Para manter viva a meta do Acordo de Paris e limitar o aquecimento global a 1,5 °C, as emissões de gases de efeito estufa precisam cair 42% até 2030, em relação aos níveis de 2019. A estimativa é do “Emissions Gap Report 2024” – Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2024, em português – publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O alerta aparece já na página 11 do documento, antes mesmo da introdução. O texto destaca que, se essa redução não for alcançada com urgência, a meta poderá se tornar inalcançável dentro de poucos anos.
A urgência se intensifica diante do cenário recorde registrado em 2023, quando as emissões globais chegaram a 57,1 gigatoneladas de CO₂, o maior volume já documentado. De acordo com o relatório, ainda na mesma página, para cumprir a meta de 1,5 °C, seria necessário cortar 7,5% das emissões anualmente até 2035. Mesmo a meta menos ambiciosa, de limitar o aquecimento a 2 °C, demandaria uma redução de 28% nas emissões até o final desta década.
O relatório aponta também que, embora o desafio seja gigantesco, ainda há caminhos tecnicamente viáveis para evitar os impactos mais severos da crise climática. Entre as soluções, as fontes renováveis se destacam, como a energia solar fotovoltaica e eólica têm potencial para responder por até 38% das reduções até 2035. A conservação de florestas, especialmente em regiões tropicais, também é crucial, podendo contribuir com cerca de 20% das reduções. A adoção de medidas de eficiência energética e a eletrificação de setores-chave como transporte, construção civil e indústria completam a lista de ações prioritárias.
Diante desse cenário, com base na publicação da “Quality Magazine”, na página 32, o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, reforça a importância do protagonismo corporativo e da cooperação entre setores como caminhos decisivos para enfrentar a crise climática.
“A transformação necessária para enfrentar a crise climática não virá de promessas distantes, mas de decisões corajosas tomadas hoje. Cada empresa, cada governo e cada cidadão tem um papel fundamental na construção de um futuro possível e regenerativo. É preciso abandonar a lógica da inércia e assumir a liderança da mudança”, conclui.