Home CORPORATE Transformação Digital “É uma loucura” que Facebook tenha favorecido eleição de Trump, diz Zuckerberg

“É uma loucura” que Facebook tenha favorecido eleição de Trump, diz Zuckerberg

Depois do resultado das eleições americanas serem anunciadas e o candidato republicano Donald Trump ser declarado vencedor, uma série de análises de especialistas acusaram o Facebook de ter influenciado o pleito. De acordo com esse ponto de vista, o algoritmo da rede social mais usada do mundo teria criado “bolhas” de interesse e atenção que acabaram trazendo mais votos para o polêmico vencedor e novo presidente dos Estados Unidos.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, respondeu às acusações com tom cético. “Pessoalmente acho que a ideia de que notícias falsas no Facebook – que são uma pequena parte do conteúdo – possam ter influenciado de alguma forma as eleições de alguma forma é uma loucura. Os eleitores tomam decisões de acordo com as experiências que vivem”, disse o líder da rede social.

A polêmica sobre o algoritmo do Facebook não é nova. Mas tem ganhado mais destaque no último ano por conta das diversas crises políticas e governos eleitos sem absoluta maioria pelo mundo todo. Brasil, Inglaterra, Espanha e EUA são os últimos a argumentaram sobre a influencia da tecnologia na escolha de seus governantes.

Não há muito consenso sobre isso. O algoritmo é uma série de ordens dadas aos sistemas digitais para que eles façam algo ou mostrem coisas supostamente mais interessantes para os usuários. É por causa deles que uma pessoa que gosta de flores recebe mais propaganda de jardinagem do que de máquinas agrícolas, por exemplo. Eles ajudam internautas a se manterem dentro do espectro de temas que são mais do seu gosto pessoal, aumentando o engajamento e os negócios digitais.

Bolhas e notícias falsas
No entanto, isso pode criar as tais “bolhas”, deixando uma pessoa cercada somente de amigos, família e conhecidos que discutem sempre a mesma coisa. É nesse aspecto que são feitas as críticas. É um ponto de vista que argumenta que a amplitude dos debates está demasiadamente restrita e isso é culpa do algoritmo do Facebook e de outras redes sociais.



Junta-se a isso a monopolização das atenções e acessos em poucas empresas. O Facebook é a maior rede social do mundo e também possui o comunicador de mensagens mais usado, o Whatsapp. O twitter é o microblog (se é que essa definição ainda faz sentido) mais usado por celebridades, jornalistas e produtores de conteúdo, o Google é o buscador dominante e ainda é dono da plataforma de vídeo campeã de acessos, o Youtube… e assim por diante. E um ponto negativo a mais nisso tudo é a quantidade de notícias falsas ou meias-verdades que são disseminadas nessas bolhas.

Quem não adota esse ponto de vista, argumenta que os algoritmos são controláveis com mudanças nas configurações pessoais dos sites e métodos comportamentos básicos para manter a privacidade. Dizem, ainda, que os internautas podem expandir, ou furar, suas bolhas a hora que quiserem. No fundo, não é culpa da tecnologia em si, mas do uso que cada um faz da internet.

Zuckerberg, falando em uma conferência de tecnologia, declarou ainda que os acusadores da influência do algoritmo sofrem de “profunda falta de empatia”. “Se acreditam nisso então penso que ainda não captaram a mensagem que os apoiantes do Trump estão a enviar com estas eleições”, indicou Zuckerberg.

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