Não é novidade que o azeite de oliva se tornou um artigo de luxo no carrinho de compras entre 2023 e 2024. O produto registrou alta acumulada de 54,98% entre maio de 2023 e junho de 2024, segundo dados do IBGE.
Após esse aumento expressivo, os preços começaram a apresentar queda. Desde janeiro de 2025, o item acumula recuo médio de 9,74%, com redução mais acentuada em julho, de 4,12%.
Os números foram calculados a partir dos dados brutos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).O alívio ainda não chegou ao bolso
Apesar da queda registrada nas estatísticas, o impacto ainda não é sentido de forma plena nas prateleiras. Embora o preço do azeite de oliva extra virgem de 500 ml tenha diminuído de patamares superiores a R$50,00 para valores entre R$35,00 e R$40,00 nos supermercados, dependendo da marca e da região, esses valores ainda pesam no orçamento das famílias.
Óleo de coco entra na disputa
Diante desse cenário, muitos consumidores têm buscado alternativas e se mostrado abertos a experimentar novos produtos. O óleo de coco surge como uma opção que oferece benefícios tanto econômicos quanto nutricionais.
"Quando consumimos muitos óleos vegetais, acabamos ingerindo excesso de ômega-6, e isso pode desequilibrar nosso organismo. O óleo de coco é diferente: ele não depende desses ácidos graxos em excesso. Sua composição é rica em triglicerídeos de cadeia média, que o corpo metaboliza rapidamente no fígado, oferecendo energia de forma eficiente, ajudando na saciedade e ainda contribuindo para o funcionamento do cérebro", explica a nutricionista Roseli Rossi.
Ela destaca que esse ponto se conecta a um desequilíbrio já comum na dieta ocidental: o consumo excessivo de ômega-6 em relação ao ômega-3. Segundo estudo publicado na Clinical Nutrition ESPEN, jornal eletrônico oficial da Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo, a proporção média de ômega-6 para ômega-3 na dieta ocidental é de aproximadamente 7,9:1, enquanto a ingestão ideal seria entre 1:1 e 2:1, valores considerados adequados para reduzir processos inflamatórios e risco de doenças cardiovasculares.
O movimento de popularização do óleo de coco
Empresas brasileiras, como a Copra Alimentos, já registram crescimento significativo na procura pelo óleo de coco. O contexto mais amplo do mercado corrobora essas projeções: dados da Internacional Coconut Community indicam que o mercado global foi avaliado em cerca de US$ 5,49 bilhões em 2025 e deve chegar a US$7,61 bilhões até 2029, com crescimento anual médio de 8,5%.
"A cada ano, cresce a busca do consumidor por gorduras saudáveis, e o óleo de coco se consolida na cesta de consumo, já é uma realidade no dia a dia, substituindo outros óleos e o azeite extravirgem", afirma Hélcio Oliveira, CEO da Copra Alimentos.
Diferenças de preços e composição dos principais óleos vegetais
Em comparação com óleos vegetais mais comuns e com preços mais baixos, como soja (R$ 7 em média, 900 ml), milho (R$ 12), canola (R$ 15) e algodão (R$ 10), o óleo de coco mantém características nutricionais diferenciadas.
Segundo a National Oilseed Processors Association, a extração de óleos de sementes convencionais utiliza solventes petroquímicos, como o hexano, prática padrão desde a década de 1930. Além disso, muitos óleos refinados passam por hidrogenação parcial, aumentando a durabilidade, mas gerando gorduras trans, associadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ao risco de doenças cardiovasculares.
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