Com a entrada em vigor da bandeira vermelha nas contas de luz em agosto, os consumidores brasileiros devem estar ainda mais atentos ao uso consciente da energia elétrica. A tarifa adicional, adotada em momentos de escassez de energia ou alto custo de geração, impacta diretamente o bolso das famílias.
A bandeira tarifária é um sistema que reflete o custo da geração de energia no país. Quando há pouca chuva, as hidrelétricas produzem menos energia, e o sistema precisa recorrer às termelétricas, que geram energia a um custo maior. A bandeira vermelha, dividida em dois patamares, indica que a geração de energia está mais custosa, e essa diferença é repassada para a conta de luz do consumidor.
Nesse cenário, a iluminação da casa pode ser um importante ponto de economia, especialmente quando se opta por tecnologias mais eficientes, como as lâmpadas de LED. “Com medidas simples e mudança de hábitos, é possível reduzir significativamente o valor da conta de energia, mesmo em períodos de tarifa elevada. A conscientização e o consumo inteligente são aliados importantes do orçamento familiar e do meio ambiente”, afirma Rubens Rosado, engenheiro eletricista e Assessor Técnico da Associação Brasileira de Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi).
Segundo o especialista, as lâmpadas LED consomem até 50% menos do que as fluorescentes compactas e têm vida útil mais longa, o que representa economia também na manutenção e reposição. Outro ponto importante é entender a equivalência entre diferentes tipos de lâmpadas.
“Uma antiga lâmpada incandescente de 60W ou mesmo uma compacta/eletrônica de 15W, por exemplo, podem ser substituídas por uma LED de apenas 9W, mantendo a mesma quantidade de luz emitida ou Lumens. Por isso, é fundamental observar a quantidade de lúmens, ao escolher a lâmpada ideal para cada ambiente, não a potência (Watts), garantindo assim a eficiência sem comprometer o conforto visual”, explica o engenheiro.
“Na hora de adquirir uma lâmpada LED é importante dar preferência àquelas com o selo do Inmetro, o que significa que estão em conformidade com as regulamentações técnicas de desempenho e segurança, tanto para os usuários como para as instalações, e também o selo da Abilumi, pois as empresas associadas mantêm um compromisso de qualidade e garantia do produto (importante guardar a nota fiscal)”, orienta.
Rubens destaca a necessidade de uma mudança cultural entre os consumidores, para que deixem de lado o critério da potência (Watts) ao escolher uma lâmpada e verifiquem na embalagem sempre o fluxo luminoso, a quantidade de Lúmen (lm) que ela possui. “Ao comparar duas lâmpadas de mesma potência, o consumidor deve optar pela que oferecer maior fluxo luminoso, mais lúmens. Assim ele conseguirá iluminar adequadamente seu ambiente, gastando menos.”
Há ainda opções de lâmpadas LED com fotocélula e sensores de presença, e os módulos que controlam a intensidade da iluminação (dimmers), que reduzem a quantidade de eletricidade que a lâmpada usa e trazem conforto aos ambientes.
“Atitudes simples também colaboram para a economia, como apagar as luzes sempre que não estiver usando o ambiente e aproveitar a luz natural. Nada mais gostoso do que abrir as janelas e sentir a luz do sol. Essa é uma opção que traz aconchego, conexão com a natureza, benefícios para a saúde e o humor, além de fazer bem para o bolso”, completa o Assessor Técnico da Abilumi.
A Tabela de Equivalências entre Lâmpadas está disponível neste link: https://www.abilumi.org.br/wp-content/uploads/2021/02/Tabela-de-Equivalencia-AbilumiAbr-20.pdf