Conforme divulgado em recente publicação no Manual MSD – Versão para Profissionais de Saúde, o tratamento da incontinência urinária em crianças é um processo que exige, antes de tudo, a educação da família sobre as causas e a evolução clínica da condição. O material informativo ressalta que essa compreensão é fundamental para diminuir o impacto psicológico negativo dos episódios de escape de urina e, consequentemente, aumentar a adesão às terapias propostas. A participação ativa tanto dos pais quanto da criança é apontada como um pilar para o sucesso terapêutico.

De acordo com o documento, se a criança demonstra imaturidade, não se sente incomodada pela incontinência ou não deseja participar ativamente do plano de tratamento, a recomendação é adiar as intervenções até que ela esteja pronta. O tratamento deve sempre focar na identificação e abordagem de causas específicas, embora nem sempre uma causa clara seja diagnosticada. As estratégias variam consideravelmente entre a enurese noturna e a incontinência diurna.

Para a enurese noturna, o relatório indica que modificações comportamentais devem ser a primeira linha de recomendação. Isso inclui antecipar a maior parte da ingestão de líquidos para o período da manhã e início da tarde, com cerca de 80% do total diário consumido antes das 17h. Além disso, é aconselhável limitar a ingestão de líquidos nas duas horas que antecedem o sono e incentivar a dupla micção (urinar duas vezes seguidas) antes de deitar. O manejo adequado da constipação também é citado como crucial.



A publicação destaca o alarme de enurese como a estratégia mais eficaz a longo prazo quando não há causas orgânicas. Embora demande esforço, a taxa de sucesso pode alcançar até 70% em crianças motivadas e com famílias engajadas. O processo pode levar até quatro meses de uso noturno para a resolução completa dos sintomas. O alarme funciona disparando ao primeiro sinal de umidade, ensinando a criança a associar a sensação de bexiga cheia com a necessidade de acordar para urinar.

Lillian de Oliveira, CEO da Malana Eco, comentou sobre a importância do suporte prático durante essas intervenções. “As estratégias comportamentais e o uso de alarmes são passos importantes, mas podem levar tempo para apresentar resultados. Nesse período, é essencial que a criança se sinta segura e confortável. Produtos como o short para incontinência infantil podem oferecer uma camada extra de proteção, ajudando a conter vazamentos durante a noite. Isso não só protege a roupa de cama, mas também reduz o estresse da criança e da família, facilitando a adesão ao tratamento e promovendo noites mais tranquilas”, afirmou Lillian.

No que tange aos medicamentos, o documento menciona a desmopressina (DDAVP) e a imipramina como opções que podem diminuir os episódios de enurese noturna. Contudo, alerta-se que os resultados geralmente não são sustentados após a interrupção do tratamento, sendo a DDAVP preferível devido ao raro, mas grave, risco de morte súbita associado à imipramina. Para a incontinência urinária diurna, o tratamento da constipação subjacente é prioritário, e o diário miccional ajuda a identificar padrões como capacidade vesical reduzida ou frequência urinária alterada.

As medidas para a incontinência diurna, conforme o relatório, incluem exercícios para conter a urgência, aumento gradual do intervalo entre as micções, mudanças de comportamento com reforço positivo e micção programada. Para meninas com refluxo vaginal da urina, orientações sobre a postura correta ao urinar são fundamentais. O biofeedback é citado como uma terapia não cirúrgica conservadora para reeducar os músculos do assoalho pélvico. Medicamentos anticolinérgicos, como oxibutinina e tolterodina, podem ser úteis em casos de disfunção miccional quando outras terapias falham.

Perguntada sobre a abordagem integral, Lillian de Oliveira concluiu: “O tratamento da incontinência infantil, seja ela noturna ou diurna, é um caminho que envolve paciência e diversas ferramentas. Enquanto a família e os profissionais de saúde trabalham nas causas e nas terapias específicas, como as modificações comportamentais ou o uso de alarmes e medicamentos, é crucial oferecer soluções que minimizem o desconforto diário”.

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