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Brasil tem 60 milhões de pessoas utilizando serviços de VPN

Nos últimos anos, o Brasil testemunhou um crescimento notável no uso de redes virtuais privadas (VPNs) para navegação na internet. Dados recentes indicam que mais de 60 milhões de brasileiros já utilizam algum serviço de VPN, o que equivale a quase um terço de toda a população nacional que utiliza a internet, conforme apontado no relatório divulgado pelo Olhar Digital.

Esse número reflete como as VPNs deixaram de ser uma ferramenta de nicho para se tornar um recurso quase comum entre uma grande parcela de brasileiros que utilizam a internet para diferentes finalidades. Para efeito de comparação, a taxa de adoção de VPN no Brasil já supera a média global, indicando que os brasileiros estão à frente na busca por soluções de privacidade on-line, como mostra o relatório da DataReportal.

A grande parte desses usuários descobriu as VPNs recentemente, impulsionados por fatores que vão desde a restrição de conteúdo on-line até preocupações crescentes com segurança de dados e privacidade na rede.

Alguns dos motivos por trás do crescimento recente

Vários fatores explicam por que o uso de VPN vem crescendo de forma acelerada no Brasil. Em primeiro lugar, medidas de censura ou bloqueio de plataformas digitais têm levado muitos brasileiros a buscar VPNs para manter o acesso a sites e redes sociais.

Um caso emblemático ocorreu em 2024, quando a rede social X (antigo Twitter) foi temporariamente banida por ordem judicial, desencadeando um aumento de 469% nas buscas por VPNs em poucas horas, segundo dados do TudoCelular. A reportagem ainda afirma que, segundo a empresa de segurança virtual VpnMentor, o número de usuários de VPN (Redes Privadas Virtuais, em inglês) cresceu 1600% no país

Esses dois episódios mostram como algumas restrições na internet podem impulsionar a adoção de VPNs entre os usuários do Brasil, à medida que pessoas buscam alternativas diferentes para utilizar esses serviços e plataformas.

Além dos bloqueios, há uma crescente preocupação com a segurança e privacidade no meio digital. O Brasil tem enfrentado altos índices de crimes cibernéticos e vazamentos de dados, levando os internautas a procurar maneiras de se proteger. Pesquisa divulgada pela Exame mostra que a proteção de dispositivos e contas on-line é o motivo número um para 46% dos usuários de VPN no país. A matéria também mostrou que no primeiro trimestre de 2024, 37% dos brasileiros (cerca de 75 milhões de pessoas) acessaram a internet usando uma VPN.

No caso do bloqueio do X (antigo Twitter), empresas e usuários brasileiros se conectaram a uma VPN para acessar a plataforma, seja para trabalho ou para continuar acessando a rede social que opera em diversos outros países. A crescente demanda mostra que muitos internautas recorreram ao uso de VPNs para diferentes finalidades.

Vale ressaltar que todo esse movimento ocorre em um contexto de debate sobre liberdade digital no Brasil. Conforme publicação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, feita em maio deste ano, algumas lideranças governamentais estão discutindo propostas para regular uso de VPNs, reconhecendo que essas ferramentas se tornaram essenciais para preservar o acesso à informação e a privacidade dos cidadãos. Em outras palavras, as VPNs entraram de vez na pauta sobre direitos digitais, trazendo um debate público sobre a liberdade de expressão e o direito à privacidade.

VPNs na proteção da privacidade

Do ponto de vista técnico, uma VPN funciona criando uma conexão criptografada entre o dispositivo do usuário e um servidor remoto. Isso significa que todos os dados trafegam de forma embaralhada, dificultando interceptações e monitoramento. Segundo os números divulgados anteriormente pela Exame, os serviços de oferecida pelas VPNs ganhou relevância para diferentes internautas. De forma resumida, provedores como o VeePN implementam criptografia e políticas de não registro de atividades (no-logs).

Um outro aspecto relevante é a proteção em redes Wi-Fi públicas, como as de cafeterias, aeroportos e shoppings. Essas conexões gratuitas, bastante populares em todo o mundo, podem abrir espaços para eventuais inseguranças digitais. Conforme matéria compartilhada no g1, apesar de redes de Wi-Fi públicas terem um risco baixo, elas permitem eventuais golpes, tanto para celulares quanto para notebooks.

A reportagem detalhou sobre os riscos dessas conexões, exemplificando que um pode encontrar uma brecha na rede pública para interceptar a comunicação entre o usuário e um aplicativo de banco, por exemplo, podendo roubar dados sensíveis e acessar contas bancárias.



Apoio à saúde mental é escasso nas empresas, aponta estudo

Nos últimos anos, a saúde mental tornou-se um dos temas mais debatidos globalmente, especialmente após a pandemia de covid-19. No Brasil, o assunto também tem sido amplamente discutido no mercado de trabalho, e não é para menos: dados de 2024 do Ministério da Previdência Social mostram mais de 470 mil afastamentos do trabalho devido a transtornos mentais. O maior número dos últimos dez anos.

Apesar da crescente atenção que as organizações têm dado ao tema, na prática, isso tem sido pouco percebido. Segundo um recente levantamento do Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP, a maioria dos respondentes (60,2%) afirmou que a empresa onde trabalha não possui apoio psicológico de forma profissional, embora considere isso importante. Apenas 15,7% deles disseram ter esse acesso com facilidade.

O estudo, que ouviu 429 profissionais de Administração entre os dias 14 de abril e 5 de maio, identificou outro fato preocupante: quase metade dos respondentes (48,1%) acredita que a empresa onde trabalha não valoriza a saúde mental dos seus colaboradores.

Ao serem questionados sobre suas expectativas em relação a maior atenção das empresas à saúde mental nos próximos anos, apenas 14% dos respondentes não acreditam em uma mudança de cenário. Entretanto, 47,8% dos profissionais acham que essa maior atenção acontecerá apenas por obrigação da legislação.

Regulamentação adiada

Embora a necessidade de estabelecer regras que preservem a saúde mental dos trabalhadores seja urgente, nem sempre é fácil tirar isso do papel. O Ministério do Trabalho e Emprego havia anunciado a atualização da NR-1, norma que estabelece as diretrizes gerais sobre saúde e segurança no ambiente do trabalho, e que, agora, passaria também a fiscalizar e multar as empresas que não adotassem as medidas contra riscos psicossociais.

No entanto, a regulamentação que entraria em vigor no dia 26 deste mês de maio foi adiada. Ao longo deste ano, a atualização terá apenas caráter educativo e orientativo e a nova data de implementação das regras está prevista para acontecer em 25 de maio de 2026. 

No levantamento realizado pelo CRA-SP, ao serem questionados sobre o conhecimento da norma e sua alteração, 40,6% dos respondentes disseram que já haviam ouvido falar, mas não sabiam detalhes; outros 35% disseram entender do que se tratava e os outros 24,5% disseram não saber a respeito. 

Trabalho x estresse

Ainda de acordo com o levantamento, 54,6% dos profissionais disseram que o estresse no trabalho acontece sempre ou frequentemente. Entre os fatores que mais contribuem para isso, os respondentes apontaram três principais motivos: carga excessiva de trabalho (42,2%), burocracia nos processos (32,6%) e ambiente tóxico (29,1%). A complexidade tecnológica atual foi o item menos apontado, com apenas 7% das respostas.

Além disso, para 32,6% dos profissionais ouvidos o ambiente de trabalho prejudica, sim, a saúde mental. Outros 38,9% afirmaram que isso acontece parcialmente.

Por fim, quase metade dos respondentes (47,4%) afirmou que sintomas como insônia, ansiedade, irritação ou cansaço extremo por causa do trabalho acontecem sempre ou frequentemente. Entretanto, apenas 21% dos profissionais afirmaram que já se afastaram do trabalho por questões relacionadas à saúde mental.

O levantamento “Profissionais da Administração e a saúde mental” faz parte de um projeto institucional do CRA-SP que visa entender melhor a percepção dos seus registrados sobre temas em evidência na sociedade. Os resultados deste e de outros estudos estão disponíveis na íntegra no site do Conselho.



Curso Método Caos prepara profissionais para campanhas

Com as eleições de 2026 batendo à porta, o cenário político brasileiro já começa a se agitar nos bastidores. Os eleitores de todo país irão às urnas escolher presidente, senadores, governadores e deputados estaduais e federais, o que deve gerar postos de trabalho em campanhas eleitorais — especialmente para quem atua nas áreas de comunicação e marketing político.

Os profissionais já estão se preparando desde já para atuar na disputa eleitoral. Um dos destaques nessa formação é o curso “Método Caos”, criado e ministrado por Yuri Almeida, professor e estrategista político conhecido por seu foco no uso inteligente de dados para potencializar resultados em campanhas. Com atuação em campanhas eleitorais desde 2006, já trabalhou com candidatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins, Pernambuco, Maranhão, Alagoas e Bahia. Em 2024, atuou em 21 cidades, sendo vencedor em 13 delas.

“O marketing político hoje é cada vez mais guiado por dados. Não dá mais para trabalhar só na intuição ou na criatividade. É preciso entender o comportamento do eleitor, mapear tendências e ajustar a mensagem em tempo real”, afirma Yuri. Segundo ele, o diferencial de uma campanha vitoriosa está em transformar os dados em estratégia.

O curso, voltado para profissionais de comunicação, pré-candidatos e assessores, oferece uma imersão prática em temas como análise de dados eleitorais, metodologia de pesquisa, diagnóstico da presença digital e construção de narrativas eficazes. 

Além do conteúdo técnico, Yuri Almeida também compartilha bastidores de campanhas políticas que coordenou e mostra como decisões estratégicas foram tomadas a partir da leitura correta dos dados. “O Método Caos não é sobre fórmulas prontas, mas sobre como agir em ambientes incertos — que é exatamente o que acontece durante uma eleição”, completa.

Com inscrições abertas no site, o curso é uma oportunidade atuar profissionalmente em campanhas, mas também candidatos que desejam entender melhor como funciona a lógica por trás da comunicação eleitoral moderna.

Para quem quer atuar nas equipes de marketing político, nas eleições de 2026, com mais preparo e conhecimento, o Método Caos surge como uma das opções mais completas e atualizadas do mercado. Inscrições no site Yuri Almeida. 



Ser multitarefa pode afetar a produtividade e a saúde mental

Em uma sociedade cada vez mais acelerada e hiperconectada, a habilidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, o chamado multitasking, passou a ser vista como sinônimo de eficiência e agilidade. Presente tanto na rotina profissional quanto na vida pessoal, esse comportamento, no entanto, tem gerado alertas por parte de profissionais da saúde. Longe de representar um ganho real de produtividade, a multitarefa pode comprometer o foco, a qualidade do trabalho e, principalmente, a saúde mental.

Um estudo feito pelo LinkedIn revelou que 87% dos profissionais brasileiros se sentem sobrecarregados com a rapidez das mudanças no ambiente de trabalho e alegam sofrer com a pressão. O número coloca o Brasil entre os países com o maior índice, superando os Estados Unidos (50%), a Alemanha (70%) e a Índia (82%). Diante deste cenário, Marcia Cristina Costa Soeiro, profissional da área de psicologia do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, alerta para o fato de que o multitasking pode trazer uma série de impactos ao bem-estar físico e emocional.

“A realização de várias tarefas ao mesmo tempo, conhecida como multitarefa, pode desencadear vários efeitos no corpo e na mente, tanto positivos quanto negativos. Pode aumentar o estresse, ansiedade, prejudicar a memória e gerar fadiga mental e, consequentemente, reduzir a qualidade do trabalho”, explica Soeiro. Segundo a profissional, embora existam momentos em que a alternância de tarefas estimule a criatividade e ajude a evitar a procrastinação, os prejuízos ao cérebro e à saúde emocional costumam ser mais intensos e duradouros.

 

O peso da sobrecarga: o que acontece com o corpo e a mente?

Quando o cérebro é exigido a processar várias tarefas simultaneamente, especialmente aquelas que demandam atenção e concentração, ocorre uma sobrecarga cognitiva. Isso significa que o sistema nervoso central é forçado a dividir recursos que são limitados — como foco, memória e raciocínio lógico — entre atividades distintas. Essa divisão afeta diretamente a eficácia de cada uma dessas tarefas. Entre os principais efeitos do multitasking no corpo e na mente, a psicóloga destaca:

  • Estresse crônico: sensação de urgência constante e sobrecarga emocional;
  • Ansiedade: preocupação com o acúmulo de demandas e receio de não conseguir cumpri-las;
  • Prejuízos na memória: dificuldade de fixar informações e lapsos frequentes;
  • Fadiga mental: sensação de cansaço intenso mesmo após poucas horas de trabalho;
  • Queda na qualidade do desempenho: erros mais frequentes e dificuldade em manter o padrão de entrega.

O cérebro humano não foi feito para múltiplas tarefas simultâneas

De acordo com Soeiro, uma das maiores armadilhas do multitasking está no comprometimento do foco, especialmente em atividades mais complexas. “Há prejuízo significativo no foco, atrapalhando a realização de atividades complexas porque o cérebro humano não é projetado para lidar com várias tarefas simultaneamente que exigem atenção concentrada”, afirma.

A tentativa de manter várias frentes em andamento pode levar à chamada atenção fragmentada, em que o cérebro não consegue aprofundar-se em nenhuma tarefa com qualidade. A produtividade, portanto, é apenas aparente: há movimento, mas pouco progresso real.

 

Quem sofre mais com os efeitos negativos?

Embora todos estejam suscetíveis aos impactos da multitarefa, certos perfis são especialmente vulneráveis. “Pessoas ansiosas, pessoas com TDAH, estressadas ou deprimidas” têm maior propensão a sentir os efeitos nocivos da sobrecarga, explica a psicóloga. Segundo Soeiro, esse grupo já lida com limitações no gerenciamento da atenção, emoções e energia, e o acúmulo de tarefas simultâneas pode intensificar esses quadros, levando a crises de ansiedade, agravamento da depressão e até o desenvolvimento de compulsões.

 

Saúde mental em risco

A psicóloga ressalta que os danos provocados pelo multitasking não se limitam à produtividade, pois podem afetar diretamente o equilíbrio emocional e o funcionamento psicológico como um todo. “A memória pode piorar, pode haver aumento do estresse, da ansiedade e da depressão e até compulsão alimentar”, destaca a Soeiro.

A profissional também ressalta que há “uma forte relação entre multitasking e o aumento de transtornos como ansiedade e depressão”. Isso porque a pressão por desempenhos múltiplos e simultâneos sem pausas ou foco único cria um ambiente mental propício ao esgotamento, irritabilidade e sintomas de burnout.

 

Como melhorar o foco e proteger a saúde mental

Em contraponto à cultura da pressa e da produtividade a qualquer custo, há estratégias simples e eficazes para preservar o equilíbrio emocional e melhorar a performance. “Para melhorar a concentração e a produtividade sem prejudicar a saúde mental, é importante implementar uma combinação de técnicas de gerenciamento do tempo, práticas de higiene mental e cuidados com a saúde física”, orienta Soeiro. Confira as ações recomendadas pela psicóloga:

  1. Criar um ambiente organizado e livre de distrações;
  2. Estabelecer rotinas e listas de prioridades;
  3. Fazer pausas regulares ao longo do dia;
  4. Praticar mindfulness, respiração consciente e outras técnicas de relaxamento;
  5. Garantir uma alimentação equilibrada, sono de qualidade e prática regular de atividades físicas.

Hábitos que promovem equilíbrio e bem-estar

Além das práticas pontuais, Soeiro ressalta ser importante construir uma rotina com hábitos que sustentem o equilíbrio entre produtividade e saúde mental a longo prazo. Para a psicóloga, é essencial “praticar atividades físicas, manter uma alimentação saudável, garantir sono de qualidade, cultivar relacionamentos saudáveis e estabelecer limites”. A profissional acrescenta que também faz parte do cuidado diário reservar tempo para si. “Reserve tempo para atividades que o relaxem, como leitura, meditação, música, hobbies ou atividades físicas”, finaliza.



Catarata afeta 70% dos idosos brasileiros

Com o avanço da idade, surgem os primeiros sinais de que os olhos já não enxergam como antes. Tarefas simples como ler um rótulo, dirigir ou caminhar em segurança tornam-se desafios crescentes. Estes são alguns dos sinais característicos do avanço da catarata, condição ocular que provoca o embaçamento progressivo da visão. Dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) indicam que a catarata afeta cerca de 75% dos brasileiros com mais de 70 anos de idade.

A doença é causada pela opacificação do cristalino — espécie de ‘lente natural do olho’ — e compromete de forma silenciosa a independência e o bem-estar das pessoas. “O que muitos não sabem é que a catarata, apesar de comum na terceira idade, não deve ser encarada como uma ameaça à visão e à qualidade de vida, pois, embora seja inevitável, o tratamento cirúrgico é seguro e rápido”, afirma o oftalmologista Newton Kara José Junior, do Sírio-Libanês e professor da Faculdade de Medicina da USP.

Segundo o especialista, o tratamento cirúrgico é altamente eficaz e, quando realizado no momento correto e em condições adequadas, pode transformar a vida do paciente, devolvendo sua visão, autonomia e qualidade de vida. No procedimento, que é rápido, indolor e com alto índice de sucesso, o cristalino é substituído por uma lente intraocular. “Na grande maioria dos casos, o paciente recupera a visão com nitidez, podendo retomar suas atividades normais em poucos dias”, explica o especialista.

Um estudo recente publicado no American Journal of Ophthalmology, conduzido por Newton Kara José Junior, analisou três décadas de políticas públicas brasileiras voltadas ao combate da cegueira por catarata. A pesquisa aponta que o acesso à cirurgia cresceu significativamente com a criação da Campanha Nacional de Catarata (CNC), em 2003, que garantiu financiamento federal irrestrito. Naquele ano, o número de procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) saltou de 130 mil para 430 mil.

Com a suspensão da campanha em 2006, o volume de cirurgias despencou, só voltando a se estabilizar após 2011, quando o Ministério da Saúde adotou novos modelos de contratação, incluindo clínicas privadas. Um dos achados mais relevantes do estudo foi a desigualdade regional: Norte e Nordeste — apesar de economicamente mais vulneráveis — apresentaram maior cobertura proporcional de cirurgias do que as regiões Sul e Sudeste.

Para Kara José Junior, o avanço real depende de políticas públicas consistentes e sustentadas. “É preciso investir continuamente, com base em dados epidemiológicos, além de capacitar profissionais e promover o diagnóstico precoce”, defende.

Esse último ponto é essencial. Muitos idosos associam a visão embaçada apenas ao envelhecimento natural, e por isso adiam a busca por ajuda médica. A recomendação é que a consulta oftalmológica se torne rotina a partir dos 50 anos, para identificação precoce da catarata e de outras doenças oculares.

Com o Brasil se aproximando de 25% da população idosa até 2060, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os desafios da saúde ocular tendem a se intensificar. “Conscientizar a população e fortalecer o sistema público de saúde são caminhos essenciais para que a catarata não continue sendo uma das principais causas de cegueira no país, finaliza o especialista.



Métodos menos invasivos ganham espaço na cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica é frequentemente considerada por médicos como uma alternativa terapêutica para casos de obesidade moderada a grave, especialmente quando há presença de condições associadas, como diabetes tipo 2, hipertensão, refluxo gastroesofágico e apneia do sono. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o procedimento pode contribuir para a redução da inflamação crônica e auxiliar no controle da síndrome metabólica.

Tradicionalmente, esse tipo de cirurgia era feito por laparotomia — uma técnica aberta que exigia uma incisão extensa no abdômen. “Embora eficaz, o método envolvia maior risco de infecções, dor intensa no pós-operatório e um tempo de recuperação prolongado”, explica Dr. Carlos Godinho, no qual atua com foco em cirurgia bariátrica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), técnicas minimamente invasivas passaram a ser adotadas. Esses métodos têm se tornado cada vez mais populares entre pacientes e profissionais de saúde por permitirem incisões menores, menor risco cirúrgico e recuperação mais rápida, com retorno mais precoce às suas atividades.

Segundo a revista Medicina S/A, o Brasil realizou 68.530 cirurgias bariátricas em 2019, representando um aumento de 7% em relação a 2018. Apesar do crescimento, o acesso ao procedimento ainda é restrito. Em 2023, apenas 0,2% dos brasileiros com obesidade grave conseguiram realizar a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), destaca notícia divulgada pela SBCBM.

Entre as técnicas menos invasivas, destaca-se a videolaparoscopia, que utiliza pequenas incisões e uma microcâmera para guiar o procedimento. De acordo com matéria publicada na Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, essa técnica permite uma segurança maior e uma recuperação mais rápida ao paciente. A cirurgia robótica também tem se expandido.

Dados da SBCBM apontam que, entre 2015 e 2018, houve um aumento de 200% no uso da técnica em cirurgias bariátricas, tanto para o método Sleeve quanto para o Bypass gástrico. A tecnologia proporciona maior precisão e controle ao cirurgião, resultando em menos complicações pós-operatórias.

Já a gastroplastia endoscópica, alternativa ainda mais recente, é feita sem cortes, por meio de um endoscópio que realiza suturas internas no estômago. Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que a técnica tem eficácia de 87,5% na perda de peso sustentada, além de permitir alta no mesmo dia e retorno às atividades em menos de uma semana.

Segundo o cirurgião Godinho, “os métodos minimamente invasivos representam uma evolução significativa no cuidado com o paciente obeso, reduzindo o impacto físico do procedimento e permitindo um retorno mais rápido às atividades diárias”.

Apesar das vantagens, o acesso às técnicas mais modernas ainda é limitado, sobretudo na rede pública. A SBCBM defende maior investimento para ampliar o número de pacientes beneficiados com tratamentos seguros e eficazes.

“Publicações recentes revelam que os pacientes chegam a perder cerca de 70 a 80% do seu excesso de peso e apresentam controle mais de 80% das comorbidades associadas à obesidade. Com a ampliação das opções menos invasivas, a tendência é que cada vez mais pessoas tenham acesso a um tratamento eficiente contra a obesidade, com menos riscos e mais qualidade de vida no pós-operatório”, finaliza Dr. Carlos.



Tecnologia reduz perdas provocadas por más condições na logística da saúde

O setor da saúde lida diariamente com o transporte e armazenamento de materiais de alto valor e sensibilidade, como medicamentos, vacinas e outros produtos farmacêuticos. A integridade desses itens é crítica para a segurança do paciente e a eficácia dos tratamentos. Variações de temperatura e impactos físicos podem comprometer irremediavelmente esses materiais, gerando perdas significativas e custos elevados.

Durante a feira Hospitalar 2025, que aconteceu na semana passada em São Paulo, a AHM Solution e a SpotSee apresentaram soluções de monitoramento de condição, projetadas para proteger a integridade de produtos sensíveis ao longo da cadeia logística no setor de saúde.

Há mais de 20 anos, a AHM Solution é distribuidora no Brasil da SpotSee, fabricante de dispositivos de monitoramento de condições de materiais, com quase 50 anos de experiência. A empresa oferece uma gama completa de indicadores para monitorar temperatura, impacto, inclinação, vibração, umidade e presença de líquidos. Essas soluções são utilizadas em programas de qualidade no setor de saúde.

Os dispositivos da SpotSee rastreiam as condições de transporte e armazenagem dos produtos mesmo nas etapas mais vulneráveis da cadeia logística. Eles alertam os embarcadores em caso de alterações de temperatura ou impactos que comprometam a qualidade dos materiais.

“Essas soluções são utilizadas para proteger produtos sensíveis, como vacinas e medicamentos. E emitem alertas em tempo real, permitindo ações imediatas para evitar perdas”, explica Afonso Moreira, CEO da AHM Solution no Brasil. A seguir, alguns exemplos de aplicação:

  • No monitoramento de vacinas que exigem refrigeração constante, um indicador como o WarmMark ou ColdMark/FreezeSafe pode alertar imediatamente se a temperatura saiu da faixa segura em algum ponto da cadeia, permitindo a identificação e segregação do lote comprometido antes que chegue ao paciente.
  • No transporte de equipamentos médicos sensíveis a impacto, um ShockWatch pode indicar se a embalagem sofreu uma queda ou choque severo, sinalizando a necessidade de inspeção antes da instalação ou uso.
  • Ao rastrear o transporte de produtos farmacêuticos, registradores como o MaxiLog ou SpotBot GL podem fornecer relatórios completos das condições durante todo o trajeto, assegurando a responsabilidade de cada ente da cadeia.

Segundo a SpotSee, esses dispositivos evitam perdas de produtos de saúde, por falhas de acondicionamento, e garantem a qualidade dos itens entregues, de acordo com as especificações dos fabricantes.

“O monitoramento das condições de produtos de saúde ao longo da cadeia logística identifica e comunica eventuais pontos problemáticos, que podem ser sanados imediatamente”, completa Roberto Pinheiro, head da SpotSee no Brasil.

Abaixo, algumas soluções da SpotSee utilizadas no setor de saúde e suas funcionalidades:

  • Indicadores de temperatura:
    • WarmMark: mudam de cor quando a temperatura excede um limite máximo aceitável;
    • FreezeSafe e ColdMark: mudam de cor quando a temperatura cai abaixo do limite mínimo.
    • ColdChain Complete: monitoram os dois extremos da faixa de temperatura suportada.
    • Thermax: indicadores para faixas de temperatura entre 29 °C e 290 °C.
    • SpotCheck: permitem identificação visual imediata se a temperatura está dentro ou fora de uma faixa-alvo.
  • Indicadores de impacto e inclinação:
    • ShockWatch 2 e ShockWatch RFID: identificam se o produto sofreu quedas, choques ou movimentação inadequada.
    • TiltWatch Plus e TiltWatch XTR: identificam movimentação inadequada ou inclinação.
  • Registradores de dados (Data Loggers):
    • MaxiLog: armazenam o histórico de temperatura e umidade em formato eletrônico.
    • SpotBot GL: fornecem histórico on-line de temperatura e umidade, localização e alertas em tempo real.

Mais informações:

https://www.ahmsolution.com.br/

https://spotsee.com.br/



No Pará, Lojas Avenida inaugura 195ª unidade

A Lojas Avenida segue em expansão, e na próxima sexta, 30 de maio, vai inaugurar sua 195ª unidade no Brasil, em Belém (PA). Localizada na Avenida Governador José Malcher, 3.023, no bairro São Brás, a nova loja representa mais um passo rumo à meta de 200 estabelecimentos no país.

A inauguração na capital paraense será a 8ª unidade da marca na cidade e a 35ª no estado do Pará, seguindo o ritmo acelerado de crescimento implementado pela Pepkor, varejista sul-africana que assumiu o controle das operações da rede em 2022.

Sob a gestão da Pepkor, a expansão da Lojas Avenida ganhou força e promoveu 72 inaugurações entre 2023 e 2024. Apenas nos primeiros cinco meses de 2025, a rede já comemora a abertura de sete novas unidades, contabilizando a loja de Belém.

Atualmente, a Lojas Avenida marca presença em 16 estados brasileiros, além do Distrito Federal. O catálogo de produtos da Lojas Avenida oferece itens em vestuários masculino, feminino e infantil, além de calçados e artigos para o lar, atendendo às necessidades dos públicos de classe C e D do mercado.

Além do aspecto comercial, a Lojas Avenida tem como filosofia impactar positivamente as regiões onde se instala, promovendo a geração de empregos diretos e indiretos. Este compromisso com o desenvolvimento local se traduz em oportunidades para trabalhadores das comunidades onde as lojas são estabelecidas, contribuindo para o fomento da economia regional.



Dominar o inglês é diferencial para se destacar no mercado

No mundo globalizado, dominar inglês é uma habilidade essencial para a comunicação entre pessoas de diferentes países e para ampliar oportunidades na vida profissional. Afinal, o idioma se tornou a língua universal que conecta o mundo.

Mas além do ambiente corporativo, o domínio do inglês é um grande diferencial no acesso ao conhecimento global. Filmes, séries, livros, cursos e até artigos acadêmicos ou científicos são amplamente produzidos nesse idioma, tornando o conhecimento avançado ainda mais importante.

“Existem muitos conteúdos que ainda não foram traduzidos. Compreendê-los diretamente no inglês coloca o estudante passos à frente na busca pelo conhecimento”, explica Amanda Chaud, Coordenadora de Desenvolvimento do material didático de Inglês da rede Kumon.

A seguir, Amanda destaca algumas áreas em que o conhecimento em inglês pode transformar a experiência de aprendizado e o acesso de conteúdo:

Cultura pop e entretenimento

A indústria do entretenimento tem o inglês como idioma predominante, desde filmes e séries até músicas, literatura e videogames. Dominar a língua permite fácil acesso a esses conteúdos em sua versão original, sem perda de significado na tradução. Além disso, assistir a produções sem legendas e ler obras no idioma original são ótimas formas de praticar e aprimorar o idioma.

Educação e carreira

A maioria dos cursos, livros e artigos acadêmicos de referência mundial são publicados em inglês. Para quem deseja se destacar no meio acadêmico ou buscar oportunidades internacionais, o domínio do idioma é um grande diferencial. No mercado de trabalho, muitas empresas multinacionais adotam o inglês como idioma oficial, tornando essa habilidade essencial para o crescimento profissional.

Tecnologia e redes sociais

O inglês predomina a linguagem da tecnologia e da internet. Termos como “login”, “upload” e “download” fazem parte do vocabulário digital, e, muitos softwares, aplicativos e plataformas são originalmente desenvolvidos no idioma. No universo das redes sociais, falar inglês permite acompanhar tendências globais, ampliar a rede de contatos e participar de discussões internacionais.

Para finalizar, Amanda reforça que aprender um novo idioma, como o inglês, pode melhorar as funções cognitivas: “Aprender um novo idioma melhora as habilidades cognitivas, como memória, concentração e pensamento crítico. Além disso, a satisfação de aprender uma nova habilidade pode aumentar a autoconfiança e a autoestima”.



Mudanças climáticas impulsionam demanda por martelinho

Com o agravamento das mudanças climáticas e a frequência crescente de eventos extremos, como chuvas de granizo, o setor automotivo e o mercado segurador vêm enfrentando um novo cenário de impacto e oportunidade. Segundo dados divulgados pelo Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização do Estado de São Paulo, a Bradesco Seguros registrou em 2023 um aumento de 370% nos avisos de sinistros relacionados a desastres naturais, em comparação com o ano anterior. O valor das indenizações pagas por perdas causadas por eventos climáticos saltou 400%, passando de R$ 6,7 milhões para quase R$ 30 milhões no mesmo período.

Já em 2024, o cenário se intensificou ainda mais. De acordo com Veja, enchentes no Rio Grande do Sul e fortes chuvas em São Paulo contribuíram para um aumento expressivo nos custos com sinistros. Embora o setor segurador tenha alcançado um faturamento total de R$ 207,6 bilhões (alta de 10,2%), houve uma retração de 4,1% no lucro líquido, reflexo direto do impacto financeiro gerado pelos eventos climáticos extremos.

Dentro desse novo contexto de mudanças climáticas que afetam a estética automotiva, o martelinho de ouro pode ser considerado um serviço para atender a essa demanda. A técnica, conhecida por restaurar a lataria de veículos sem a necessidade de repintura, une eficiência, menor custo, agilidade e sustentabilidade.

Um dos profissionais brasileiros com atuação internacional no setor é Wellington Garcia, que trabalha como restaurador, consultor técnico e estrategista em projetos ligados à restauração veicular em diferentes países.

“Os carros chegam danificados, mas com o martelinho conseguimos devolver sua forma original sem gerar resíduos químicos nem comprometer a pintura. É um processo inteligente, sustentável e necessário”, explica Wellington, que coordenou em 2014 a restauração de 1.500 veículos da Volkswagen em Puebla, no México, após uma tempestade de granizo. E, em 2019, integrou uma das maiores ações de recuperação da história do setor, com 20 mil veículos restaurados na planta da Dodge, em Saltillo/México.

Além do México, Wellington já atuou em países como França, Suíça, Romênia e África do Sul, em parcerias com empresas como a JCR Hail e a alemã KhS Global Automotive Solutions, referência mundial no setor. “Vemos granizo com mais força e mais frequência — e o que antes era sazonal, virou rotina. Isso mudou o perfil do nosso mercado”, afirma.

Sua contribuição vai além da atuação prática. Wellington também tem se dedicado à formação de novos profissionais, ministrando cursos e palestras técnicas no Brasil e na Europa. “Minha missão é ajudar a qualificar o setor com mais precisão, consciência e visão de futuro. A técnica exige habilidade, mas também raciocínio físico e matemático — principalmente com os novos materiais e curvaturas dos carros mais modernos”, explica.

De acordo com o profissional, seguradoras e montadoras, o martelinho de ouro representa não apenas economia, mas também um alinhamento com práticas ESG. “É mais rápido que métodos tradicionais, não precisa de tinta e devolve o carro com a originalidade preservada — algo valioso especialmente para modelos de alto padrão”, afirma.

Com a previsão de aumento nos eventos climáticos extremos, a tendência é que soluções sustentáveis como essa se tornem cada vez mais estratégicas. “Temos uma técnica que resolve problemas urgentes com impacto mínimo. Isso é ouro — no sentido literal e simbólico. E é por isso que o mundo todo está olhando para nós”, conclui Wellington.

 



Liderança eficaz reduz pedidos de demissão

De acordo com levantamento da LCA Consultoria Econômica publicado pelo Infomoney, somente em 2024, quase 8,5 milhões de trabalhadores pediram demissão de forma voluntária. O número gera reflexão e pode acender um alerta para empresas que ainda negligenciam a importância da boa liderança na retenção de talentos.

Embora fatores como remuneração, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e propósito de carreira precisem ser levados em consideração pelos profissionais ao deixar um emprego, a qualidade da liderança direta também pode influenciar significativamente na decisão de pedir desligamento.

“Equipes não pedem demissão de empresas, elas pedem demissão de líderes”, afirma Anderson de Melo Reis, Oficial da Marinha do Brasil do Corpo de Fuzileiros Navais, com experiência em gestão administrativa e supervisão de equipes.

Segundo ele, as empresas que investem na formação de seus líderes colhem benefícios não apenas em produtividade, mas também na estabilidade das equipes. “Liderar é mais do que comandar tarefas. Envolve escuta, presença, respeito e inteligência emocional. E isso não se improvisa”.

De acordo com Anderson, há três grandes temas que se tornaram centrais no ambiente corporativo atual: gestão eficaz, liderança baseada em valores e o domínio da inteligência emocional como ferramenta de performance. “A habilidade técnica é essencial, mas o diferencial está em como você conduz pessoas sob pressão, lida com conflitos e mantém o time motivado, mesmo em contextos adversos”, destaca.

Na opinião de Anderson, a rotatividade elevada custa caro. Além das despesas diretas com desligamentos e contratações, há perdas intangíveis — como queda de produtividade, rupturas no clima organizacional e perda de know-how. Por isso, investir em formação contínua de lideranças tem se mostrado uma estratégia mais eficiente e econômica do que lidar com ciclos constantes de substituição.

“Com a experiência que tive dentro da Marinha, aprendi a liderar com clareza de missão e responsabilidade coletiva, o que se traduz em comprometimento. No setor corporativo, vejo que as equipes precisam exatamente disso: líderes que se responsabilizam, que estejam presentes e que saibam conduzir com coerência”, explica Anderson.

Outro ponto levantado pelo profissional é o alinhamento entre os setores de gestão de pessoas e liderança direta. Empresas que promovem essa integração conseguem agir preventivamente, identificar sinais de desgaste nas equipes e propor mudanças antes que pedidos de demissão se concretizem.

Ainda de acordo com Anderson, o movimento crescente de demissões voluntárias também revela uma nova postura dos trabalhadores, especialmente entre os mais jovens: a busca por ambientes saudáveis, lideranças inspiradoras e oportunidade de crescimento real. Nesse cenário, organizações que não repensarem suas práticas de gestão tendem a perder espaço — e talentos.

“Treinar líderes é uma ação estratégica. Porque é o líder que segura o time ou que o afasta. Um bom gestor é o maior fator de retenção que uma empresa pode ter”, finaliza.



Sim! Cerveja lança bebida com café sem álcool

A busca por produtos mais saudáveis e que atendam a um público diversificado vem crescendo no Brasil, com investimentos das empresas em novos produtos, como cervejas sem álcool. Um estudo realizado pela Euromonitor estima que, em 2025, o Brasil deverá chegar perto de consumir 1 bilhão de litros de cerveja zero ao ano.

Criada há cerca de dois anos, a Sim! Cerveja, uma fábrica instalada em Campinas, interior de São Paulo, se especializou na produção de bebidas sem álcool, para atender consumidores e esportistas que buscam novidades e qualidade de vida.

Atualmente, a empresa conta com uma linha com seis produtos. A última está sendo lançada no mercado: a Sim! Coffee Dry Stout, uma cerveja de café inspirada na cerveja irlandesa Guinness Draught Stout. Trata-se de uma escura que traz notas de café, criada em parceria com a produtora Kurubi.

David Figueira, co-founder da Sim! Cerveja, conta que desenvolver uma cerveja sem álcool à base de café é um projeto que carrega um sonho antigo. “Sou de família produtora de café no Espírito Santo e depois de vários rótulos, decidimos colocar no mercado um produto que tenha esse nosso DNA do campo”, comenta ele.

Produzidas com frutas e edições limitadas, as cervejas da Sim! já conquistaram dez premiações nacionais e internacionais. A última delas aconteceu no início de maio, na Word Beer Cup 2025, realizada nos Estados Unidos.

A Melancia Sour n’ Salt, de estilo Gose, conquistou medalha de ouro na categoria de cervejas sem álcool. A competição mundial, criada em 1996, é considerada a Olimpíada das cervejas. Neste ano, ela reuniu 8.374 bebidas de 49 países, avaliadas por 265 jurados.



Estética facial impulsiona mercado de beleza em 2025

A estética facial tem se destacado como um dos principais motores do crescimento do mercado de beleza em 2025. Segundo a Fortune Business Insights, a demanda por procedimentos faciais minimamente invasivos, como botox e preenchimentos, impulsiona o setor global, que movimentou US$ 8,93 bilhões em 2023 e deve chegar a US$ 17,24 bilhões até 2032.

No Brasil, a Grand View Research estima que o mercado estético movimentou US$ 3,4 bilhões em 2023, com projeção de chegar a US$ 9,8 bilhões até o fim da década — grande parte puxada pela estética facial. Globalmente, o setor ultrapassou os 127 bilhões de dólares, com expectativa de crescimento anual de 14,9% até o fim da década. Mas o que está por trás desses números?

O avanço dos procedimentos minimamente invasivos

“Uma das principais tendências é a preferência por técnicas menos invasivas, com recuperação rápida e resultados naturais. A rinomodelação, por exemplo, segue entre os cinco procedimentos mais realizados no país. Bioestimuladores, skinboosters e liplifting também ganham espaço, à medida que os pacientes buscam intervenções que valorizem seus traços sem promover mudanças radicais“, explica Bianca Jone, mentora de cursos na área de estética e coordenadora de formação em cosmetologia avançada, criadora do método “sculpt bum”.

“Hoje, vemos uma demanda muito maior por resultados sutis e personalizados. Os pacientes querem parecer descansados, saudáveis e confiantes — e não necessariamente diferentes”, continua.

A desarmonização facial como resposta aos exageros do passado

“Nos últimos anos, muitas pessoas passaram a procurar clínicas para reverter procedimentos anteriores. A chamada “desarmonização facial” cresceu em popularidade como reflexo de uma conscientização maior sobre exageros estéticos, afirma Bianca Jone. Famosos como Gracyanne Barbosa, Eliezer e GKay foram exemplos que impulsionaram o debate sobre os limites da harmonização facial e a importância do equilíbrio.

Segundo Bianca, essa tendência traz uma lição: “A estética precisa ser pensada com base em conhecimento técnico, estudo da anatomia e respeito à individualidade. Por isso, a formação do profissional é tão importante quanto o procedimento em si”.

Mais homens e mais jovens nas clínicas

Outro dado é a mudança no perfil do público. Tradicionalmente associado às mulheres, o mercado de estética facial passou a atrair homens e pacientes mais jovens. De acordo com a Associação Brasileira de Clínicas e Spas, os homens já representam 30% da clientela em clínicas estéticas no Brasil.

Além disso, a faixa etária dos pacientes vem caindo. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) apontam que houve um crescimento de 141% nos procedimentos estéticos realizados em jovens de 13 a 18 anos na última década. Entre os principais motivadores estão as redes sociais, os filtros de imagem e a constante comparação com padrões de beleza irreais.

Tecnologia como aliada: do diagnóstico ao resultado

“Com o avanço das tecnologias aplicadas à estética, novas possibilidades surgiram para personalizar os tratamentos. Equipamentos como o ultrassom microfocado, o plasma frio, a radiofrequência criogênica e tecnologias de contração muscular oferecem soluções seguras, com menos tempo de recuperação e maior precisão, continua Bianca Jone.

Outra inovação é o uso de inteligência artificial (IA) para análise facial e simulação de resultados. “Além da tecnologia em si, o diferencial está em saber como aplicá-la com critério e embasamento científico. Um bom equipamento nas mãos erradas pode comprometer o resultado e a segurança do paciente”, pontua Bianca, que atua com capacitação de profissionais para o uso ético desses recursos.

Sustentabilidade e formulações inteligentes

No campo dos cosméticos, o futuro também aponta para produtos mais conscientes. O relatório da Mordor Intelligence indica que o segmento de cosméticos veganos, orgânicos e sustentáveis terá crescimento expressivo até 2028. Produtos que protegem contra poluição, combatem o envelhecimento e respeitam a barreira cutânea ganham espaço.

Nesse sentido, a corneoterapia e o uso de nutracêuticos e dermocosméticos estão cada vez mais presentes nos protocolos clínicos. “O cuidado com a pele precisa começar antes do procedimento e continuar depois. O home care bem orientado é parte fundamental dos resultados duradouros”, afirma Bianca, ao comentar sobre a importância da educação estética focada em saúde da pele.

Com o crescimento acelerado do setor, surge também a necessidade de formação continuada. “Nos Estados Unidos, universidades como a University of Southern California (USC) já lançaram programas presenciais voltados à harmonização e à estética facial avançada — um reflexo do novo status da área, cada vez mais integrada à ciência e à medicina regenerativa”, afirma Bianca.



Zanini Seguros apresentou soluções para transporte na Intermodal 2025

A Zanini Seguros participou como expositora da Intermodal South America 2025, que aconteceu entre os dias 22 e 24 de abril, no Distrito Anhembi, em São Paulo. A corretora esteve presente no estande B080, apresentando seu portfólio de seguros voltados para os segmentos de transporte nacional e internacional.

Com mais de duas décadas de atuação no mercado, a empresa oferece soluções para gerenciamento de riscos em operações logísticas, incluindo seguros de cargas, responsabilidade civil do transportador, averbação eletrônica e suporte em caso de sinistros. A presença no evento teve como objetivo ampliar o relacionamento com transportadoras, embarcadores, operadores logísticos e demais agentes da cadeia de suprimentos.

Segundo a organização da Intermodal, esta edição contou com mais de 500 marcas expositoras e recebeu milhares de visitantes de diversos países. O evento é reconhecido como um dos principais pontos de encontro do setor logístico da América do Sul, reunindo profissionais de áreas como comércio exterior, transporte multimodal e armazenagem.

Cesar Zanini, diretor da Zanini Seguros, destaca que a participação no evento contribuiu para a atualização constante em relação às demandas do mercado. “A Intermodal é um espaço importante para ouvir os desafios do setor e apresentar soluções personalizadas de seguro que atendam às particularidades do transporte de cargas no Brasil e no exterior”, afirma.

Durante o evento, a equipe da corretora também apresentou cases de consultoria em gestão de riscos, serviços de monitoramento, integração com despachantes aduaneiros e apoio a projetos logísticos. A empresa buscou mostrar como a cobertura adequada pode contribuir para a continuidade operacional e a segurança das mercadorias em trânsito.



Shakira e Adele são acusadas de plágio no Brasil

Nos últimos dias, os processos de plágio movidos por compositores brasileiros contra as cantoras internacionais Shakira e Adele ganharam novos capítulos. No caso da cantora colombiana, a Justiça brasileira decidiu a seu favor na fase inicial do processo, rejeitando a denúncia feita pelos compositores Ruan Prado, Luana Matos, Patrick Graue e Calixto Afiune. Os compositores acusam Shakira de ter utilizado elementos melódicos da música “Tu Tu Tu”, lançada em 2020 e interpretada por Léo Santana e Mariana Fagundes, na faixa “Shakira: Bzrp Music Sessions, Vol. 53”, disponibilizada em janeiro de 2023. Atualmente, a música conta com cerca de 799 milhões de visualizações no YouTube.

A ação, protocolada no início deste ano, alegava “violação de direitos autorais com fins lucrativos”, mas teve sua continuidade comprometida após manifestação do Ministério Público Federal. Segundo o MPF, o caso já estaria prescrito, uma vez que os compositores só formalizaram a denúncia quase três anos após o lançamento da música de Shakira, sendo que o prazo no Brasil para esse tipo de denúncia é de até seis meses após a divulgação da obra questionada. Com isso, os autores da canção brasileira perderam a primeira etapa do processo, o que representa um obstáculo significativo na tentativa de levar a acusação adiante, segundo o site O Tempo.

Já o processo movido pelo compositor mineiro Toninho Geraes contra a britânica Adele continua tramitando. Geraes, autor do clássico “Mulheres”, eternizado na voz de Martinho da Vila, afirma que a canção “Million Years Ago”, lançada em 2015, contém trechos com estruturas e acordes semelhantes aos de sua composição. O caso se arrasta há anos, mas recentemente a defesa do compositor brasileiro apresentou um novo parecer técnico que analisa comparativamente elementos musicais das duas obras como melodia, harmonia e estrutura com a conclusão de que o plágio teria ocorrido, conforme noticiado no Portal Léo Dias.

Para Junior Murakami, executivo da empresa Mark-se, especializada em registro de marcas e patentes, a situação reforça a importância da formalização e proteção das composições desde o início. “Muitas vezes, é difícil aceitar que uma ideia que acabamos de ter já possa ter passado pela cabeça de outra pessoa. Por mais incrível que ela seja, sem a devida formalização, perdemos completamente o direito sobre ela. Seja um nome, uma música, um produto, uma solução ou um método qualquer que seja a sua criação, é fundamental registrá-la para garantir que todos os seus direitos estejam protegidos”, afirma.



Palla garante financiamento de Série A de 14,5 milhões de dólares para incentivar a expansão e inovação no setor de pagamentos internacionais

A Palla, uma plataforma de pagamentos internacionais que possibilita transferências entre fronteiras imediatas para instituições financeiras globais e empresas de fintech, anunciou hoje que captou US$ 14,5 milhões em uma rodada de financiamento de Série A. A rodada foi liderada pela Revolution Ventures, com participação da Y Combinator, Ardent, Cowboy Ventures, Dash Fund, Uncommon Capital, Meta Fund, Evolution VC, First Check Ventures, Vitalize e DeepWork Capital.

David Golden, sócio-gerente da Revolution Ventures, e Heidi Miller, ex-presidente da JPMorgan International, integrarão o conselho da Palla como parte desta rodada.

A plataforma da Palla possibilita que os parceiros integrem pagamentos internacionais em tempo real em seus canais digitais já existentes por meio de um conjunto de APIs, aplicativos de marca branca e componentes incorporados. Ao contrário dos tradicionais provedores de transferência de dinheiro que exigem que os clientes utilizem aplicativos distintos e autônomos, a Palla possibilita que instituições financeiras ofereçam pagamentos internacionais diretamente em seus aplicativos nativos, ou por meio da infraestrutura hospedada da Palla, adaptados ao uso internacional de cada parceiro e às demandas do consumidor final.

“A Palla está estabelecendo um novo padrão de agilidade e acessibilidade em transações internacionais”, disse David Golden. “A sua inovadora abordagem de simplificar e proteger pagamentos internacionais está de acordo com a nossa filosofia de investimento. Estamos entusiasmados em apoiar Enrique e sua equipe na expansão do alcance da Palla e em ajudar empresas e indivíduos a se conectarem financeiramente entre fronteiras de forma mais fácil.”

A Palla firmou parcerias com mais de 30 instituições financeiras e parceiros de distribuição, integrando-as diretamente em seus canais online. A empresa prevê um grande potencial de expansão, com o lançamento de mais parceiros antes do final do ano, representando uma base de clientes finais de mais de 150 milhões de pessoas na América Latina e Caribe, com planos de expansão global em breve.

“A Palla está revolucionando os pagamentos internacionais, e este novo financiamento oferece a experiência e os recursos necessários para atingir o próximo nível. Nosso objetivo sempre foi simplificar e proteger as transferências internacionais, dando às instituições financeiras a oportunidade de torná-las mais rápidas, seguras e fáceis de serem usadas do que nunca”, disse Enrique Perezalonso, CEO da Palla e um veterano de 20 anos em banco de varejo no México e nos EUA. “Este investimento acelerará o nosso crescimento e avançará ainda mais a nossa missão de tornar os pagamentos internacionais mais simples e acessíveis para todos.”

A Palla pretende utilizar o financiamento para ampliar os corredores de pagamento existentes e expandir para novos, tanto para o envio quanto para o recebimento de transferências. A empresa também planeja introduzir linhas de produtos adicionais e mecanismos de movimentação financeira para melhor atenderàsua crescente base de clientes.

Sobre a Palla

A Palla está transformando como o dinheiro se movimenta globalmente. Ao possibilitar transferências internacionais instantâneas, a Palla permite que instituições financeiras globais e fintechs gerenciem pagamentos internacionais com facilidade, seja por meio de integração perfeita de APIs ou aplicativos de marca branca. Para mais informações, acesse palla.com.

O texto no idioma original deste anúncio é a versão oficial autorizada. As traduções são fornecidas apenas como uma facilidade e devem se referir ao texto no idioma original, que é a única versão do texto que tem efeito legal.

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E-mail: Press@palla.com

Tel.: +1 786-752-6090

Fonte: BUSINESS WIRE



Andropausa atinge 25% dos homens no Brasil

Ao contrário da menopausa, que atinge o público feminino, a andropausa ainda é pouco conhecida entre os homens, além, de enfrentar tabus. Trata-se de uma condição fisiológica caracterizada pela diminuição gradual dos níveis de testosterona, que provocam sintomas como a fadiga crônica, irritabilidade, ganho de peso abdominal e queda na libido. Segundo estimativas mundiais, até 25% do público masculino acima de 40 anos podem estar com andropausa. No Brasil, calcula-se que até 25% de homens sejam afetados pela condição fisiológica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, a “menopausa masculina” é a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), caracterizada pela queda progressiva da testosterona após os 40 anos de idade.

George Mantese, médico de Família e Comunidade Doutorando em Educação e Saúde (USP), especialista em Longevidade, Anti-Aging e Wellness, além de fundador e diretor do Instituto Mantese, explica que a andropausa é uma epidemia ignorada, já que 30% dos homens afetados não têm um diagnóstico do problema.

“Dados da Sociedade Brasileira de Urologia revelam que três em cada 10 homens acima de 50 anos têm DAEM, mas menos de 20% recebem tratamento”, alerta ele. “O tabu e a falta de campanhas públicas agravam o problema e elevam os riscos, sendo que homens com baixa testosterona têm três vezes mais risco de depressão”, acrescente o médico especialista.

Prevenção

George Mantese afirma que é de extrema importância o homem fazer os exames assim que alguma das manifestações da andropausa surgirem. O primeiro passado, explica o especialista, é ter um diagnóstico do problema, através de exames. “A dosagem de testosterona deve ser feita entre 7h e 10h, em jejum, e combinada com avaliação clínica. Novos exames, como a testosterona livre por ultrassensibilidade, aumentam a precisão dos resultados”, conta. 

Outras prevenções citadas pelo médico são o estilo de vida que preserva a testosterona. “Estudo da Universidade de Harvard comprovou que homens com dieta rica em zinco (castanhas, carne magra) e exercícios regulares têm 30% menos risco de desenvolver DAEM precoce”, explica George Mantese.

Mantese também faz um alerta importante. “A terapia com testosterona só é indicada para casos comprovados, mas a procura por automedicação cresceu 40% pós-pandemia”.



Setor de laticínios amplia investimentos em higiene industrial

A indústria de laticínios no Brasil vem intensificando seus investimentos em higiene industrial após episódios de contaminação que colocaram a segurança alimentar em xeque. Segundo o Relatório Anual do Setor Alimentício 2024 da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o setor movimentou R$ 170 bilhões em 2024, mas enfrentou desafios com recalls causados por falhas sanitárias.

Casos como os surtos de listeriose registrados em 2023 aumentaram a vigilância sobre os processos de higienização na produção de leite e derivados. Um relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou que 12% dos recalls de alimentos no país entre 2022 e 2024 envolveram laticínios, muitos relacionados a resíduos em equipamentos industriais.

Em resposta, as empresas passaram a adotar protocolos mais rigorosos de limpeza, recorrendo a ferramentas como escovas técnicas, desenvolvidas para alcançar superfícies complexas em tanques, tubulações e ordenhadeiras. “A higienização adequada é o pilar da segurança alimentar no setor de laticínios”, afirma Jefferson Weinberger, consultor da área3. Escovas com cerdas de nylon e design específico reduzem significativamente os riscos de contaminação cruzada.

Essas ferramentas são fabricadas com materiais resistentes a produtos químicos e altas temperaturas, atendendo não só às exigências da Anvisa, como também ao Regulamento Europeu EC 1935/2004, que regula materiais em contato com alimentos.

A crescente demanda por soluções de higiene impulsionou o setor de equipamentos industriais. Segundo o Relatório do Mercado de Máquinas 2024 da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o mercado de ferramentas de higienização cresceu 15% em 2024, com destaque para o segmento alimentício.

A fiscalização sobre Boas Práticas de Fabricação (BPF) também foi reforçada pela Anvisa, que exige o uso de ferramentas que não liberem partículas contaminantes. Isso impulsionou a busca por escovas certificadas que garantem eficiência sem comprometer os equipamentos.

Além disso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento intensificou auditorias em laticínios para garantir a conformidade com normas internacionais. O Brasil, que exportou US$ 1,2 bilhão em laticínios em 2024, segundo o Boletim de Exportações Agropecuárias 2024 da Embrapa, enfrenta pressão global para manter padrões elevados de qualidade.

A adoção de ferramentas especializadas também traz vantagens econômicas. Um estudo da ABIA, publicado no Relatório de Eficiência Industrial 2024, estima que a implementação de protocolos avançados pode reduzir em até 20% os custos com recalls e retrabalhos. Para o consumidor, isso significa mais segurança e confiança nos produtos.

A sustentabilidade também avança como prioridade. Escovas duráveis, que substituem itens descartáveis, estão alinhadas às metas de redução de resíduos da Agenda 2030 das Nações Unidas. Fabricantes têm apostado em materiais recicláveis e designs que aumentam a vida útil das ferramentas, reduzindo o impacto ambiental da indústria.

“A integração de tecnologias como sistemas automatizados de limpeza combinados com escovas técnicas é o futuro da higiene industrial, unindo eficiência, segurança e sustentabilidade no setor de laticínios”, destaca Jefferson Weinberger.

 



Impacto ambiental da IA: emissões crescem com uso intensivo de energia

O avanço acelerado da inteligência artificial tem gerado preocupações significativas quanto ao seu impacto ambiental. Em julho de 2024, o Google divulgou um aumento de quase 50% em suas emissões de gases de efeito estufa nos últimos cinco anos, atribuído principalmente à crescente utilização de energia em seus centros de dados e às emissões da cadeia de suprimentos. Dois meses antes, a Microsoft também revelou um crescimento de 30% em suas emissões desde 2020, impulsionado pela expansão de seus data centers para atender à crescente demanda por IA.  

Essa tecnologia, por sua natureza, exige um poder computacional elevado, resultando em maior consumo de energia e recursos naturais. John Paul Lima, diretor acadêmico da graduação da FIAP ON e especialista em IA, destaca que uma consulta simples em um modelo como o ChatGPT consome dez vezes mais energia do que uma pesquisa em um mecanismo de busca como o Google.   

De acordo com John Paul, esse aumento no gasto energético é agravado pelo fato de que, em muitos países, a eletricidade ainda provém de fontes não renováveis e poluentes, como carvão e gás natural. Além disto, o funcionamento de data centers que sustentam essas tecnologias depende do uso intensivo de água para resfriamento. “Apesar da abundância de água no planeta, ela é predominantemente salgada e inadequada para esse tipo de aplicação. O sal corrói os metais das tubulações, portanto, utiliza-se água doce, que é escassa”, adiciona.  

A produção de equipamentos utilizados no treinamento de modelos de IA também apresenta desafios ambientais. A fabricação envolve materiais como silício, metais, plásticos, além de pequenas quantidades de terras raras e substâncias tóxicas. O descarte destes componentes apresenta riscos à natureza e, segundo Lima, o processo de reciclagem é difícil e frequentemente ineficiente.  

Por outro lado, o especialista ressalta que os sistemas estão se tornando mais eficientes. “Um modelo de IA generativa que hoje pode ser treinado em um tempo relativamente curto, há 30 anos levaria muito mais tempo, com uma solução muito inferior e um uso maior de computadores”. John cita como exemplo o DeepSeek, que desenvolveu algoritmos capazes de operar com menos recursos e menor poder de processamento, tornando-se uma opção mais sustentável.  

Embora o comportamento do usuário possa influenciar o consumo, o especialista considera que o foco da discussão deve estar na responsabilidade das corporações e nos marcos legais: “A solução depende de regulamentação e de políticas sustentáveis adotadas pelas empresas que fornecem esses serviços. A função do governo é criar as regras de convivência social. Assim como ocorreu com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é possível começar com orientações e evoluir para leis com efeitos práticos e punitivos”, afirma.  

Apesar dos impactos relevantes, a inteligência artificial também pode contribuir para a sustentabilidade, por meio de aplicações como o monitoramento de crimes ecológicos, a previsão de desastres naturais e a otimização de políticas públicas. O avanço tecnológico, neste contexto, exige a implementação de estratégias que reduzam seus efeitos negativos e ampliem seu potencial de apoio à preservação ambiental.  



Uso de ERP transforma processos e amplia competitividade

O mercado global de Sistemas de Gestão Empresarial tem projeção de alcançar US$ 123,41 bilhões até 2032, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 10,4%, segundo levantamento da DocuClipper. O aumento está associado à busca por maior eficiência operacional, escalabilidade e automação de processos nas empresas, segundo a análise do estudo.  

Outro dado da pesquisa mostra que 53% das empresas já classificam o ERP (Enterprise Resource Planning) como um investimento prioritário. A tendência é mais acentuada nos setores de manufatura e distribuição, que lideram a adoção dessas soluções no cenário internacional. 

Diante deste crescimento, especialistas apontam que a implantação de ERP envolve decisões estratégicas e exige planejamento estruturado. O processo é considerado complexo e determinante para o sucesso das iniciativas de transformação digital, de acordo com consultores da área.

Para Guilherme Sallati, Diretor de Operações da Upper — consultoria Gold Partner SAP há quase duas décadas — a adoção de um sistema integrado pode marcar uma virada na trajetória empresarial, ao permitir uma gestão orientada por dados e maior integração entre as áreas. “O sucesso da transformação digital está diretamente relacionado à forma como o projeto é conduzido”, comenta.

Sallati afirma que o primeiro passo para uma adoção bem-sucedida é o planejamento. “Sem preparação adequada, mesmo as melhores soluções de ERP podem não entregar o esperado”, destaca. Ele ressalta a importância de revisar processos internos, organizar dados e alinhar a liderança desde o início. “Os colaboradores precisam entender e confiar no processo para que a mudança seja bem-sucedida”, completa. A automação de processos e o envolvimento da equipe são fundamentais para garantir fluidez na transição. 

Ainda segundo o diretor, critérios como escalabilidade, integração entre áreas e capacidade de análise de dados em tempo real costumam influenciar de forma significativa a definição da plataforma de gestão. Ele destaca que o SAP Business One reúne características técnicas voltadas à consolidação de informações, operação em ambiente de nuvem com recursos de segurança e módulos que acompanham o crescimento da empresa.

A definição do momento ideal para a adoção também merece atenção. “Não existe uma hora exata. Cada empresa precisa avaliar seu ciclo produtivo, fluxo financeiro e os gargalos que deseja resolver”, afirma Sallati. Para ele, mais importante do que esperar o cenário perfeito é ter clareza nos objetivos e comprometimento com a mudança. Com o planejamento adequado, segundo explica, é possível mitigar riscos e acelerar os benefícios da transformação. 

A demanda por gestão integrada, dados em tempo real e eficiência operacional têm impulsionado esse movimento. “Com sistemas unificados, as empresas ganham agilidade, reduzem custos e tomam decisões mais rápidas e informadas”, finaliza o Diretor de Operações da Upper.

 



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