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Proteína além da carne: lácteos servem como fonte do nutriente

A proteína é um macronutriente encontrado nos alimentos, fundamental para a construção e manutenção de tecidos como músculos, pele, ossos, pelos e órgãos, e elas também substâncias vitais para o organismo, como hormônios, enzimas digestivas, neurotransmissores e anticorpos. Além de tudo isso, é ainda capaz de fornecer energia ao corpo.

Ao contrário do que se pensa, a proteína não se resume ao nutriente responsável pelo crescimento de massa muscular, mas proporciona outros benefícios. Os seres humanos são formados por diversas proteínas como o colágeno, que dá estrutura à pele, os tecidos, a hemoglobina, que transporta o oxigênio pelo corpo, os anticorpos, que cuidam da defesa do organismo, as enzimas digestivas, responsáveis por “quebrar” os alimentos para absorção pelo corpo, e os hormônios como a insulina, fundamental para regulação de glicose no sangue.

Vistos como aliados do emagrecimento, alimentos proteicos auxiliam nesse processo porque o corpo queima muitas calorias para digerir esse nutriente. Por conta da digestão mais longa, há a sensação de saciedade.

As proteínas podem e devem ser consumidas em todas as refeições, com equilíbrio. Não existe uma quantidade exata para consumir durante o dia, por isso varia conforme o objetivo pessoal ou no caso de alguma doença associada. Por exemplo, um paciente renal precisa reduzir e controlar o consumo de proteína para não sobrecarregar o sistema nefrológico; em compensação, se a pessoa for atleta ou tem o objetivo de ganhar massa muscular, deve aumentar esse consumo.

Para um adulto saudável, uma quantidade média recomendada é de 0,8 a 1,5 grama de proteína por quilo de peso. É importante que esse consumo seja distribuído e equilibrado ao longo das refeições. Para fracionar o consumo e recomendar uma dieta equilibrada. É indicado procurar um nutricionista para acompanhar o processo. 

É interessante pontuar que ‘proteína’ não é uma categoria de alimento. Por exemplo, não é possível chamar carne de ‘proteína’. Os vegetais também possuem esse nutriente em sua composição. Sendo assim, quando há uma alimentação vegetariana variada, com leguminosas, cereais, vegetais, sementes, castanhas, o indivíduo também está se alimentando adequadamente com proteínas, visto que esses itens possuem todos os aminoácidos essenciais necessários.

As proteínas são formadas por aminoácidos não essenciais (produzidos pelo nosso corpo através de outros aminoácidos), ou essenciais, que precisam ser ingeridos na alimentação. Todos os alimentos de origem animal possuem os aminoácidos essenciais, não só a carne vermelha, mas também peixes, frango, ovos, leite (seja ele desnatado, integral ou sem lactose), iogurtes, queijos em geral, ricota, pastas, whey protein, além de alimentos de origem vegetal.

O que talvez algumas pessoas não tenham conhecimento é que alimentos de origem vegetal também são fontes de proteínas, como semente de abóbora, amendoim, amêndoas, gergelim, pistache, nozes, semente de girassol, chia, semente de linhaça, tahine, castanhas, aveia, edamame, grão de bico, feijões, tofu, ervilha e outros mais.

Ao comprar um produto industrializado que se diz “proteico”, é importante observar a lista de ingredientes e a quantidade de proteína por porção para saber se o consumo dele está de acordo com as necessidades. No caso de laticínios, por exemplo, constam na lista de ingredientes o leite pasteurizado, aromas e adoçantes naturais, além do whey protein (proteínas do soro do leite) no caso dos iogurtes e shakes que são fonte ou ricos em proteína.

Para finalizar, uma dica útil é avaliar os lácteos como fonte de proteína, não somente os da categoria de proteicos, mas lácteos em geral, que em sua composição, oferecem boa quantidade do nutriente. Eles podem ser inseridos nas refeições ao longo do dia. Os queijos, como minas padrão, minas frescal, muçarela, cottage, requeijão, são obtidos pela coagulação da proteína do leite, a caseína. Os iogurtes são obtidos da fermentação do leite utilizando micro-organismos adequados até chegar à acidez desejada, contendo caseína e proteínas do soro do leite.

As caseínas representam cerca de 80% da proteína total do leite. Já as proteínas do soro do leite estão em menor proporção, mas oferecem maior aproveitamento na digestão e são boas fontes de aminoácidos.

As proteínas do soro do leite são a matéria-prima do whey protein e fazem parte da composição de iogurtes (junto com a caseína).  O “whey” é adicionado a composição de iogurtes e shakes proteicos, que chegam a conter de 14 a 21 g de proteína por unidade, quantidade indicada para um café da manhã, lanches, pré ou pós-treino e até ceia.

Há muitas opções para uma dieta balanceada e equilibrada, com consumo adequado de proteína, de origem animal ou não.

 

*Por Liz Galvão, nutricionista parceira da Verde Campo



Em setembro, consórcio atinge inéditos 9,12 mi consorciados

No mês que completou 60 anos, o Sistema de Consórcios registrou pela nona vez consecutiva, neste ano, o recorde de 9,12 milhões de participantes ativos, ao ultrapassar em 9,1% os 8,36 milhões assinalados em setembro de 2021.

Nos nove meses, o volume de participantes apresentou evolução mensal constante, com sucessivos recordes sendo ultrapassados. Após o recente avanço, chegou a setembro com o mais alto já alcançado em sua história.

Em cada setor, onde o Sistema de Consórcios está presente, as participações dos consorciados estiveram divididas em: 80,6% no setor de veículos automotores, subdivididas em 46,6% para veículos leves, 27,7% para motocicletas, e, 6,3% para pesados; além de 14,7% no de imóveis, 2,6% no de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 2,1% no de serviços.

Os negócios, realizados no período de janeiro a setembro deste ano, acumularam 2,95 milhões de vendas de novas cotas, 13,9% acima das 2,59 milhões anteriores. O total esteve distribuído em: 1,15 milhão de veículos leves; 910,64 mil de motocicletas; 492,07 mil de imóveis; 211,22 mil de veículos pesados, 145,98 mil de eletroeletrônicos; e 49,20 mil de serviços.

Paralelamente, totalizaram R$ 191,97 bilhões, no período, versus R$ 163,85 bilhões passados, com alta de 17,2%.

“Em setembro, ocasião em que o Sistema de Consórcios completou seis décadas de atividades, os seguidos recordes mensais de participantes ativos apenas ratificam a importância do mecanismo para o consumidor brasileiro. Outra comprovação está na somatória das adesões, de janeiro a setembro, que reafirma o crescimento do conhecimento sobre a essência da educação financeira. Pode-se observar que o brasileiro, pós-pandemia, tem planejado mais e gerenciado melhor suas finanças pessoais, estendendo seu conhecimento aos familiares, e até aplicando-os em seus negócios”, aponta Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

Em setembro, o tíquete médio mensal apontou avanço. Dos R$ 64,01 atingidos naquele mês do ano passado, houve crescimento de 10,8% para os atuais R$ 70,92.

Os créditos potencialmente disponibilizados para os diversos mercados, onde os consórcios estão presentes, elevaram-se de R$ 47,30 bilhões (jan.-set. /2021) anteriores para os atuais R$ 50,91 bilhões (jan.-set. /2022), com aumento de 7,6%. Estes resultados partiram do acumulado das contemplações, no mesmo período, em razão da alta de 8,7%. Das passadas 1,03 milhão (jan.-set./2021) houve alta para 1,12 milhão (jan.-set./2022).

“Ao nos aproximarmos do final do ano, acreditamos que o Sistema de Consórcios seguirá crescendo no mesmo ritmo, mês após mês, independente do cenário econômico, expandindo gradativa e consolidadamente o hábito bastante amadurecido do brasileiro sobre educação financeira”, diz Rossi.

As potenciais participações do consórcio nos setores da economia, provenientes dos consorciados contemplados, mostram significativas presenças nos mercados internos de diversos setores, ao longo dos nove meses. No automotivo, por exemplo, houve a potencial comercialização de um a cada três automóveis via consórcio. Maiores foram também as influências nas comercializações no setor de motocicletas, ao proporcionar potencialmente pouco mais de uma a cada duas motos geradas por créditos concedidos.

No segmento de veículos pesados, com destaque para os mercados do transporte e do agronegócio, o consórcio marcou presença, de forma econômica e planejada, na renovação ou na ampliação de frotas. Potencialmente, um a cada três caminhões negociados no mercado interno foram adquiridos pela modalidade.

Passadas seis décadas do Sistema, historicamente iniciado em razão da inexistência de linhas de crédito para aquisição de veículos produzidos pela então recém-instalada indústria automobilística, “pode-se validar o valor dos consórcios ao incitar a cadeia produtiva e contribuir, direta e indiretamente, para o planejamento básico da produção, comercialização e desenvolvimento dos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços”, descreve Rossi.

Mesmo experimentando as oscilações da conjuntura econômica brasileira, com medidas para a redução dos índices inflacionários, ao encarar os reajustes em vários segmentos, em especial os alimentos, combustíveis, bem como no clima tenso de um ano eleitoral, além dos preparativos para a copa do mundo e dos efeitos globais paralelos causados pela guerra no leste europeu, “os consórcios continuam com bons resultados, apoiados principalmente na crescente demanda dos consumidores que, conscientes da essência da educação financeira e com planejamento das finanças pessoais, visam adquirir bens ou contratar serviços”, anota Rossi.

Nos nove meses, os indicadores setoriais legitimaram a participação dos consórcios na economia nacional. Na estimativa dos créditos concedidos por ocasião das contemplações e potencialmente injetados nos mercados automotivo e imobiliário, verificou-se que o mecanismo marcou 36,3% de potencial participação no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No setor de motocicletas, houve 50,2% de possível participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para os caminhões foi de 32,6%.

No acumulado de sete meses do segmento imobiliário, as contemplações representaram potenciais 12,8% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.

Perspectivas para o final de ano

Com as três deflações verificadas no IPCA, a inflação, acumulada nos últimos doze meses, até setembro, atingiu o patamar de 7,17%, considerando alcançar a mais nova projeção de 5,7%, aliada à nova expectativa de crescimento do PIB para 3,0%. Assim, já sentindo a entrada gradativa dos bilhões de reais em benefícios sociais na economia, a redução do índice de desemprego que volta aos níveis da pré-pandemia, gerando, por consequência, maior consumo, menor inadimplência e a continuidade de crescimento em diversos segmentos.

Com este panorama econômico, ao avaliar seus aspectos positivos, incluindo a manutenção da taxa de juros, movimentos diários do dólar e os acenos das perspectivas político-eleitorais, “confiamos na sequência das vendas mensais de novas cotas do Sistema de Consórcios até o final do ano, sempre acreditando nas acertadas decisões financeiras dos consumidores”, desenha Rossi.



Tendências 2023: o que esperar de novidades para mobiliário

O ano está quase chegando no fim e, com isso, já começam as pesquisas para renovar o décor em 2023. Ainda vivendo um período pós-pandemia, a sociedade busca cada vez mais se conectar com o lar, ao mesmo tempo que retorna para sua rotina usual – e agitada – fora de casa. Pensando nisso, os lançamentos apresentam algumas tendências que vão nortear o consumo do próximo ano.

Quando se fala em mobiliário, não seria diferente: formatos, texturas e multifunções são destaques entre as novidades do mercado. A gerente de marketing e designer da Estofados Jardim, Deyse Roza, apresenta três pontos-chaves para quem quer renovar as peças da casa.

Formatos Orgânicos

As formas curvilíneas e orgânicas continuam em alta e cada vez mais marcadas pela fluidez. “Os formatos inspirados na natureza e na sua organicidade são os queridinhos do mercado atualmente. Para quem deseja um ambiente mais natural, essa conexão visual das formas pode ser o primeiro passo”, explica Deyse.

Móveis Multiuso

Peças que valorizam a praticidade também se destacam nos lançamentos de 2023. “Desenhar peças que auxiliem na rotina do cliente é essencial para o design de produtos pós pandemia. Agora, além da estética, as pessoas também buscam móveis que ajudem no dia a dia, como os baús, mas que não deixem de lado uma estética apurada, é claro”, comenta a designer.

Texturas

Ainda seguindo o conceito de uma casa confortável e aconchegante, as novidades do mobiliário trazem mais texturas para os ambientes. “A ideia é ir além dos tecidos que revestem a peça, fazendo um jogo de texturas com detalhes no assento ou nos braços, por exemplo”, afirma Roza.

 

 



Instituição financeira ajuda crianças a entenderem sobre organização do dinheiro

No mês em que se celebra o Dia das Crianças, muitas marcas aproveitam para impulsionar fortemente as vendas no segmento infantil. No meio de tudo isso, a criançada é estimulada a comprar e ganhar presentes. Mas será que os pequenos entendem a importância do consumo consciente?

Visando levar educação financeira para as crianças, que estão em uma fase crucial de formação de conceitos comportamentais para a vida adulta, o Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 6 milhões de associados e presente em todos os estados e no Distrito Federal, desenvolve ações para levar o tema de forma leve e adaptada para a idade e o nível de conhecimento de cada criança.

“O melhor presente que podemos dar às crianças, cidadãos do futuro, é a educação, incluindo a financeira. Assim, por meio do nosso programa ‘Cooperação na Ponta do Lápis’, transmitimos conhecimento para a criançada, que passa a melhor se relacionar com o dinheiro e com o consumo consciente”, afirma Ricardo Passos, diretor de Desenvolvimento da Central Sicredi Norte e Nordeste.

Em suas agências, o Sicredi distribui gratuitamente gibis da Turma da Mônica que ensinam, de forma lúdica, as crianças a terem noção de futuro, dando ferramentas para escolhas sustentáveis, ensinando-as a organizar, planejar e ter autocontrole. Além disso, as histórias também são disponibilizadas através de uma série de vídeos e um site especial com brincadeiras online.

Além do projeto com a Turma da Mônica, o Sicredi ainda realiza, através das cooperativas, ações dentro das comunidades onde tem atuação, a exemplo de bate-papo em escolas, apresentações teatrais, oficinas e palestras que ensinam os pais a tratarem sobre o tema dentro de casa e ajudam os pequenos a entenderem a origem do dinheiro, orçamento familiar e como funcionam compras à vista ou a prazo.

Especialista reforça: educação financeira é importante desde muito cedo

Conversar sobre o assunto e ensinar, por meio de pequenos desafios e atitudes, é a melhor estratégia para criar um comportamento positivo em relação ao dinheiro.

Engana-se quem pensa que educação financeira se resume a dar mesada. Ela é muito mais do que isso: é ajudar as crianças a ter noção de futuro; é dar ferramentas para escolhas sustentáveis; indicar limites e disciplina; ensinar planejamento, cooperação, organização e autocontrole.

Segundo Vera Rita de Mello Ferreira, doutora em psicologia social e consultora em educação financeira, até os 4 anos de idade, as crianças identificam a cédula, mas não têm a noção de valor. Ainda é uma brincadeira, mas já com alguma ideia vaga de compra. Entre 4 e 5 anos, elas já entendem que há coisas compráveis e que o dinheiro é necessário para adquiri-las. Mas ainda assim, não sabem a origem, acreditam que é só pegar na instituição financeira e não entendem que o cartão de crédito precisa ser pago.

Entre 6 e 7 anos, segundo a especialista, já com a alfabetização e as primeiras operações matemáticas, elas começam a entender o valor das notas e dos objetos. Ainda não sabem ao certo o que é troco, mas já percebem que é preciso trabalhar para ter dinheiro. Muitas vezes, ao comprar alguma coisa, esperam pelo troco apenas pelo ritual da operação.

Dos 7 aos 10 anos, o conceito de troco está plenamente formado e já sabem que o dinheiro que é retirado da instituição financeira precisa ser depositado lá antes. A relação trabalho versus remuneração começa a ficar mais sólida. Depois dos 10 anos, raciocínio e conhecimento básico começam a se complementar trazendo relações de causa e efeito. Elas já têm alguma noção de precificação, produção, entre outros conceitos, ainda que não totalmente formados.



Associativismo de materiais de construção busca crescimento

A busca por sobrevivência das pequenas e médias empresas sempre foi complexa no país, diante um cenário com seguidas crises econômicas e pesada carga tributária, essas muitas vezes sucumbem diante do poder econômico das grandes redes. No varejo de materiais de construção o cenário não é diferente, contudo, para combater essa situação, muitas empresas estão buscando o modelo associativista.

O setor de materiais de construção vem destacando com importantes resultados nos últimos anos, mesmo com a crise enfrentada pelo país. Fato é que segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia  da Federação Getúlio Vargas (FGV Ibre) e da Associação Nacional de Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), o faturamento do setor foi de R$ 202,31 bilhões, com um aumento real de 4,4% em relação a 2020.

Entretanto, diferente de outros setores da economia, as pequenas e médias empresas, muito em função do associativismo, representada nesse setor pela Federação Brasileira de Redes Associativistas de Materiais de construção (Febramat), tiveram crescimento acima do mercado.

Segundo dados da Febramat, o conjunto das redes obtiveram um marco para o sell-in interno, pois as 28 redes juntas registraram compras que atingiram R$ 1,9 bilhões, isso ainda no terceiro trimestre de 2021, com uma alta de 53,3% frente ao mesmo período de 2020. Isso representa em valores R$ 668,2 mil. Isso mostra que esse modelo contraria um pensamento por muito tempo existente de que as grandes redes iam dominar o mercado, não dando espaço para as pequenas e médias lojas.

Mas, o que é associativismo? Esse modelo de negócios parte da premissa de que a união faz a força no meio corporativo. Com a competitividade cada vez mais alta no mercado, empresários de um mesmo setor encontram na união de interesses em comum novas formas de conduzir e expandir seus negócios. Essa união os tem ajudado a encontrar novas soluções para superar desafios do mercado e a criar oportunidades de negócio. Essa união é o associativismo empresarial.

Segundo o novo presidente da Febramat, o empresário Rafael Andrey Sebold: “o associativismo transforma a forma com que os empresários pensam o negócio, passando a ser muito mais competitivo e eficaz na condução da empresa”.

Com esse modelo as lojas que não conseguem buscar condições de comprar individualmente, buscam condições diferenciadas com indústria, distribuidoras e prestadores de serviços desse setor.

Análise do mercado

O presidente da Febramat, analisa que a tendência para esse mercado seja positiva para os próximos meses. “Passado o período de eleições, a tendência é que o setor de materiais de construção não só permaneça fortalecido como também continue à frente no crescimento econômico ao lado do agronegócio, por exemplo”.

Rafael também aponta que alguns fatores do associativismo favorecem o desenvolvimento dessas redes, dentre os quais destaca: possibilidade das compras em conjunto pelas redes, fornecimento de informações de mercado de forma privilegiada e exclusiva, alinhamento dos associados às tendências mundiais de crescimento sustentável como práticas de ESG, além de ter um papel essencial na busca de incentivos econômicos e fiscais em Brasília com os objetivos de representar e sustentar a competitividade das lojas associadas.



Tecnologia low-code apresenta-se como nova aliada para departamentos de RH

Em um cenário em que a possibilidade de trabalho remoto leva cada vez mais talentos a optarem por empresas internacionais ou mesmo trabalhos livres, como nômades digitais – profissionais que atuam no ambiente virtual, sem qualquer limitação geográfica -, a busca por profissionais de tecnologia se acentua e desafia as empresas brasileiras.

De acordo com o Relatório Global de Tendências Migratórias 2022 da Fragomen, empresa especializada em serviços de imigração mundial, 35 milhões de profissionais já atuam como nômades digitais em todo o mundo, número que pode chegar a um bilhão em 2035.

Aliás, 23 países já oferecem vistos específicos para esses profissionais, como Argentina, Costa Rica, Emirados Árabes, Grécia e Islândia, além do Brasil. O Conselho Nacional de Imigração, administrado pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), ordenou a concessão de visto temporário e autorização de residência aos imigrantes que se encaixem na modalidade, como mostra uma publicação da CNN Brasil. 

Tal panorama, que faz com que haja uma maior dinâmica e flexibilidade entre as relações trabalhistas, com vínculos criados – e desfeitos – em uma velocidade maior, bem como com condições, requisitos e habilidades mais específicos dependendo do momento, da natureza do trabalho ou da região onde será desenvolvido o serviço, aponta para uma maior necessidade de que departamentos de Recursos Humanos sejam mais ágeis na experiência de recrutamento e seleção dos candidatos.

Neste contexto, ganham destaque as chamadas ferramentas low-code (“pouco código”, em tradução livre), tecnologia que dispensa amplo conhecimento em codificação. Segundo Diego Bove, head de desenvolvimento da Bizapp – empresa que presta consultoria para processos de inovação e implantação de softwares de gestão de negócios -, o uso dessa tecnologia pode trazer mais eficiência para departamentos de RH (Recursos Humanos) em um mercado que exige adaptações constantes.

“Por ser mais simples e de rápida implementação, a tecnologia empodera a empresa para se ajustar rapidamente às necessidades de mercado, lançar uma campanha em curto prazo – e tudo isso integrado com a base de dados, o que pode promover uma fonte rica de insights preditivos”, afirma.

Ferramentas facilitam demandas do dia a dia

A título de exemplo, Bove conta que, com a implementação da tecnologia low-code, a Bizapp passou a utilizar uma série de ferramentas para atender demandas do RH e servir os colaboradores em diversas questões rotineiras.

“Em um trimestre, subimos uma página de carreiras, utilizando o recurso Power Pages que, integrado ao Dynamics 365, faz toda a gestão do banco de talentos. ‘Casado’ com o Customer Voice e o Dynamics Marketing, a ferramenta nos dá recursos para manter um monitoramento e atualização de toda essa base que construímos”, diz ele.

Segundo Bove, com a implementação, a Bizapp conseguiu, inclusive, comunicar novas vagas e aplicar pequenas avaliações de requisitos profissionais. “As ferramentas integradas vão construindo um histórico que pode ser visualizado na timeline de interações do candidato com a nossa empresa”.

O profissional ressalta que, entre as ferramentas e estratégias que podem ser usadas para trazer mais eficiência para departamentos de RH, é possível aplicar a Power Pages como uma interface web que entrega um portal de candidatos e o Customer Voice para testes rápidos na etapa de entrevistas, como redação e testes lógicos.

“Além disso, o Power Automate é uma alternativa para programar alertas e disparar comunicados e o Power Apps pode ajudar a entregar uma experiência móvel tanto para candidatos quanto para o colaborador, no preenchimento de cadastros e entrega de documentações, até o controle de metas após a admissão”, complementa.

Para concluir, o head de desenvolvimento da Bizapp destaca que as ferramentas low-code podem promover a transformação digital para empresas de diversos tamanhos e portes, o que agiliza e aprimora os processos de recrutamento e gestão dos colaboradores.

“Implementar tecnologias para evoluir nas operações pode ser um trabalho árduo e burocrático dependendo das tecnologias escolhidas. Por outro lado, um caminho mais simples pode trazer um resultado positivo em pouco espaço de tempo”, finaliza Bove.

Para mais informações, basta acessar: https://bizapp.com.br/



Especialista fala da importância de se fazer acompanhamento psicológico

Rotina cada vez mais corrida, com responsabilidades cada vez maiores e em maior número – seja no trabalho, seja com a família, muitas vezes com compromissos financeiros –, e cada vez menos tempo para dar conta de tudo. Isso leva à sobrecarga, física e, principalmente, mental. Mesmo assim, é preciso “aguentar mais um pouquinho”, porque as exigências não dão trégua.

Dar conta de tudo isso tem um custo para a saúde – e, em um número crescente de casos, para a saúde mental. Estresse, ansiedade, depressão, síndrome de burnout e outros transtornos do tipo têm sido mais comuns – principalmente após a pandemia de covid-19: segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), no primeiro ano, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou cerca 25%.

A psicóloga da Vibe Saúde, Chalise Maris Martin Reges, explica que, para lidar com os efeitos dessa sobrecarga – e mesmo para evitar que ela surja –, o acompanhamento psicológico é da maior importância: “Estar atento aos impactos que a demanda do mundo tem sobre nós é talvez o primeiro passo rumo ao cuidado da sua saúde e é então que abre portas para o acompanhamento psicológico”.

O acompanhamento psicológico adequado pode ajudar o paciente a desenvolver habilidades de inteligência emocional e conquistar mais qualidade de vida, afirma Chalise. “O atendimento é um espaço para importantes encontros de cada um que se permite olhar com um pouco mais de carinho e cuidado, respeitando a si próprio”, explica a psicóloga.

Esse processo envolve, entre outras etapas, a reorganização da rotina e o acompanhamento constante. Dessa forma, a pessoa pode administrar aquilo que compõe a sua rotina de forma mais saudável e mais consciente. Olhar para si mesmo tem muita relevância, e o autocuidado é uma estratégia eficaz para preservar o equilíbrio e o foco.

Autoavaliação

Com essa estratégia, começa um processo de autoavaliação e autoconhecimento, e é assim que se torna possível identificar, compreender e cuidar dos limites pessoais, lidar com as dificuldades, inseguranças, necessidades e desejos. A telemedicina é uma ferramenta importante para isso, diz Chalise: “Permite um atendimento com contato olho no olho, sentindo a vibração do outro, o acolhimento. A tela ajuda neste sentindo. Traz novas possibilidades de conexão e ao mesmo tempo de liberdade”.

A psicoterapia seria mais uma tarefa a ser inserida na rotina – mas, ao contrário das demandas que exigem mais e mais, seria um tempo reservado para lazer, diz Chalise. “A terapia é uma demanda e espaço pessoal próprio e isso faz diferença. Passa a ser uma prioridade, um tempo reservado a você, por você e para você”, explica.

Sobre a Vibe 

A Vibe Saúde possui uma base de mais de 1.4 milhão de clientes. Desde julho de 2020, a startup já captou mais de R$ 100 milhões de investimento liderado pelo fundo de investimento sueco, Cardo Health. Em maio deste ano, anunciou R$ 35 milhões de investimento na área de saúde da mulher.

A startup oferece em seus serviços atendimentos clínicos e psicológicos com mais de 10 especialidades. A empresa também oferece serviços personalizados para empresas nos segmentos B2B e PME 



Gestão 360º busca descomplicar a rotina em propriedades imobiliárias

Mais de 68 milhões de pessoas vivem nos mais de 500 mil condomínios registrados em todo o país, segundo indicativos da Abrassp (Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais) e da Receita Federal.

Tal número pode ser ainda maior nos próximos anos, já que o mercado imobiliário deve crescer entre 4,5% e 5% em 2022, conforme uma estimativa do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Segundo uma publicação do Valor Investe, a projeção da coordenadora de Projetos da Construção do instituto estimava uma expansão de 3,5%.

Como todo empreendimento, um negócio do setor imobiliário dá trabalho para proprietários e síndicos, que se veem às voltas com burocracias e diversas demandas do dia a dia, como limpeza, segurança e zeladoria, por exemplo.

É neste contexto que, segundo Sérgio Rocha, CEO da Roche Serviços – empresa que presta serviços terceirizados de mão de obra -, ganham destaque alternativas que buscam facilitar os trabalhos desenvolvidos em condomínios, como a chamada “gestão 360º”.

Rocha explica que a gestão 360º consiste no gerenciamento completo dos empreendimentos, o que inclui as áreas de administração financeira, fiscal e contábil. Além disso, o modelo compreende a gestão da operação e serviços como limpeza, segurança, jardinagem, mensageria e outros terceiros, e a manutenção da estrutura das propriedades.

“Ademais”, prossegue, “toda a comunicação e tratativas no dia a dia relacionadas ao condomínio ficam a cargo do gestor predial, uma pessoa designada para suprir e acompanhar as demandas de edifícios comerciais, residenciais ou galpões logísticos, apresentando resultados aos proprietários”.

Na perspectiva do CEO da Roche Serviços, as novas formas de trabalho e inovações na gestão das propriedades podem trazer mais agilidade, facilidade e segurança para os proprietários.

“Com uma gestão centralizada, conseguimos ter maior controle sobre as demandas, as responsabilidades são bem definidas e acompanhadas de perto por pessoas capacitadas”, afirma. Desta forma, segundo ele, é possível ter indicadores claros de performance e, inclusive, apresentar maior eficiência operacional e reduções de custo para a operação.

“Outrossim, como forma de medir todo o serviço prestado, é entregue mensalmente ao síndico – ou aos proprietários – um relatório completo com todo o desempenho do empreendimento, gerando informações importantes para as tomadas de decisões”, finaliza.

Para mais informações, basta acessar: https://www.rocheservicos.com.br/



Quais as características dos procedimentos injetáveis?

O número de microempreendedores individuais no segmento de estética e beleza passou de 100.975 pequenos negócios, em 2021, para 109.443 em 2022, com um avanço de 8% no primeiro semestre em relação à igual período do ano anterior, conforme dados do CNAE (Cadastro Nacional de Atividades Econômicas), coletados pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Trata-se do maior nível em três anos.

Aliás, o segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar ganhou destaque entre as doze áreas do setor de franquias que alcançaram a melhor receita em março, com 13,4%. Paralelamente, o faturamento das franquias aumentou 8,8% no período analisado, passando de R$39,881 bilhões para R$ 43,380 bilhões, de acordo com a “Pesquisa de Desempenho – 1º trimestre de 2022”, da ABF (Associação Brasileira de Franchising).

Ainda no mês de março, a corrente de comércio do setor de HPPCA (Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) chegou a US$ 130,6 milhões (R$ 683,63 milhões) – uma alta de 3,3% em comparação ao resultado obtido no final do primeiro trimestre do ano anterior, que foi de US$ 126,4 milhões (R$ 661,64 milhões). 

O dado faz parte de um levantamento da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Segundo o estudo, o saldo da Balança Comercial apresentou superávit no valor de US$ 3,7 milhões, revertendo o saldo deficitário de março de 2021, que foi de US$ 5,9 milhões (R$ 30,88 milhões).

De acordo com o Dr. Luddi Oliveira, coordenador de cosmiatria do DOME Núcleo Avançado e speaker da Galderma, assim como nas demais áreas do setor de beleza, a adesão a procedimentos injetáveis também vem em uma crescente, mas ainda é comum que haja dúvidas com relação à modalidade.

Oliveira conta que os principais procedimentos injetáveis disponíveis são preenchimentos com ácido hialurônico, skinbooster, profhilo e sculptra, sendo o preenchimento com ácido hialurônico e sculptra, um dos mais procurados. 

Segundo o médico, é preciso considerar que há uma série de diferenças entre os procedimentos: os preenchedores com ácido hialurônico servem para volumizar regiões como lábios, queixo e maçãs do rosto.

“Já os skinboosters tratam rugas finas através da hidratação da pele. E o profhilo e o sculptra, por sua vez, são bioestimuladores de colágeno que atuam na qualidade da pele e tratamento para flacidez”, explica.

Os tratamentos citados pelo coordenador de cosmiatria do DOME Núcleo Avançado movimentam um mercado em que o incômodo com a saúde e aparência da pele, como rugas em diversas partes do rosto e do corpo, como na região dos olhos e da boca, pescoço, joelho, colo e “papada” foi citado entre as queixas mais comuns de indivíduos que buscam procedimentos estéticos, segundo uma pesquisa da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

Para mais informações, basta acessar: https://www.nucleodome.com.br/



Sistema Gabarito promove mutirão de doação de sangue

O Sistema Gabarito de ensino, uma rede de escolas particulares, promoveu um mutirão de doação de sangue na unidade Rondon, para colaborar com o Hemocentro de Uberlândia. A ação, encabeçada pelo professor de biologia Fernando Borella, contou com a participação de 43 estudantes, que se voluntariaram para ajudar o banco de sangue da cidade.

De acordo com informações do Ministério da Saúde¹, o sangue doado pode salvar a vida de pessoas que passam por tratamentos procedimentos de grande complexidade, como transplantes, cirurgias, transfusões e também de pacientes crônicos de doenças como talassemia e anemia falciforme. Uma única doação pode salvar até quatro vidas.

“Eu tenho uma satisfação pessoal em doar sangue, me sinto muito realizado, e quis mostrar para outras pessoas, para que elas possam viver a experiência que eu vivi, e ter a satisfação que eu tenho. Além disso, falta muito, hoje no Brasil, a solidariedade, a empatia e o pensar no próximo. Doar sangue é poder ajudar pessoas que, muitas vezes não conhecemos, mas estão precisando de ajuda”, diz o professor Borella.

No ensino médio, os alunos aprendem sobre o sistema circulatório nas aulas de biologia, e a experiência de doar sangue oferece uma perspectiva única sobre o tema, constituindo um aprendizado complementar ao currículo tradicional em sala de aula. “Nas aulas, ensino sobre transfusões sanguíneas e tipos de sangue. E, nada mais interessante, do que colocar a teoria em prática, para que possam ver aquilo que estão aprendendo e sua aplicabilidade”, explica o professor.

De acordo com Borella, o Hemocentro de Uberlândia faz um trabalho fantástico, mas, talvez por estar um pouco deslocado do centro da cidade, muita gente não conhece, não tem tempo ou tem dificuldade em relação ao transporte para ir até lá. “Então, trazer para a escola é oportunizar, para essas pessoas, a experiência que eu já vivo há muito tempo, e que, quando os alunos vivenciam, muitas vezes se comprometem, tornando-se doadores frequentes”.

Os alunos que não podem doar, seja por não terem o peso recomendado, ou idade suficiente, ou apresentarem problemas de saúde, tatuagem, piercings ou cirurgia recente, enfim, que não atendem aos requisitos para a doação, participam da campanha convidando familiares e amigos e multiplicando as informações. “Mais de uma vez, eu já recebi relatos de ex-alunos que, até hoje, me mandam fotos indo doar levando alguém, então essa cadeia tem crescido”, lembra o professor. Para a doação de sangue, os adolescentes de 16 e 17 anos precisam ter um termo de autorização assinado por um responsável. Assim como todos os doadores de sangue, os candidatos só são aceitos para doação munidos de documento de identidade original e oficial com foto, e passam por todas as etapas da doação: conscientização, cadastro, triagem clínica, triagem laboratorial e coleta.

“O que eu mais valorizo nessas campanhas é a pessoa aprender a olhar para o outro, pois a gente está em um ambiente, que a pandemia fortificou, de individualidade tão grande, que, se eu estou bem, eu não estou muito preocupado com o próximo”, afirma Borella. Nos vários anos em que o professor realizou essa campanha, pôde perceber que, ao doar sangue, a pessoa passa a olhar para o outro, e entende que o sangue dela está salvando uma, duas, até três vidas. Só a doação dos 43 alunos da última edição produziu 129 bolsas de sangue, que vão contribuir para melhorar a saúde de quem as receber. “Às vezes, vivemos um privilégio tão grande, de estar numa bolha, em que nós não temos grandes necessidades envolvendo a saúde, que esquecemos que, fora da nossa bolha, há pessoas que precisam muito dessas doações. A pandemia aumentou um pouco isso, porque ela nos trancou. Mas, de pouquinho em pouquinho, voltaremos a ser um povo que sempre ajuda e pensa no outro”, complementa o professor.

Ele reforça que a doação na adolescência ajuda a desmistificar vários estigmas associados à doação, como os de que, se a pessoa doar, vai precisar doar para sempre, que precisa ser muito forte, que dói, passa mal, desmaia, que vai se contaminar etc. “Tratando do assunto com informação correta e credibilidade, esses mitos são desfeitos, um a um, e eles percebem que doar é muito tranquilo e só traz satisfação para quem doa e quem recebe”, afirma o professor.

Outro ponto importante da campanha de conscientização que o professor gosta de enfatizar é que, a cada ano, o número de pessoas que querem doar aumenta, mas o número de pessoas que podem doar diminui. Porque, na hora em que os adolescentes conhecem as restrições, percebem que a droga, sexo sem parceiro fixo, sem proteção e sem responsabilidade já excluem um grande número de pessoas. “Então, ao mesmo tempo que é uma campanha importante, ela mostra um cenário de preocupação também, porque revela o quanto os adolescentes não estão sendo cuidadosos, com atitudes que, não apenas impedem uma doação de sangue, mas os tornam vulneráveis a uma gravidez precoce, uma IST, ou coisas do tipo, e isso é alarmante”, alerta Borella.

1. https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20a%20doa%C3%A7%C3%A3o,transplantes%2C%20procedimentos%20oncol%C3%B3gicos%20e%20cirurgias.



Odontologia está entre as áreas mais inovadoras da saúde

Os avanços científicos e tecnológicos garantem melhorias e permitem que os cirurgiões-dentistas realizem procedimentos menos invasivos e mais assertivos. A busca constante e incessante pelo conforto e por tecnologias que tornem os procedimentos menos dolorosos e demorados coloca a Odontologia como uma das áreas mais promissoras para iniciativas e avanços tecnológicos em que ainda há muito a ser feito.

Para o cirurgião-dentista, Analista de Marketing Digital e membro da Câmara Técnica de Prótese Dentária do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dr. Reinaldo Cesar Yoshino de Lima, essa busca justifica-se, principalmente, devido a um aspecto inerente à profissão. “A Odontologia é uma das poucas áreas da saúde na qual o profissional toca nos pacientes. Mais do que isso, o profissional mexe dentro do paciente e, pior, com o paciente acordado e prestando atenção em tudo”.

Da radiologia ao laser

O Dr. Reinaldo explica que os avanços na Odontologia nos últimos 10 anos foram expressivos. “Houve uma explosão no número de inovações na última década. Contudo, é importante lembrar que a Odontologia vem inovando desde a década de 90”.

Em relação a procedimentos invasivos, destacam-se os avanços que beneficiaram os cirurgiões-dentistas nas especialidades de Radiologia e Imaginologia. “Atualmente, temos os avanços na área de escaneamento digital e tomografias que modernizaram os processos da Ortodontia, da Ortopedia Funcional dos Maxilares e na especialidade de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial que, além dos exames de imagem que melhoraram a assertividade na localização de estruturas em três dimensões, também contribuíram para que os cirurgiões-dentistas pudessem imprimir modelos em 3D para melhor estudar e visualizar o campo de atuação e propor a melhor forma de execução”.

Além dessas, também foram bastante impactadas as especialidades de Dentística, Prótese Dentária, Prótese Bucomaxilofacial e Implantodontia.

O uso de tecnologia também influenciou na possibilidade de facetas cada vez mais finas, a ponto de chegarem à espessura de lentes de contato oftalmológicas. Popularmente, essas facetas foram batizadas de lentes de contato odontológicas. Esteticamente vantajosas, também têm outras vantagens como o número reduzido de visitas dos pacientes ao consultório e a redução no tempo despendido no atendimento.

Nessa mesma linha, existe hoje a cirurgia guiada, que vem para auxiliar principalmente o planejamento de reabilitações orais com implantes, pois dessa forma, segundo o Dr. Reinaldo, é possível planejar virtualmente todo o procedimento sem cortes e sem pontos e também posicionar os implantes com mais precisão e segurança.

Na Ortodontia, o especialista explica que houve muitos avanços, desde aparelhos fixos autoligados, passando pelos fixos estéticos até chegar nos atuais alinhadores estéticos ditos invisíveis, que tiraram da cabeça dos pacientes os aparelhos fixos convencionais metálicos dos tratamentos ortodônticos.

A anestesia eletrônica também representa um importante avanço, principalmente para os pacientes aicmofóbicos (que têm medo de agulha). “Mesmo para os que não têm tanto medo, o fato de saber que há soluções modernas para o incômodo da anestesia causa alívio, já que esse é um dos principais motivos que afastam os pacientes dos consultórios. O uso de quantidades calculadas e suficientes de anestésico é benéfico para evitar superdosagem, minimizando riscos que, mesmo sendo pequenos, ainda existem, além de evitar a sensação desconfortável pós-anestesia, da qual o paciente frequentemente se queixa”.

O uso do laser na Odontologia para diversas situações, segundo o Dr. Reinaldo, já é uma prática muito comum. Sua aplicação destina-se ao alívio de dores, ao relaxamento muscular e, terapeuticamente, no tratamento de aftas, úlceras traumáticas, sensibilidade pós-clareamento e em dores pós-cirúrgicas. “Também verificamos seu uso em lesões cariosas, redução no sangramento, redução do risco de infecção, tratamento de superfície dos implantes, entre outras aplicações”.

Inovação na gestão e nas interações

As tecnologias inovadoras na Odontologia também são encontradas em uma área que vem se desenvolvendo de forma cada vez mais estruturada e ganhando bastante relevância: a gestão e administração da clínica. Inúmeros são os softwares de gestão que permitem compilar e analisar dados e também as informações do consultório, o controle financeiro, o estoque, agendamento de consultas, exames e muito mais.

De acordo com o Dr. Reinaldo, ter um sistema informatizado facilita a rotina, otimiza os processos, aumenta o controle e garante mais produtividade em todas as áreas. “As novas tecnologias de armazenamento em nuvem, principalmente, permitem acesso remoto do cirurgião-dentista, que pode tomar decisões estratégicas embasadas em dados, definir estratégia de marketing para determinado público, além de acessar a agenda de forma remota para saber quais pacientes estão agendados e, se necessário, alterar horários ou reagendar consultas à distância”. Ainda referente aos softwares Odontológicos, o especialista cita os prontuários eletrônicos que mantêm as informações organizadas, ocupam pouco ou nenhum espaço físico e podem ser facilmente consultados.

Outro ponto importante destacado pelo especialista diz respeito às interações entre profissionais e pacientes no âmbito profissional. O Dr. Reinaldo explica que os avanços na tecnologia, a popularização das mídias digitais e a velocidade da informação, aliados ao acesso facilitado dos pacientes, permitem que todas as novidades dos diversos mercados sejam rapidamente disseminadas. “Não é raro um paciente entrar em contato com o consultório para saber se o profissional já realiza determinado procedimento ou utiliza o aparelho de última geração lançado recentemente. A área da saúde é uma das que causam medo a muitos pacientes. Não é incomum que os mesmos fiquem atentos a todas as notícias que minimizem seu sofrimento ou acelerem o resultado”.



Outubro Rosa: campanha destaca a importância do diagnóstico precoce

Um diagnóstico preciso, eficiente e no momento adequado pode transformar um prognóstico desfavorável, à primeira vista, numa perspectiva de futuro, numa espécie de sentença de vida. No Brasil, de cada nove mulheres, uma vai ter câncer de mama até os 80 anos. O entendimento de especialistas é que se trata de um risco universal, já que todas as mulheres têm mamas. Diante disso, é possível diminuir o medo e o preconceito, buscando, assim, os exames indispensáveis para detectar qualquer possibilidade da doença no estágio inicial. O diagnóstico precoce, feito através de mamografias e ultrassonografias, salva vidas. Se descoberto nos estágios iniciais, a chance de cura do câncer de mama chega a 95%.

No período do Outubro Rosa, o Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, localizado no Recife, incentiva que mulheres priorizem a prevenção e o diagnóstico, além de divulgar informações e desfazer preconceitos em relação ao câncer de mama. A campanha de 2022, cujo tema é “A Beleza de se cuidar”, é a primeira depois dos reforços de vacinação contra a Covid-19. 

“Campanhas como o Outubro Rosa são fundamentais porque ampliam o alcance das informações, fortalecem a importância do rastreamento – que são os exames de rotina e precisam ser feitos antes mesmo de a mulher ter qualquer sintoma – buscando o diagnóstico da doença ainda no estágio inicial e, portanto, tratável, curável”, avalia a médica radiologista Mirela Ávila, Diretora Médica do Lucilo Ávila. O rastreamento a que se refere a médica radiologista ganha ainda mais relevância neste 2022 por conta da pandemia da Covid-19, quando, no período anterior à vacinação, houve a interrupção de parte dos atendimentos médicos e tratamentos. “Tivemos um hiato, uma paralisação provocada pela pandemia. O medo da contaminação por Covid-19 chegou a ser maior do que o medo de se detectar um câncer. Foi um período extremamente desafiador para nós, profissionais de saúde, e também para as pacientes”, revela Mirela Ávila

Interrupção

A médica radiologista revela que algumas dessas pacientes chegaram a optar pela interrupção do tratamento; outras, com cirurgias marcadas, precisaram suspendê-las depois de diagnóstico positivo para a Covid-19. “Tive uma paciente que todas as vezes que se internava para fazer a cirurgia, o PCR dela dava positivo. E tínhamos que suspender o procedimento, mesmo que fossem apenas partículas de vírus que positivavam o exame”, lembra a radiologista. 

A dificuldade de acesso aos serviços médicos foi mais um obstáculo registrado no período pandêmico. “Muitas mulheres não conseguiam nem o atendimento necessário, por conta de um sistema de saúde colapsado, levando a atrasos importantes no diagnóstico dos tumores”, diz a radiologista. “Nós, do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, temos dados que, entre março de 2020 e julho de 2021 – considerado o período mais crítico da pandemia – poucas pacientes assintomáticas procuraram fazer os exames. E, lá na frente, percebemos com clareza os prejuízos dessa interrupção”. 

A fragilidade emocional a que todos foram submetidos, aliada à baixa imunidade, teve reflexos diretos na saúde. “Temos a percepção de que esse gatilho, disparado na pandemia, veio de forma avassaladora, com doenças muito agressivas, graves, muito além do que é visto normalmente. O câncer de mama tem, na sua grande maioria, um crescimento indolente, diferentemente do que observamos agora”, revela Mirela Ávila. 

Real beleza

A aposta no tema da campanha do Outubro Rosa de 2022 pelo Centro Diagnósticos Lucilo Ávila, incentivando que as mulheres busquem, como prioridade, os cuidados com a saúde, por meio de tratamentos e exames que levem à prevenção, não significa que procedimentos estéticos, que provocam o aumento da autoestima, precisem ser deixados de lado. “Mas a real beleza vai muito além do que é visual, e, portanto, do superficial. A plenitude do bem-estar, da beleza feminina, vem com a comprovação de um bom estado de saúde”, enfatiza Mirela Ávila.

Números

O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em quase todas as regiões do Brasil, segundo dados atualizados do Instituto Nacional do Câncer. A exceção é a região Norte, com prevalência do câncer do colo do útero. Ainda segundo o Inca, a taxa de mortalidade por câncer de mama, referente à população mundial, foi 11,84 óbitos/100 mil mulheres, em 2020. No Brasil, as maiores taxas estão nas regiões Sudeste e Sul, com 12,64 e 12,79 óbitos/100 mil mulheres, respectivamente (INCA, 2022). Pernambuco tem uma taxa estimada de 12,35 óbitos para cada 100 mil mulheres.

Na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, no período 2016-2020, os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país, representando 16,3% do total. Em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 novos casos da doença. Em dados percentuais, a mortalidade proporcional por câncer de mama é de 17,2% no Sudeste, 16,8% no Centro-Oeste, 15,6% no Nordeste e 15,5% no Sul. Lembrando ainda que a doença também acomete homens, mas com baixa incidência – eles representam cerca de 1% do total de casos.

Derrubando mitos

É importante enfatizar que apenas 15% das pacientes com diagnóstico de câncer de mama têm histórico familiar; 85% dos casos não têm qualquer relação com hereditariedade. “O tecido mamário, em si, é um tecido de risco”, alerta a radiologista Mirela Ávila. “Muitas pessoas, por medo ou desinformação, evitam o assunto e acabam atrasando o diagnóstico”, avalia. Ela reitera que quanto mais cedo a descoberta, mais chances para o êxito do tratamento: “a gente passa a ter uma possibilidade imensa de não apenas curar, mas também de não precisar de tratamentos mais agressivos”, acrescenta Mirela Ávila.

Quando a descoberta se dá em estágios iniciais, a cura do câncer de mama chega a 95%. Mamografias, para as mulheres com mais de 40 anos, e ultrassonografia, em pacientes mais jovens, devem ser utilizadas na busca por um diagnóstico precoce. E, mesmo em diagnósticos positivos, dependendo do caso, a quimioterapia pode até nem ser necessária, resultando num tratamento mais brando, com a preservação da mama, e uma qualidade de vida muito melhor. “É sobre perspectivas reais de vida que lidamos quando nos deparamos com diagnósticos precoces,” define a radiologista Mirela Ávila.



Empresa de logística investe no Vale do Paraíba

Em junho de 2019, o Grupo Mirassol desembarcou no Vale do Paraíba e inaugurou o CDRS Vale. Na época a empresa acabava de colocar em operação o primeiro Centro Logístico com conceito Smart Hub no eixo Rio- São Paulo, principal corredor da região Sudeste do país, estrategicamente localizado em Pindamonhangaba.

Ao longo desses anos, a demanda aumentou devido à atividade de um importante cliente, e assim veio a necessidade da ampliação da atuação da Mirassol Logística na região do Vale do Paraíba. Agora, são dois armazéns, um deles inaugurado em junho de 2022 em Caçapava, permitindo que a empresa duplique sua capacidade: de 10 mil m² de espaço de armazenagem, com 15 mil posições pallet, para 20 mil m², com 30 mil posições pallet. Nesses locais ficam estocadas as latas vazias antes de serem distribuídas para diversas fábricas de bebidas, localizadas em diversas cidades do país.

Mas todo crescimento tem seus desafios e para não pecar na qualidade do serviço, foi preparada uma estratégia especial. “A implantação dessa nova operação foi um grande sucesso, principalmente porque fizemos questão de envolver de forma muito inteligente todas as áreas da empresa. Liderei o trabalho de kickoff, que teve muito êxito. Para que tudo funcionasse perfeitamente, criamos um sistema interno que conectou as áreas. Essa ferramenta de inteligência foi fundamental para que tudo corresse perfeitamente, pois com ela cada um recebeu sua responsabilidade e o senso de dono”, comenta Jairo Santos, gerente de unidade de negócio.

 



Mercado de créditos de carbono limita a emissão dos gases do efeito estufa

O engajamento em relação ao meio ambiente tem trazido ao mercado grande ações ambientais através de projetos e iniciativas privadas e governamentais, além de mecanismos econômicos, fazendo com que haja uma consolidação das questões ambientais em níveis mais altos.

Atualmente os créditos de remoção de carbono das florestas plantadas são cada vez mais reconhecidos como grande esperança contra o aquecimento global, pois a redução de emissões se mostrou insuficiente para limitar o aumento das temperaturas em 1,5ºC neste século.

“O Brasil deu o primeiro passo para a regulamentação do mercado de crédito de carbono com o Decreto Presidencial nº 11.075, de 19 de maio de 2022. Com ele, é possível vislumbrar as primeiras regras para a criação do mercado de carbono brasileiro, assim como reconhece o grande potencial do setor agropecuário e suas peculiaridades”, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

Este Decreto visa regulamentar o parágrafo do art. 11, da Lei nº 12.187 de Política Nacional sobre Mudança do Clima. No texto, o Governo Federal apresenta as diretrizes para implementação dos planos setoriais de mitigação das mudanças climáticas e institui o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa, o SINARE. As metas a serem atingidas devem ser estipuladas em conjunto pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Economia, e cada setor terá a sua específica. Esse é um passo importante para o país, que durante a COP-26, assumiu medidas importantes para redução das emissões.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, afirmou que o mercado do crédito de carbono no Brasil tem potencial para captar US$ 17 bilhões ao ano e também abre espaço para benefícios fiscais em um sistema de três pilares formado pela tributação da poluição, estímulo à inovação e recompensa à preservação dos recursos naturais.

“O fundamental para esse momento é buscar aliar as práticas sustentáveis e de inovação aos benefícios tributários, considerando as mudanças aceleradas que o setor está vivenciando. Está aberta uma janela de oportunidades para diversos segmentos do mercado, especialmente o do agronegócio, cujo desafio importa em ter a maturidade suficiente para entender e efetivamente praticar esses novos processos e rapidamente se adequar. É o momento certo de estar preparado para colher os frutos não apenas para o próprio negócio, mas como para toda a sociedade”, salienta Ivan Machiavell, advogado e sócio fundador da MBT Advogados Associados.

O Brasil é uma peça-chave para alimentar o planeta, afinal, tem fonte de energia limpa e o setor pode ser muito positivo em termos de ganhos ambientais para o mercado de carbono, devendo apenas criar mecanismos efetivos para evitar dupla contagem de créditos de carbono. “Ele é o principal país na produção de crédito de carbono no mundo e poder comercializá-lo, principalmente aos europeus, é uma forma precisa de movimentar a economia. Contudo são necessárias mais ações dos governos e menos encargos e impostos aos produtores que desejam melhorar as suas propriedades”, pontua Vininha F. Carvalho.

Na 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada entre 31 de outubro e 12 de novembro de 2021 em Glasgow, no Reino Unido, muito se discutiu sobre as ações para fomentar a transformação rumo à economia de baixo carbono e alcançar o objetivo lançado no Acordo de Paris, de 2015.

Empresas, pesquisadores e lideranças da silvicultura brasileira estão se mobilizando para incluir o potencial de remoção de carbono das florestas plantadas brasileiras nas discussões sobre esse novo mercado na COP 27, previstas para novembro, no Egito. A conferência terá como um de seus objetivos fundamentais a implementação dos artigos 6.2 e 6.4 do Acordo de Paris, que tratam das negociações de certificados de remoções de CO2e entre países para o cumprimento de suas NDCs (Contribuição Nacionalmente Determinada), que reúne as metas do país para conter o aquecimento global, bem como para as organizações compensarem suas emissões.

“O Brasil precisa acelerar suas políticas de gestão das emissões. O envolvimento cada vez maior da sociedade será fundamental para impulsionar as discussões e para que o país se destaque nesse tema fundamental para a humanidade”, conclui Vininha F. Carvalho.



Coleta seletiva de vidro beneficia o meio ambiente e cadeia de valor do material

Presente no dia a dia das pessoas, o vidro é um material cujos objetos feitos deste material datam de mais de 4.500 anos. Garrafas, potes e frascos são utilizados como embalagens para produtos como bebidas, comidas, medicamentos, perfumes, cosméticos, entre outros.  O vidro está presente nos utensílios domésticos, na construção civil, na indústria automobilística, podendo ser utilizado também em composições especiais como bulbo de lâmpadas e fibras óticas. A base da fabricação deste material é areia, calcário, barrilha e feldspato, formando um composto rígido, não poroso e resistente às temperaturas até 150°C.

O vidro não é um material biodegradável, de modo que pode permanecer na natureza por aproximadamente 10 mil anos até se decompor. Ao ser descartado incorretamente no lixo comum, pode prejudicar o meio ambiente, ocupando um espaço indevido nos aterros sanitários, que cada vez mais tem menos espaço físico disponível para disposição final. É um material cortante e que pode machucar quem o manuseia, durante a coleta, quando o vidro é descartado inadequadamente sem o devido cuidado.

Apesar disso, a estrutura molecular do vidro é amorfa, logo o material pode ser reciclado infinitas vezes, gerando um produto com as mesmas características e qualidade do vidro original. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro – ABIVIDRO, a cada seis toneladas de vidro reciclado, uma tonelada de CO2 deixa de ser emitido na natureza. Além disso, o beneficiamento de cacos de vidro permite redução do consumo energético e a redução da necessidade de captação de novas matérias-primas.

O Brasil recicla cerca de 47% dos materiais de vidro que são colocados no mercado, segundo informação do Compromisso Empresarial Para Reciclagem – CEMPRE, porém como afirma a Associação Brasileira de Bebidas – ABRABE, a reciclagem do vidro não chega a 20% em algumas localidades do país, em relação ao que é produzido e o que é colocado no mercado anualmente. Se bem administrada a atividade de reciclagem do vidro tem potencial para ser lucrativa e tem poder de geração de empregos, principalmente para as camadas mais carentes da população, cuja renda, muitas vezes, depende da reciclagem.

A coleta seletiva de embalagens pós-consumo contribui para que o vidro seja encaminhado à triagem e beneficiamento, transformando-o em um novo produto. Além disso, reduz o descarte de lixo e consequentemente reduz custos com a coleta de lixo domiciliar e aumenta a vida útil dos aterros sanitários. Entretanto, é preciso ressaltar que nem todos os tipos de vidros podem ser reciclados, como cristais, espelhos e vidro planos, devido à sua composição complexa de substâncias ou à técnica na qual são fabricados, tornando o processo de reciclagem muito trabalhoso ou economicamente inviável.  

Diversas ações vêm sendo mobilizadas pelo país para o estímulo da logística reversa de embalagens pós-consumo de vidro e consequente valorização da sua cadeia. Para isso, a separação inicial é muito importante e muitas vezes essa responsabilidade é confiada à coleta seletiva e aos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), onde a população possui locais de referência para o descarte próprio deste material. “Florianópolis é exemplo de município onde a coleta seletiva do vidro já faz parte da rotina dos cidadãos”, afirma Camila Bortoletto, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Contemar Ambiental.



Nona edição do EGAESE traz ESG como alavanca de transformação no setor elétrico

A 9ª edição do EGAESE (Encontro de Gestão de Ativos para Empresas do Setor Elétrico), em 2022, vem aí. De 07 a 11 novembro, executivos das grandes empresas do setor elétrico se encontram para debater as melhores práticas em Gestão de Ativos, seus impactos nos resultados e aspectos regulatórios em âmbito nacional e internacional.

ESG e Economia Circular nortearão as principais rodas de conversa do evento. Por lá, também serão revelados os ganhadores do Prêmio Nacional de Gestão de Ativos Engenheiro Amauri Reigado – iniciativa que reconhece os melhores projetos dedicados às práticas de Gestão de Ativos elétricos no Brasil.

Após dois anos de pandemia, o EGAESE traz uma novidade: a edição será híbrida. De 07 a 10 de novembro, a transmissão ocorre on-line, e em 11/11, presencial. Vale trazer que um grande anúncio relacionado ao tema Inovação será feito na cerimônia de abertura do evento presencial, em São Paulo.

“Nesta edição teremos a Expo-EGAESE, onde fornecedores trarão suas soluções para os desafios do mundo da energia e apresentá-las às empresas. Isso promoverá a sinergia de negócios e incentivo à inovação”, diz Marisa Zampolli, idealizadora do EGAESE e Presidente da MM Soluções Integradas.

O evento, realizado há 8 anos, já reuniu mais de 800 participantes entre especialistas e executivos das empresas brasileiras de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, profissionais internacionais e representantes de órgãos reguladores do Brasil e do exterior.

A edição deste ano conta com o patrocínio das empresas Neoenergia, CPFL soluções, Eletrobras, Taesa, CTG Brasil, Enel e AES. Também há o apoio institucional da ISA CTEEP, ABRATE, ABRADEE e ANEEL e expositores como Norven, Treetech Tecnologia e GISCARUSO.

Serviço:

O quê? 9ª edição do EGAESE (Encontro de Gestão de Ativos para Empresas do Setor Elétrico)

Quando? De 07 a 11 de novembro

Onde? Híbrido. O evento presencial será realizado em São Paulo, no Centro de Convenções Milenium – Rua Dr. Bacelar, 1043, Vila Clementino.

Inscrições: pelo site www.egaese.com.br



Votação para prêmio Impactos Positivos classifica finalistas

O Prêmio Impactos Positivos, que reconhece empresas e organizações que desenvolvem projetos, iniciativas e negócios inovadores que impactam positivamente a sociedade, contribuindo para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, está com as votações abertas, até o dia 31 de outubro, para definir os três finalistas de cada categoria. Cerca de 20 mil usuários da plataforma participaram da primeira fase, somando 16.992 votos entre os 265 inscritos.

Para participar da votação atual basta acessar o site oficial (www.impactospositivos.com), fazer um cadastro e escolher a preferência nas categorias disponíveis. Os vencedores serão conhecidos durante cerimônia de premiação que acontecerá no dia 30 de novembro, em São Paulo. A terceira edição da premiação trouxe algumas instituições parceiras em busca do objetivo de estimular o ecossistema de impacto no Brasil: patrocínio do Sebrae Nacional, parceria institucional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (Enimpacto).

Os projetos, de 15 estados e do Distrito Federal, aguardam os votos da sociedade civil para fomentar o ecossistema de impacto e dar visibilidade para as ideias que buscam a transformação. “Para este ano, esperamos que o Prêmio Impactos Positivos, ao dar visibilidade ao que vem sendo feito por esses empreendedores, inspire outros a seguir o mesmo caminho, contribuindo para a superação de muitos dos desafios existentes hoje no Brasil”, comenta Gisele Abrahão, idealizadora da premiação.

Os negócios de impacto seguem na disputa entre as categorias Ideação (dando os primeiros passos, mas sem formalização), em Operação (empresa já formalizada, com faturamento e modelo de negócios validados) e Tração (empresa já formalizada, atuando no mercado há mais de um ano). Em Ecossistema de Impacto são os dinamizadores, as comunidades e as médias e grandes empresas. Os vencedores de cada categoria ganham visibilidade e reconhecimento para ampliar o impacto dos seus negócios no país.

Os projetos que foram selecionados até o momento ganham o workshop “A receita do pitch ideal”, com o Fernando Seabra, para se preparem para a reta final. Além de membro do conselho do Prêmio Impactos Positivos, Seabra atua também como mentor na Batalha das Startups e no Planeta Startup, diretor da Fiesp, avaliador do Shark Tank Brasil, membro do CONIN-Conselho de Inovação, cofundador do Angel Investor Club, embaixador da Fluência na SBFa, professor em MBAs na área de inovação e empreendedorismo e criador da metodologia Pitch Canvas.

Para a final, além do troféu, os vencedores recebem um ano de associação ao Instituto Capitalismo Consciente Brasil na categoria Startup-MPE, programa Master em Governança da GoNew, aplicação da pesquisa Humanizadas e mentorias especializadas pelo prazo de seis meses (30 minutos por mês) com cada um dos apoiadores: Instituto da Transformação Digital – ITD; Sandra Pinheiro da Pinho Pinheiro – ESG/ODS; Roberta Coutinho da Cedre Consultoria – Governança Corporativa; Alexandre Uehara da Innov8 – Inovação e Tecnologia; Fernando Seabra do Angel Investor Club – Modelo de Negócios e Pitch; e Assis e Mendes Advogados – Consultoria Jurídica. Os três vencedores das categorias do Ecossistema de Impacto também têm a oportunidade de se tornarem mentores dos Negócios de Impacto.



Arquiteto projeta casa invertida para solucionar desafio de declive do terreno

Uma residência de 507 m² com necessidades inusitadas: esse é o projeto da Casa Átrio, assinado pelo arquiteto Marcos Sonego. Localizado em Criciúma, Santa Catarina, trouxe um desafio criativo para os profissionais envolvidos. 

Tudo começou com a escolha do terreno junto aos clientes, uma família com dois filhos adolescentes. O local tinha um declive de 4m e, por isso, precisou de algumas soluções diferenciadas para que funcionasse de acordo com o desejo dos moradores.

“Eles solicitaram que a piscina estivesse no solo e que as áreas sociais estivessem no mesmo nível. Como a orientação solar dos fundos é mais adequada à piscina, esses espaços ficariam abaixo da rua”, conta o arquiteto. Assim, o acesso principal, o hall, os quartos e a garagem foram construídos na altura da alameda. Resumindo: uma casa invertida.

O encaminhamento do térreo ao andar inferior é feito através de uma escada solta, ladeada por um átrio (que dá nome ao projeto), o coração verde da casa, banhado de luz natural, criado para os momentos de descanso entre a família e os amigos.

Ao entrar na residência, a decoração inclui aplicação de materiais com texturas orgânicas, cores neutras e traços puros, que entram em sinergia com a proposta arquitetônica. O couro, a madeira e a pedra natural também marcam presença nos ambientes.

Procurando harmonia e um estilo atemporal, Marcos Sonego escolheu os porcelanatos da Portinari para revestir toda casa. Do piso geral da área social até a piscina, passando pelas paredes e pisos, cada cantinho recebeu esse conceito. As coleções foram cuidadosamente selecionadas. O acabamento polido, natural, antiderrapante e urbano da Munich. A piscina ganhou o revestimento Atlantis no formato 20×20 e os relevos hexagonais do Love, crriando uma superficie que estimula o toque, om a linha Sensorial.

“Praticidade foi um fator determinante para a escolha dos revestimentos. Aliada à estética marcante, obtivemos o resultado sonhado por essa família”, afirma o profissional.

 



Três dicas para gestores de frotas na Black Friday

O brasileiro está bastante otimista para a Black Friday deste ano. Essa é a conclusão de um levantamento encomendado pelo Google ao Ipsos em que 71% dos entrevistados têm a pretensão de ir às compras, uma alta considerável de 29% quando comparado com 2021. A data é uma grande oportunidade para o varejo, já que se tornou parte do calendário oficial de compras dos brasileiros, mas ainda traz alguns desafios.

De acordo com o ranking do Reclame Aqui de 2021, entre os principais problemas apontados pelos clientes na Black Friday, o atraso das entregas é o campeão. Um dos motivos que podem levar a essa alta taxa é a falta de um planejamento mais adequado para a data, que requer recursos e investimentos especiais para as empresas que querem fazer um bom trabalho. Mais do que uma possibilidade de maximizar as vendas, o mês de descontos pode ser uma oportunidade de atrair clientes e, porque não, fidelizá-los. E a logística pode ser um grande diferencial.

O Panorama da Fidelização no Brasil 2022, desenvolvido pela ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização) em parceria com o Tudo Sobre Incentivos (TSI), mostrou que a entrega está entre os fatores decisivos para a compra, e também para a fidelização. Por essa razão, para uma experiência de compra com nível de excelência, os varejistas precisam levar em conta não somente princípios básicos como qualidade do produto, preço e disponibilidade, por exemplo, mas principalmente os processos logísticos adotados.

Pensando em como auxiliar os gestores de frotas durante a data, Omar Jarouche, CMO da Cobli, compartilha dicas de como a tecnologia pode potencializar e também aumentar a produtividade desse tipo de serviço, proporcionando assim uma boa experiência para os consumidores e os vendedores. 

Controle em tempo real

Muitos gestores de frotas ainda controlam suas operações de forma manual e analógica. Em um momento de alta demanda como a Black Friday, contar com o apoio tecnológico ajuda a não perder oportunidades e, assim, aumentar o nível de serviço dos veículos. Um desses recursos é a telemetria, a sinergia entre Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e big data que auxilia na coleta remota de informações tais como: velocidade, localização, consumo médio e também paradas, graças a um acompanhamento em tempo real do veículo. Explorar ao máximo as funcionalidades ajudam a aumentar a produtividade em vários momentos do ano, inclusive na Black Friday. 

Além da gestão inteligente de toda a frota por meio de dados, com as inovações disponíveis é possível digitalizar processos para otimizar tempo e ter um maior controle de documentos necessários tais como papéis, planilhas eletrônicas, arquivos de texto e coleta de assinaturas, evitando perdas ou desvios. Entre algumas dessas tecnologias estão o registro de imagens dos serviços e comprovantes de entregas realizados, além  que facilitam a auditoria.

Planejamento de rotas 

Se o atraso na entrega é a maior reclamação da Black Friday, uma das funcionalidades da tecnologia que ajuda a sanar esse problema é o planejamento de roteirização. Por meio de plataformas automatizadas, o gestor de frota consegue realizar em alguns cliques um plano otimizado para cumprir a programação determinada, organizar o horário do atendimento ao cliente conforme a disponibilidade e, dessa forma, reduzir a incidência de solicitações sobre a situação de entrega e realização de um serviço.  

A previsibilidade promovida por esse tipo de solução ajuda também a atender as expectativas e melhorar a experiência do consumidor, que passa a receber não só a previsão de chegada do motorista ou prestador de serviço, mas também dados da pessoa, qual a placa e modelo do veículo e, ao final, ainda poderá realizar uma avaliação.

Além disso, é importante fazer checklists para garantir que os funcionários estejam cumprindo a programação estabelecida, horários de chegada estimada nos locais destinados ao recolhimento e entrega dos produtos, reduzindo atrasos e até mesmo extravios de compras.

Visibilidade do modo de condução

Por um anseio de realizar entregas mais rápidas, os condutores podem cometer uma série de infrações de trânsito, como por exemplo exceder os limites de velocidade. Segundo o último dado disponibilizado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o número de infrações cresceu 86,9% em agosto quando comparado ao mesmo período de 2021, e transitar acima da velocidade máxima permitida foi a infração que ocupou o topo do pódio. 

Os dados mostram a importância de contar com recursos que possam trazer mais visibilidade sobre a frota e assim a possibilidade de acompanhar o comportamento dos motoristas de perto. Tecnologias disponíveis no mercado como a videotelemetria oferecem recursos de imagens e alertas automáticos em tempo real para eventos perigosos como, por exemplo, freadas bruscas. Esse tipo de informação possibilita a implementação de melhorias e ajustes de forma ágil em operações de alta demanda como a Black Friday. 

Outro fator de segurança que também impacta o nível de serviço das entregas é a manutenção do veículo. Hoje, de forma 100% digital, é possível controlar e prever os gastos com conservação e ajustes e consertos preventivos. Esses pontos auxiliam também na economia de combustível, um dos maiores gastos logísticos atuais.

Com clientes ainda mais exigentes,  os gestores de frota precisam mais do que nunca estarem atentos a cada detalhe dos processos logísticos adotados, principalmente em grandes eventos do varejo como a Black Friday, Natal, Copa do Mundo, Dia das Mães, entre outros. Com uma expectativa alta de vendas para esse ano e processos ainda mais digitalizados em toda a cadeia do varejo, a adoção de tecnologias será o grande diferencial competitivo capaz de promover a melhor experiência para os clientes.



Procura por empréstimos cresce e liga sinal de alerta

O Brasil reúne 13 milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs) e 5,5 milhões de micro e pequenas empresas, números que representam 98% das empresas existentes. Os dados são do Ministério da Economia. Esse é o público apto a solicitar, desde 25 de julho deste ano, a concessão de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Em junho de 2022, a legislação federal mudou as regras da linha de capital de giro do governo federal, tornando-a permanente. Até então, ela tinha um perfil provisório, voltado para auxiliar pequenos negócios afetados pela pandemia da Covid-19. Somente no primeiro dia de requisições da rodada vigente, foram liberados cerca de R$ 2,5 bilhões pelo Banco do Brasil, segundo informações divulgadas pela própria instituição.

Na visão do professor especialista da Fundação Dom Cabral e sócio da Goose – Consultoria & Treinamentos, Haroldo Márcio, a alta adesão aos empréstimos pode estar atrelada, não necessariamente ao aumento dos investimentos, mas sim a um acréscimo do custo das operações financeiras das empresas – motivo de alerta para qualquer negócio.

Uma das principais causas do descontrole de fluxo de caixa e do capital de giro das companhias está associada ao crescimento muito acelerado das vendas. Segundo ele, em um mercado muito competitivo, no qual todas elas comercializam o mesmo produto ou serviço, existe uma estratégia clara para o aumento do prazo de pagamento para os clientes ou a concessão de desconto no valor do item.

“Quando uma empresa concede maior prazo para os clientes, mas não consegue negociar o mesmo com os fornecedores, cria-se uma maior necessidade de capital de giro. Via de regra, ela recorre ao mercado financeiro, contratando dívidas, para suprir a diferença de receitas e despesas”, explica o especialista.

No primeiro momento, a companhia não percebe o problema que está sendo criado, já que o efeito da despesa financeira do mês não impacta tanto o resultado. Contudo, com o passar do tempo, ela começa a perder a margem que possui no seu produto ou serviço final. Isso ocorre porque o custo da antecipação do que se tem a receber ou da contratação de uma dívida não está precificado no produto.

“Ao começar a faltar caixa, consumido por despesa financeira, a empresa tende a recorrer à solução tradicional, que é faturar mais. Para isso, concede mais prazo e sacrifica ainda mais o caixa, criando uma situação insustentável”, ressalta Haroldo Márcio.

Efeito tesoura

No estudo das finanças de curto prazo, em especial de capital de giro, esse cenário é chamado de “Efeito tesoura”. Trata-se do momento em que a necessidade de capital de giro supera o capital de giro líquido da companhia. Em outras palavras, para conseguir custear suas atividades, ela passa a ficar cada dia mais dependente de recursos de curto prazo.

“Movimento semelhante ocorre no momento em que a empresa recorre a descontos comerciais para aumento de receita. Geralmente associados ao pagamento à vista ou em menor prazo, eles possuem o mesmo impacto final no comprometimento do caixa e no aumento da necessidade de capital de giro”, explica o professor da Fundação Dom Cabral.

Comprometimento do caixa preocupa

Para mensurar o nível de endividamento e comprometimento do caixa das empresas, basta observar os movimentos das operações de crédito. Em três meses, mais de 60% do total de R$ 50 bilhões disponibilizados nesta rodada do Pronampe já foram requisitados, de acordo com o Fundo de Garantia de Operações (FGO), responsável por conceder o aval para os empréstimos. Somados, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são responsáveis por mais da metade do total concedido.

“Certamente, a grande parte destes recursos não foi utilizada para investimento em ativos operacionais e desenvolvimento de negócios, pois os indicadores macroeconômicos deste período de consumo não sinalizam essa demanda”, avalia Haroldo Márcio.

No lugar da aquisição de máquinas e equipamentos, além da realização de reformas, parte considerável dos empréstimos tem sido direcionada para despesas operacionais, o que pode representar um sério problema para a saúde financeira do negócio. Atualmente, os juros incidentes correspondem a 6% ao ano mais Selic, com o prazo de 48 meses.

Volume de receita x geração de caixa 

Neste momento pós-pandemia do Covid-19, muitas empresas estão retomando o volume de faturamento e, em alguns setores, até escalando a sua receita. No entanto, elevar o volume de receita, em alguns momentos, pode resultar em um aumento do problema financeiro. Nesse sentido, a recomendação é de prudência na retomada das atividades econômicas.

“Quanto mais se vende, mais se compra, e quanto mais se compra, mais se compromete a geração de caixa. Isso gera um círculo vicioso e extremamente perigoso para as companhias”, alerta o especialista. “Uma empresa pode até conviver com uma eventual falta de lucro, mas nunca com o descontrole contínuo do fluxo de caixa”, finaliza.

Para mais informações, basta acessar: gooseconsultoria.com.br



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