Escola do Caos lança relatório sobre tendências de RH
Escola do Caos lança relatório sobre tendências de RH

O mundo está mudando mais rápido do que as empresas conseguem reorganizar modelos de trabalho, culturas e gestâo de pessoas. Foi a partir desse sentimento que a Escola do Caos, consultoria especializada em cultura, liderança e aprendizagem, teve a ideia de conceber o "Hackbook definitivo – O report de tendências obrigatórias para o RH em 2026".

Trata-se, como o próprio nome diz, de uma publicação com dados, pesquisas e análises do setor de recursos humanos (RH) com o objetivo de revelar as estratégias mais eficientes para o mundo do trabalho.

Alguns dos pontos abordados no material incluem dificuldade para reter talentos, inteligência artificial (IA), cultura organizacional, importância da diversidade, liderança, aprendizado autônomo, superworkers (profissionais humanos com habilidades aumentadas por tecnologia), entre outros.



De acordo com Marisa Nannini, CEO da Escola do Caos, o intuito não é prever o futuro, mas fazer o que ela chama de "hackear o presente". "O hackbook é uma ferramenta prática para decidir melhor agora. Na Escola do Caos, acreditamos que aprender não é acompanhar o mundo, mas crescer em meio às mudanças. Esse relatório é um convite para que lideranças reinventem a forma como aprendem, trabalham e aceleram resultados".

Ela diz que "enquanto alguns relatórios apontam lacunas crescentes de skills e tecnologias avançando mais rápido que a cultura, as empresas sentem no dia a dia que o excesso de conteúdos e ferramentas não resolve o essencial. As organizações ainda não conseguem requalificar talentos na velocidade necessária, e a aprendizagem segue desconectada das decisões estratégicas".

"A tendência mais subestimada é o uso intencional da IA pelas empresas. Hoje, muita gente usa a tecnologia no dia a dia, às vezes até escondido, enquanto a maior parte das organizações finge que isso não está acontecendo. Falta estratégia, falta estímulo e falta a liderança discutindo como a IA pode, de fato, fazer parte das rotinas para gerar eficiência e liberar tempo para trabalhos mais criativos", menciona Alberto Roitman, sócio da Escola do Caos.

Um relatório divulgado em 2024 pela Microsoft e pelo LinkedIn apontou, por exemplo, que 52% das pessoas que utilizam IA no trabalho relutam em admitir o uso dessa tecnologia para as tarefas mais importantes. Além disso, 53% temem que utilizar a IA as tornem mais facilmente substituíveis.

Roitman defende que, ao invés de tratar a IA como algo que não deve ser admitido, as empresas deveriam assumir que ela é fundamental para otimizar a forma como as pessoas trabalham. Segundo a análise do relatório da Escola do Caos, a inteligência artificial não substitui o trabalho humano, mas o amplifica.

Felipe Bragatto, também sócio da Escola do Caos, expressa um ponto de vista semelhante ao de Roitman. De acordo com o executivo, as novas tecnologias devem transformar a cultura organizacional porque a IA passa a funcionar como um sistema operacional de trabalho, mudando a forma como decisões são tomadas, como times se organizam e como os fluxos acontecem.

"A experiência do colaborador tende a ficar mais personalizada, com apoio contextual, menos tarefas mecânicas e mais autonomia. O impacto positivo depende de liderança preparada e de governança clara. Sem isso, o efeito é o contrário: ansiedade, desalinhamento e perda de confiança na organização", alerta Bragatto.

Saúde mental e bem-estar

O relatório da Escola do Caos aborda também a questão da saúde mental e do bem-estar emocional no mundo corporativo, destacando que isso deixou de ser visto como um "plus" ou diferencial e se tornou um pilar essencial para a solidez da empresa.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que mais de 1 bilhão de pessoas vivem com transtornos mentais. A depressão e a ansiedade custam, de forma indireta, cerca de US$ 1 trilhão (R$ 5,3 trilhões, na cotação atual) por ano à economia global.

"Vivemos em um ambiente mais ‘nervoso’, sujeito a mudanças repentinas e imprevisibilidades, o que já aumenta a ansiedade de todos nós. A OMS reconhece que vivemos uma epidemia de ansiedade, Burnout e depressão, e, sem políticas de gestão e manutenção do bem-estar, a produtividade inevitavelmente é afetada e pessoas doentes não produzem", diz Anderson Bars, sócio da Escola do Caos.

Amanda Costa, sócia da Escola do Caos, ressalta que não é possível discutir o presente e o futuro do trabalho focando apenas no aspecto tecnológico e deixando outros pontos de lado.

"O futuro do trabalho não depende apenas de ferramentas e tecnologias novas. Ele depende de pessoas dispostas a fazer o básico que tanta organização ainda evita: reconhecer privilégios, combater qualquer forma de preconceito e criar ambientes propícios à aprendizagem. Sem isso, qualquer discurso sobre inovação fica no papel e nãs perdemos a chance de construir um futuro de trabalho mais justo e potente para todos e todas", comenta Amanda.

Para saber mais, basta acessar o relatório pelo site da Escola do Caos: https://lp.escoladocaos.com/hackbook-definitivo