa.
Formações capacitam empreendedores
Para concluir, o fundador da Trinta Porcento ressalta que, mais do que ferramentas para metrificar e implantar processos administrativos, financeiros, vendas e de gestão de pessoas, o objetivo de uma capacitação empresarial deve ser desenvolver o gestor para que este possa suportar os desafios de empreender.
“Cada setor e negócio possui uma ferramenta adequada para o momento da empresa e seu tamanho. Com a capacitação, o empreendedor consegue entender o que usar e como usar em cada fase do negócio”, afirma.
Pode ser comum olhar para dentro do closet e observar peças paradas e se perguntar o que fazer com elas, onde vende-las e se é possível conseguir um valor considerável em suas vendas. Segundo uma matéria publicada pelo site CNN, até o final de 2022 o mercado de second hand de luxo deve crescer em até 30% com relação ao ano passado, com isso é possível ver que o mercado de brechós de luxo tem sido cada vez mais explorado e procurado por consumidores para desapegarem de suas peças de grife e com isso pode acabar surgindo questionamentos com relação a precificação destes produtos.
O preço de artigos de luxo vendidos em brechós pode ser um assunto causador de dúvida e confusão nos consumidores quanto ao alto valor colocado em peças usadas de segunda mão. Pode-se subentender que brechós sempre possuirão aquela característica de vender valores mais baixos, porém nem sempre poderá ocorrer dessa forma.
Peças de luxo podem possuir um custo mais elevado por vários motivos e nessa entrevista, Tatiane Roque, CEO da empresa Brechó Closet de Luxo explica as questões que levam as peças em brechós de luxo a terem um alto custo e como usar esses valores a seu favor.
Tatiane, como é feita a precificação dos artigos como bolsas e sapatos em brechós de luxo?
A precificação dos artigos de luxo é feita baseada em uma série de fatores, como por exemplo: modelo da peça em si, coleção (se regular ou edição especial), ano de fabricação, exclusividade na distribuição da peça e principalmente estado de conservação.
Pode-se dizer que os valores das peças acompanham seu valor de mercado?
Sim, eles costumam acompanhar o valor de mercado. Quando a marca de luxo se valoriza, vemos seus produtos, mesmo os que já saíram de linha ou mais vintage, acompanhando essa valorização.
Além dos nomes das marcas que as peças levam, o que mais agrega valor a elas?
Os fatores que mais agregam valor são: o tipo de material com o qual aquela peça foi fabricada (os que são feitos com materiais exóticos possuem um preço muito mais elevado), a escassez da peça no mercado (algumas peças são tão exclusivas que são colocadas à venda poucas unidades no mundo inteiro) ou até mesmo a peça ser de uma edição muito especial.
As peças de luxo se valorizam com o tempo?
Sim, a tendência é que as peças de luxo, se bem cuidadas e em excelente estado, acompanhem e carreguem consigo o peso e valorização da sua grife. Isso costuma acontecer até mesmo em peças mais antigas, as chamadas vintage.
Então é possível utilizar peças de luxo como uma forma de investimento?
Sim, com certeza. Hoje em dia temos um mercado enorme de revenda de peças de luxo, o chamado Luxury Second Hand. A revenda geralmente ocorre algum tempo considerável após a aquisição do produto, fazendo com que a marca dele já tenha se valorizado. Como consequência disso, o preço obtido na revenda da peça (o famoso repasse) pode vir a ser maior do que o valor pago nela anteriormente, gerando lucro na transação.
Quando se realiza uma pesquisa sobre mudar a decoração e organizar melhor os cômodos de casa, não é incomum que as pessoas acabem tendo contato com alguns conceitos e dicas baseadas no Feng Shui. De origem filosófica taoista, essa técnica milenar chinesa combina arte e ciência com o objetivo de criar um design para os ambientes que proporcione uma boa circulação para o fluxo energético.
A energia vital, chamada de Chi, está presente em tudo e em todos no universo e tem um papel central no equilíbrio entre todas as esferas da vida de um indivíduo. “Ao ser livre para circular pelo ambiente, o Chi proporciona prosperidade, harmonia e bons fluídos para o local e todos que ali convivem”, explica Carolina P. Matsumoto, representante da Elleva Casa & Decor, loja especializada em decoração e design de interiores
Com definições de aplicação gerais, e outras específicas para cada tipo de espaço, o Feng Shui pode ser adotado dentro do lar, em escritórios, comércios e diversos outros ambientes, internos e externos, em que se busca atrair e preservar as influências positivas e eliminar todo tipo de energia negativa. Por isso, a técnica oferece vários conceitos e inúmeras formas de como aplicar isso à decoração.
De forma geral, as paredes são elementos importantes e merecem atenção especial. Os quadros utilizados devem sempre trazer imagens que transmitam sentimentos e sensações positivas para o ambiente. Os espelhos também são peças importantes, mas pedem um cuidado maior na questão do posicionamento, pois não devem ficar voltados diretamente para portas de entrada.
“Segundo a prática, o espelho não filtro e tem a capacidade de expulsar tanto energias negativas, como também vibrações positivas”, esclarece Matsumoto.
As cores também são utilizadas como parte do Feng Shui, com cada uma delas tendo significado e finalidades a depender do espaço. A presença de flores e plantas é fundamental. São seres vivos que representam a energia da natureza e contribuem para tranquilidade e preservação do ambiente.
Matsumoto orienta que se dê preferência pelas espécies que possuem folhas com cortes arredondados e lisos, “pois facilitam a livre circulação do Chi”. E deve-se evitar itens artificiais de plástico que imitam flores, pois estes contribuem para a energia densa e comprometem a fluidez do Chi.
Em ambientes específicos, como o quarto do casal, algumas indicações incluem uma cabeceira de cama sólida, móveis e itens em dupla e iguais, além de nunca alinhar a cama com a porta – seja do quarto ou de um closet, por exemplo. Já para o quarto das crianças, a regra do posicionamento da cama continua valendo, e pode ser aliada a um esquema de organização que defina bem os espaços de brincar e de descansar. O azul é uma boa escolha de cor para esses cômodos e, em geral, deve-se evitar cores fortes.
A sala pode se beneficiar de um belo quadro acima do sofá e deve ter um bom fluxo central de circulação. Além disso, cadeiras, poltronas e afins não devem ser posicionados de costas para a porta. A cozinha – que deve estar sempre limpa e organizada – pode receber objetos coloridos, vidros transparentes e frutas para simbolizar abundância e fartura. Os dois ambientes são propícios para o uso do branco.
De acordo com o Feng Shui, também existe o que se deve evitar nos ambientes de forma geral. “Objetos quebrados e ou remendados não ajudam a harmonizar e equilibrar o Chi, são energia parada”, indica a representante da Elleva. Tesouras abertas e facas voltadas com a ponta para cima também são vistas como formas de atrair energias negativas.
Guardar objetos embaixo de camas e deixar utensílios usados para limpeza – como vassouras e aspiradores – dentro dos quartos, são dois pontos a serem evitados. Isso pode contribuir para que a energia fique mais densa e atrapalhe o descanso noturno.
Outro ponto importante a ser observado são as portas dos banheiros. Elas devem ser mantidas sempre fechadas. “O local é utilizado diariamente para dispersar energia, e essa energia que fica lá não pode se misturar com o resto do ambiente”, alerta Carolina Matsumoto.
É chamado de câncer de cabeça e pescoço qualquer tumor que se desenvolve nessas regiões. Ele pode ser chamado de acordo com a área atingida: cavidade oral, faringe, laringe e tireoide. O câncer de cabeça e pescoço pode atingir também os seios da face, glândulas salivares e linfonodos localizados no pescoço.
Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a cada ano surgem cerca de 1,5 milhão de novos casos de câncer de cabeça e pescoço e 460 mil mortes. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) a estimativa é de 685 mil novos casos desse tipo de câncer entre 2020 e 2022. É o quinto mais incidente no país, responsável por cerca de 10 mil óbitos ao ano.
A médica Mariana Guerra, oncologista do Hospital VITA, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, conta que as quartas e quintas décadas de vida são as de maior incidência e que os tipos de câncer de cabeça e pescoço mais comuns são os de pele não melanoma na face e de tireoide.
O problema mais frequente entre os homens é o tumor de boca, enquanto entre as mulheres é o de tireoide. “Os homens historicamente são mais acometidos com câncer de cabeça e pescoço, mas a incidência nas mulheres tem aumentado”, destaca a oncologista.
A Dra. Mariana, ressalta que 70% dos casos de câncer de cabeça e pescoço são descobertos já em estágio avançado por falta de informação. “Por isso, deve-se alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e de reconhecer os fatores de risco da doença”, alerta.
Fatores de risco
De acordo com a Dra. Mariana, os fatores de risco variam de acordo com o tipo de tumor. Segundo ela, de uma forma geral pode-se destacar o tabagismo e o etilismo como principais fatores de risco. Outro fator que está cada vez mais presente é a infecção pelo HPV. Já em casos de tumores de tireoide, deve-se levar em conta também o histórico familiar e exposição à radiação (profissionais que trabalham em clínicas de imagem sem usar protetor da tireoide; história de radioterapia prévia).
Sintomas de câncer de cabeça e pescoço: dor ao engolir, lesões que não cicatrizam na boca, nódulos no pescoço, rouquidão e perda de peso.
Prevenção
O câncer de cabeça e pescoço é um dos tipos de tumores mais possíveis de prevenir, pois existem fatores de riscos evitáveis associados a ele. Formas de reduzir a ocorrência:
Vacina contra o vírus HPV;
Não fumar – cigarro ou qualquer derivado, como cachimbo, charuto e narguilé;
Não consumir bebidas alcoólicas em excesso;
Saúde bucal – ter boa higiene bucal e visitar o dentista regularmente, se possível a cada seis meses;
Usar preservativo;
Consultar um médico regularmente – ao menos uma vez ao ano, para fazer check-up de saúde e evitar possíveis diagnósticos tardios.
Diagnósticoe tratamento
O diagnóstico de tumores de cabeça e pescoço é feito por meio de consulta médica, exame físico e biópsia. Os exames de imagem ajudam a avaliar a extensão do tumor e a presença ou não de metástases. O tratamento varia
de acordo com a região atingida, extensão da doença e saúde geral do paciente, como presença de doenças crônicas e estado nutricional. É direcionado ao tipo de tumor podendo envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Tipos de câncer de cabeça e pescoço:
Câncer da cavidade oral – pode acometer lábios, gengiva, céu da boca e língua;
Câncer de faringe – acomete a região da garganta, por onde passam os alimentos e o ar inalado pelo nariz;
Câncer de laringe – atinge a região da garganta onde se localizam as cordas vocais;
Câncer de tireoide – afeta a glândula tireoide, responsável por produzir hormônios que regulam a função do coração, cérebro, fígado e rins.
As cadeias de produção do agro estão diante do dilema de conter o aquecimento global e dar conta da demanda crescente por alimentos para alimentar a população mundial. Os cientistas, por sua vez, estão em busca de soluções capazes de tornar os alimentos ricos em proteínas mais acessíveis, baratos e sustentáveis. A boa notícia é que já existem uma série de soluções. Mas ainda enfrenta-se o desafio de torná-las escaláveis.
Alternativas à carne feitas a partir de plantas evoluíram nos últimos anos, se tornaram mais populares, passaram a fazer parte de cardápios de restaurantes e entraram na dieta diária de muitas pessoas. A demanda por lácteos à base de proteína vegetal também vem crescendo. A ciência vem avançando para obter de plantas ou em laboratório a textura, a suculência, o gosto e os nutrientes de produtos de origem animal, sem usar animais.
A ciência da fermentação de precisão
A mais recente aposta é a fermentação. Processo essencial para fazer pão, queijo e cerveja há séculos, a fermentação vem sendo usada para produzir alternativas à proteína animal.
Mais especificamente, a fermentação de precisão está possibilitando aos cientistas de alimentos cultivarem ingredientes encontrados em produtos animais. Ou seja, sem a necessidade de fazendas, currais, abatedouros etc. O resultado são ovos, leite e carne biologicamente semelhantes aos produtos de origem animal.
Ao contrário da fermentação microbiana tradicional, onde os microrganismos convertem alimentos em cerveja, iogurte ou outros produtos, a fermentação de precisão transforma os microrganismos em minifábricas que produzem enzimas específicas ou ingredientes proteicos. Com essa tecnologia, eles estão replicando, por exemplo, o ácido graxo que dá o gosto característico à carne a que as pessoas estão acostumadas. Segundo os especialistas isso vai fazer com que os alimentos à base de plantas se tornem praticamente indistinguíveis em sabor e textura aos feitos com animais. Some-se a isso a oferta de micronutrientes similares.
Além da mudança na dieta, produtos como carne à base de plantas ou cultivada em laboratório e proteína microbiana derivada da fermentação (PM) são também uma alternativa para reduzir os impactos ambientais da produção pecuária. Produzida em biorreatores, a proteína microbiana pode ser feita a partir de fungos, algas, leveduras ou biomassa celular bacteriana simples em um processo de fermentação similar à da cerveja e outros produtos.
Um estudo feito pelo Potsdam Institute for Climate Impact Research, da Alemanha, e publicado na revista científica Nature estima os benefícios ambientais que se teria com o consumo de PM nas próximas décadas. As projeções mostram que substituir 20% do consumo mundial per capita de carne bovina e de outros animais de pasto por PM reduziria pela metade o desmatamento (necessário para ampliar a área de pastagem) e as emissões de CO2 até 2050, e, ao mesmo tempo, diminuiria as emissões de metano.
É economicamente viável?
Se nos laboratórios os avanços são promissores, na visão do mercado permanece a dúvida: é possível ganhar escala para que esses produtos cheguem às prateleiras e ao prato dos consumidores?
As startups envolvidas no desenvolvimento de produtos por fermentação microbiana receberam US$ 1,7 bilhão em recursos no ano passado, quase 300% a mais do que no ano anterior. Embora venham recebendo investimentos significativos, elas enfrentam uma série de ineficiências inerentes às inovações.
Dessa forma, os alimentos de proteína animal à base de fermentação ainda são uma aposta promissora, que pode render bons frutos num futuro próximo.