Organizações que usam IA em ao menos uma função já são 78%
Organizações que usam IA em ao menos uma função já são 78%

A inteligência artificial vem ganhando espaço crescente no meio corporativo. Ao menos isso é o que revela a pesquisa da McKinsey & Company, consultoria estratégica muito requisitada por governos e organizações devido ao rigor de sua metodologia. Conforme o estudo, 78% dos entrevistados confirmam o uso de inteligência artificial em pelo menos uma função das organizações em que trabalham, um aumento de 55% em relação a 2023.

As áreas nas quais a IA é mais frequentemente utilizada nas corporações, conforme os entrevistados, são: vendas, marketing e TI. A pesquisa conclui que as empresas estão empregando a tecnologia nos setores em que podem gerar mais valor.

Essa realidade global é observada na prática por muitas empresas brasileiras. Conforme o CEO da E-Inov Soluções Tecnológicas, Murilo Elias, que tem suas operações estabelecidas em Florianópolis, um dos maiores polos tecnológicos do Brasil, o mercado da IA tem se revelado promissor.



“É fantástica a revolução na parte de inteligência artificial e a velocidade que isso vem sendo realizado dentro das empresas. Hoje uma empresa que não adotou ainda a inteligência artificial na sua linha de produção está perdendo muito tempo e desperdiçando produtividade do seu time. Identificamos por meio de uma pesquisa interna da E-Inov que é possível aumentar a produtividade do time em 40% e a qualidade de entregas em 18%”, afirma.

Mudanças no mercado de trabalho

Um dos produtos desenvolvidos pela empresa de Elias é justamente um CRM de vendas capaz de prospectar leads em lotes usando assistente virtual com inteligência artificial generativa do Chat GPT. O recurso atua como um SDR humano (pré-vendedor), com tom e ritmo de fala naturais e capacidade de entender a intenção contida nas respostas dos leads, qualificando-os e conduzindo-os até a etapa de proposta do funil de vendas sem que eles percebam que se trata de uma IA.

Na prática, recursos como esse, com IAs humanizadas, são capazes de trabalhar como uma equipe inteira de SDRs, mas que prospecta e qualifica clientes em potencial 24 horas por dia, sete dias por semana. Se por um lado isso causa mudanças no mercado de trabalho – forçando a uma adaptação – por outro permite que empresas de pequeno e médio porte possam competir em pé de igualdade com as maiores, já que não precisam ter condições de contratar uma equipe grande de vendas.

Esse ponto do impacto no mercado de trabalho também é citado pela pesquisa da McKinsey & Company. Conforme o estudo cita, muitos dos entrevistados relatam que suas organizações requalificaram partes de suas forças de trabalho como parte da implantação da inteligência artificial, e que pretendem seguir com essas adaptações. Isso significa que os funcionários terão que aprender novas habilidades ou aprimorar as já existentes para se adaptar às novas tecnologias ou às mudanças na forma de trabalhar.

Economia e produtividade

A pesquisa da McKinsey & Company também revela que as empresas estão observando otimização do tempo produtivo e economia de recursos. De acordo com o estudo, os entrevistados relatam com mais frequência que os funcionários estão economizando tempo com o uso de automações e dedicando o tempo excedente a atividades que não podem ser automatizadas.

Para se ter uma ideia do contraste de produtividade com e sem IA, o CRM com inteligência artificial CNPJ BIZ, desenvolvido pela empresa de Elias, é capaz de prospectar cerca de 2450 leads diariamente. Já um SDR humano consegue prospectar, em média, de 25 a 50 leads por dia. Além disso, a IA da ferramenta é capaz de enviar 8.200 mensagens de WhatsApp por dia e executar 9.300 automações.

No estudo da McKinsey & Company, o uso de IA generativa também aparece nas empresas na criação de textos, de imagens e de códigos de computador. Os setores mais propensos a utilizar inteligência artificial para a criação de imagens e áudios são o automotivo, o aeroespacial e o de semicondutores.

Empresas maiores também relatam economia de recursos com redução de pessoal. Esse corte aparece com mais frequência em operações de serviço, como atendimento ao cliente e serviços de campo, e também na cadeia de suprimentos e gestão de estoque. Na área de TI, no entanto, há uma propensão maior dos entrevistados a esperar um aumento no número de funcionários, inclusive em novas funções relacionadas à IA.

Práticas para adoção da IA

Outro dado abordado pela pesquisa McKinsey & Company é com relação às boas práticas para a adoção de IA generativa pelas empresas. As entrevistas revelam que treinamentos e conscientização para o uso de IA pelos colaboradores são mais comuns em corporações maiores.

As organizações maiores também se mostram mais propensas à adoção de roteiros claramente definidos para impulsionar a adoção de IA generativa e a estabelecer uma equipe dedicada. Entre as práticas do roteiro, a que tem mais impacto nos resultados financeiros é o acompanhamento de KPIs bem definidos para soluções de IA generativas.