Pequenas reformas movem mercado no fim do ano
Pequenas reformas movem mercado no fim do ano

O período de fim de ano costuma concentrar pequenas reformas e atualizações de ambientes, impulsionadas pelo pagamento do 13º salário e pelo desejo de preparar a casa para as festividades. Dados do Índice Getnet de Desempenho do Setor de Varejo e Serviços (IGet) mostram que, em outubro, as vendas de materiais de construção no Brasil registraram alta de 7,3%. Já a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) mantém expectativa positiva para o mercado interno no encerramento de 2025.

Profissionais como o arquiteto Gabriel Tavares e o engenheiro Fabrício Rossi afirmam que a procura por intervenções rápidas com impacto estético cresce de forma consistente nesse período. O consumidor busca mudanças práticas que resolvam necessidades pontuais sem grandes interrupções na rotina, mas que entreguem um visual renovado. Gabriel Tavares destaca que esse comportamento influencia diretamente o tipo de solução escolhida: “Na reforma de final de ano, o cliente busca pinturas e acabamentos fáceis de instalar, para uma reforma rápida e transformadora”, observa.

Nesse contexto, materiais de aplicação direta têm sido priorizados por quem deseja renovar espaços. Conforme pontua o arquiteto, os ripados modulares estão entre as opções mais utilizadas em painéis de TV, halls, balcões, cabeceiras ou para revestimento de paredes, justamente por não exigirem pintura nem processos demorados de preparação. A rapidez de instalação é um dos fatores que mais pesam na decisão: em um dos projetos acompanhados por Gabriel Tavares, foram instalados 8,4 metros quadrados de ripado em barras em apenas duas horas. Segundo ele, essa agilidade é essencial em períodos de prazos apertados e orçamentos limitados. “São fáceis de utilizar e causam grande impacto nas transformações e nos projetos”, afirma.



Disponível no portfólio da Eucatex no formato de painéis e em barras, o ripado também é oferecido em diferentes padrões, que vão dos amadeirados aos sólidos neutros e coloridos, o que permite adaptar o acabamento ao estilo do ambiente. “Por dispensar etapas como preparação, montagem e pintura, o material reduz o tempo de execução e contribui para manter custos previsíveis”, observa Adriana Zikan, gerente de Produtos de Construção Civil da Eucatex.

Pisos e acabamentos compõem conjunto de soluções

Além dos ripados, pisos laminados e vinílicos também são opções recorrentes nas reformas rápidas. Para Adriana Zikan, a preferência está ligada ao modo de instalação: “Por dispensarem grandes intervenções e terem instalação simplificada, esses produtos permitem renovar áreas de circulação, salas e quartos sem a necessidade de quebrar revestimentos antigos, além do tempo otimizado de instalação”, explica. “Os rodapés, também disponíveis em diferentes alturas e padrões, trazem o acabamento final ao ambiente, totalmente renovado, de forma duradoura, e em pouco tempo”, completa.

O engenheiro Fabrício Rossi reforça que o piso laminado tem sido uma das soluções mais práticas para este período: “O piso laminado pode ser instalado sobre um piso cerâmico, sobre outros pisos e até sobre um contrapiso, aplicando apenas uma manta sob o piso. É um acabamento muito rápido de fazer e fica muito bonito”. 

Ele explica que equipes especializadas conseguem instalar cerca de 30 metros quadrados de piso laminado por dia, já incluindo o acabamento com rodapés. Em ambientes com menos recortes, esse volume pode chegar a 40 metros quadrados por dia. Fabrício destaca ainda que o processo é limpo, sem sujeira e sem poeira, o que reduz a interrupção na rotina dos moradores.

“Ainda temos uma outra solução, que é o piso vinílico, que precisa de um pouco mais de cuidado na preparação da superfície que receberá o piso e o tempo de secagem para o nivelamento do piso e o tempo da cola, mas que também fica pronto rapidamente”, compartilha o engenheiro.

A combinação de ripados modulares, pisos prontos e peças de acabamento cria alternativas acessíveis para aproveitar o aumento sazonal da demanda. “A principal mudança é cultural, pois não se busca mais transformar toda a casa, mas resolver pontos específicos com soluções práticas. Isso se reflete nas escolhas e no volume de projetos no fim do ano”, conclui Adriana.