Nos últimos anos, a diversidade tornou-se um símbolo de responsabilidade social nas empresas. Dados recentes mostram que companhias com maior diversidade racial e étnica têm 35% mais probabilidade de superar a mediana financeira de sua indústria. Além disso, uma maioria de empregados (61%) declara que sua empresa possui políticas que garantem justiça em contratações, remunerações ou promoções, de acordo com dados publicados pelo Pew Research Center. No entanto, a prática revela tensões: muitos programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) assumiram caráter moral em vez de estratégico, o que gerou resultados pouco sustentáveis no ambiente corporativo.
Para o especialista Rafael Giupponi, a diversidade é de fato um motor de crescimento, mas o erro está em tratá-la apenas como uma pauta social. Giupponi defende que a diversidade deve ser vista como vantagem competitiva, não como simples obrigação.
Segundo Giupponi, a falha consiste em manter a diversidade como campo de moralidade ou responsabilidade social, e não como alavanca de inovação e negócios. Ele afirma: "O problema foi tratar a diversidade apenas como um fator social. Diversidade é um dos maiores fatores de inovação dentro das organizações. Pessoas diferentes enxergam problemas sob perspectivas diferentes e, assim, criam e imaginam soluções distintas."
Ele explica: "Respeitar é o que a sociedade prega, mas o que realmente transforma é valorizar. É a partir da valorização das diferenças que conseguimos enxergar o ponto de vista do outro como algo complementar ao nosso e, assim, construir soluções que nenhum dos dois criaria sozinho." Sob essa ótica, times diversos são mais capazes de identificar oportunidades e problemas que equipes mais homogêneas podem não perceber.
Em sua visão, a diversidade deixa de ser discurso moral e passa a ser alavanca concreta de resultado, ao conectar pessoas, propósito e performance. Giupponi conclui que "a diversidade é a única forma que as empresas têm de criar sinergia de pensamento, enxergar desafios a partir de múltiplas perspectivas e construir soluções extraordinárias."
Para Giupponi, a diversidade não é sobre inclusão por obrigação, mas sobre inovação por convicção. Ele aponta que tratar a diversidade como ativo estratégico e transformar o RH em catalisador de resultados marca o caminho para o futuro das organizações que desejam obter crescimento sustentável.






























