Cerca de 20% do impacto total que a inteligência artificial (IA) generativa pode gerar à área de Recursos Humanos está relacionado a aprimorar os processos de gerenciamento de pessoas e talentos. Os dados são de uma análise da consultoria de gestão McKinsey & Company.
O levantamento também aponta que as ferramentas desse tipo de tecnologia podem fornecer monitoramento aumentado do sentimento dos funcionários em tempo real e ajudar a garantir um processo objetivo de avaliação de desempenho.
Cristiano Miano, fundador e presidente da Digi, empresa de marketing de incentivo, loyalty, engajamento e premiação, testifica que novas ferramentas digitais têm sido incorporadas para tornar programas de incentivo mais eficientes, personalizados e acessíveis, melhorando a motivação e o desempenho dos colaboradores.
A digitalização facilita a implementação e o acompanhamento de programas de incentivo, permitindo que colaboradores acessem informações de forma rápida e transparente. Isso agiliza os processos e oferece soluções escaláveis para empresas de diferentes portes, assinala o especialista.
Miano destaca que a tecnologia torna os programas mais precisos. A IA pode analisar dados para oferecer incentivos personalizados, ajustando as recompensas conforme o desempenho de cada colaborador. Isso torna os programas de incentivo mais eficazes e adequados às necessidades individuais.
Tecnologia e gerenciamento de programas de incentivo
A análise da McKinsey & Company destaca ainda que outros 12% do potencial de valor da IA generativa para o segmento de RH está na capacidade de gerar recomendações de aprendizado personalizadas e proporcionar uma combinação de aprendizado e desenvolvimento contínuos. Outros 20% são atribuídos ao potencial da tecnologia para a aquisição de talentos, recrutamento e integração.
A implementação de um programa de incentivo digital envolve o uso de tecnologia para personalizar experiências, maximizar o aprendizado e entregar resultados, com o compromisso de marcar positivamente as trajetórias dos colaboradores, reforça Miano.
O especialista esclarece que as plataformas de gestão de incentivos, gamificação e softwares de reconhecimento digital são fundamentais para acompanhar o desempenho em tempo real, com relatórios personalizados e dados acessíveis para ajustes rápidos. Por meio de estratégias inovadoras, como gamificação e plataformas de reconhecimento on-line, é possível inspirar a excelência nas equipes.
Para Miano, a gamificação é uma importante ferramenta digital para o aumento da participação e da motivação dos colaboradores. A gamificação torna os programas mais interativos e divertidos. Ao criar sistemas de pontos, rankings e recompensas, ela estimula uma competição saudável e aumenta o engajamento dos colaboradores.
Segundo o especialista, a tecnologia mede, em tempo real, desempenho e resultados por meio de análises de dados e dashboards personalizados que permitem ajustes imediatos para maximizar os resultados e alinhar as estratégias com os objetivos da empresa.
No Brasil, 6% dos RHs afirmam que a área passou por um grande processo de digitalização e 40% admitem que não realizaram nenhum movimento prático para tornar os processos de pessoas mais tecnológicos e menos manuais. As percepções são de uma pesquisa realizada pela Think Work em parceria com a Flash.
O mesmo estudo indica que 69% dos RHs que não são digitalizados afirmam que as decisões da área são baseadas em crenças e opiniões. O índice cai para 6% entre os RHs maduros digitalmente. O levantamento também mostra que o percentual de empresas que utilizam IA no RH é de 30%.
Todavia, Miano também alerta para o equilíbrio entre a tecnologia e a humanização nos programas de incentivo. Embora a tecnologia seja essencial, o toque humano não deve ser perdido. Feedback personalizado e reconhecimento público mantêm a conexão emocional, garantindo que os colaboradores se sintam verdadeiramente valorizados.
Em outra publicação, a McKinsey & Company destaca a gestão de desempenho que coloca as pessoas em primeiro lugar ao apontar que empresas que avaliam não apenas o “o quê” foi feito, mas também “como” foi feito, olham para qualidades como trabalho em equipe, boa comunicação, flexibilidade e decisões éticas.
De acordo com a consultoria, avaliar o comportamento e a forma de agir é especialmente útil para líderes cujos resultados são difíceis de medir diretamente, como em projetos de longo prazo ou iniciativas complexas, onde nem tudo pode ser medido em números.
Aproximadamente três em cada cinco empresas analisadas na pesquisa da McKinsey & Company consideram essa abordagem equilibrada, e afirmam que isso ajuda líderes a entenderem tanto os resultados concretos quanto a maneira de pensar e agir que levou aos resultados.
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