Em meio à busca por eficiência e redução de custos operacionais, grandes empresas têm adotado cada vez mais soluções tecnológicas que promovem autonomia e inteligência nos processos corporativos. Entre elas, os softwares de Gerenciamento de Regras de Negócios, conhecidos como BRMS (Business Rules Management System), é uma das alternativas conhecidas, por centralizar e encapsular regras operacionais que antes dependiam exclusivamente da área de tecnologia da informação.
De acordo com um levantamento da Mordor Intelligence, o mercado global de BRMS pode atingir US$ 1,9 bilhão até 2029, com uma taxa de crescimento anual de 6,6%. Na prática, esses sistemas já contribuem de forma expressiva para empresas de diversos setores, de telecomunicações ao setor financeiro, ao evitarem perdas milionárias causadas por processos lentos, falhas operacionais e regras desatualizadas.
Segundo o especialista Daniel Nakamura, diretor de receita e cofundador da Abaccus, plataforma especializada em gerenciamento de regras de negócios e cálculos operacionais, o BRMS atua como uma camada de inteligência que transforma decisões repetitivas e complexas em processos automatizados e seguros.
“Um BRMS é um sistema que centraliza e automatiza regras de negócio e cálculos como comissões, políticas de preço, subscrição de seguros ou alçadas de aprovação. Ele permite alterações ágeis e auditáveis, sem depender de TI ou reescrita de código”, explica o executivo.
Os principais elementos que compõem um BRMS incluem um modelador low-code para definição de regras e cálculos, acompanhado por um motor de decisão capaz de executar essas funções em tempo real. O sistema também conta com controle de versões e trilha de auditoria, promovendo governança e rastreabilidade.
“A integração com sistemas corporativos ocorre por meio de APIs compatíveis com plataformas como SAP, Salesforce e ERPs locais, o que permite acionamento da ferramenta de forma instantânea ou em lotes, sem a necessidade de alterações no código-fonte. Essa arquitetura favorece empresas com operações complexas e necessidade de agilidade em decisões críticas”, ressalta Nakamura.
Diferente de ERPs e RPAs, que mantêm as regras embarcadas nos fluxos automatizados, o BRMS pode oferecer autonomia às áreas de negócio, possibilitando mudanças com segurança e velocidade, sem o envolvimento técnico constante.
Segundo o especialista da Abaccus, a adoção da plataforma tem gerado resultados financeiros imediatos em algumas empresas. “Uma operadora com 2.000 vendedores reduziu de 1.200 para 300 os chamados mensais de contestação de comissão, representando uma economia de R$ 240 mil por mês”, afirma.
“Em outro caso, uma empresa economizou cerca de R$ 800 mil anuais em demandas de TI ao evitar a reescrita de código”, acrescenta Nakamura.
Em um estudo simulado realizado pela Abaccus, o executivo aponta que uma seguradora com 5 milhões de apólices ativas eliminaria o retrabalho de 30 mil análises manuais mensais, liberando mais de R$ 1,2 milhão em custos operacionais por ano.
Áreas mais impactadas
Os principais ganhos com o BRMS, segundo Nakamura, são percebidos em áreas como a comercial, financeira, de pricing, compliance, auditoria, risco e operações de seguros, onde regras complexas e decisões constantes exigem alto grau de precisão, velocidade e controle.
A aplicação prática da tecnologia também tem se refletido em empresas que lidam com grandes volumes operacionais. De acordo com Rafael Portes de Araújo, Coordenador de Precificação da Edenred Ticket, o uso da plataforma trouxe melhorias consideráveis na gestão de preços da empresa.
“Com o apoio da ferramenta, evoluímos nossa governança de preços no Ticket Combustível oferecido pela companhia. Implantamos uma solução parametrizável para precificação e alçadas de aprovação, com foco em reduzir o tempo de resposta comercial e acelerar nossas vendas”, conta o cliente da Abaccus.
Além do foco em eficiência, o sistema busca contribuir para identificar brechas operacionais e prevenir evasão de receita. Ao consolidar as regras em um único ponto e permitir simulações retroativas, é possível detectar distorções e corrigir falhas.
O sistema também pode agir preventivamente no combate à fraude. Entre os exemplos citados pelo especialista estão bloqueios automáticos para comissões acima de tetos definidos, alertas de precificação fora do padrão e encaminhamento de solicitações com risco de crédito para alçadas superiores.
“As organizações estão percebendo que a rigidez dos sistemas tradicionais pode custar milhões em perdas. Com o BRMS, você pode transformar uma empresa engessada em uma máquina de decisão inteligente, auditável e escalável”, conclui Nakamura.
Para saber mais, basta acessar: https://abaccus.com.br/