Finanças 2026: planejamento evita sustos e dívidas
Finanças 2026: planejamento evita sustos e dívidas

Para os assalariados, a primeira parcela do décimo terceiro chega no fim deste mês. Ela pode ajudar a quitar dívidas, ser usada na compra dos presentes de fim de ano ou ser reservada para os grandes gastos do próximo ano. Mesmo para quem não recebe esse benefício, este período é importante para já começar a olhar para o que vem por aí. O planejamento financeiro para 2026 já começa agora.

A maior parte das famílias brasileiras (56,3%) possui entre 11% e 50% da renda comprometida com dívidas, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A mesma pesquisa revelou que, em outubro, 79,5% das famílias brasileiras estavam endividadas e 30,5% atrasaram parcelas de dívidas.

Diante deste cenário de planejamento financeiro, Murilo Menezes, gerente-geral da fintech Juvo, dá algumas dicas do que fazer para que o ano comece e termine com o pé direito e mais tranquilidade:



Redução de gastos “invisíveis”

Tarifas bancárias podem representar um custo relevante; por isso, é importante substituir por pacotes gratuitos ou mais básicos que atendam às necessidades. Conferir se alguma assinatura não está sendo usada também pode reduzir gastos. Além disso, é válido ter em mente que o dinheiro pode estar indo embora na alimentação fora de casa ou em uma compra por impulso.

Planejamento de gastos previsíveis com antecedência

Principalmente no começo do ano, gastos como matrículas escolares, seguros, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) já são previsíveis. Faz toda a diferença levar isso em conta no planejamento financeiro, além de fazer alguma reserva para esses pagamentos, sobretudo no recebimento do décimo terceiro.

Negociação de dívidas

A renegociação de dívidas resulta em parcelas compatíveis com o orçamento de cada pessoa. Isso é possível com conversas com o gerente do banco e feirões de renegociação. Importante priorizar dívidas com juros altos.

Cuidado com a dívida no cartão de crédito

As taxas de juros do rotativo do cartão de crédito estão entre as mais altas do mercado. Não à toa, na cidade de São Paulo, ele permanece na liderança entre os tipos de compromissos não quitados, com quase 80%, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Se não for possível pagar o valor total da fatura mensal do cartão, é possível contratar um empréstimo pessoal com taxas menores para pagá-la.

Contratação de empréstimos que cabem no bolso

Além de ter um objetivo claro, antes de pedir um empréstimo é essencial calcular as parcelas e o impacto delas no orçamento. É recomendável buscar um valor que não ultrapasse 30% da renda mensal. Solicitar um valor maior pode aumentar o risco de endividamento. Existem alternativas oferecidas por fintechs de crédito, com opções que usam bens como garantia, como o celular, e oferecem taxas de juros menores.