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Hackearam a empresa que hackeia a mando de governos

Um hacker ainda não identificado roubou cerca de 900 GBde dados da empresa de espionagem e segurança israelense Cellebrite. A companhia ficou famosa no mundo inteiro após ser tida como a principal tecnologia usada para o FBI quebrar a segurança de suspeitos de um tiroteio e ajudar as investigações. A empresa também ajuda outros governos, como na Turquia e Rússia. No Brasil, foi uma das principais tecnologias usadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

A empresa admitiu que sofreu um “acesso não autorizado” em seu servidor web e divulgou comunicado que está “investigando a extensão da brecha de segurança”. O alvo do hacker não está claro, mas ele teve acesso a material coletado pela empresa e senhas de clientes que usam a tecnologia para espionagem e investigação.

O material recolhido pelo hacker também não foi vazado ainda. O assunto só tornou-se conhecido porque o invasor entrou em contato com possíveis compradores em chats anônimos. Em um deles, o jornalista Joseph Cox, especializado em segurança e colaborador do site Motherboard, tomou contato com o assunto e conversou com o hacker.

Usando uma linguagem não muito educada, o invasor disse que ainda espera uma oportunidade para usar o material e deu a entender que seu objetivo poderia ser somente a invasão. “Não posso dizer muito sobre o que foi feito”, disse o hacker ao jornalista. “Uma coisa é bater neles, outra coisa muito diferente é expor [suas] bolas saindo”.

Destino desconhecido
O material pode ser extremamente valioso no mercado paralelo do crime cibernético. Além de senhas de clientes, o hacker pode ter conseguido arquivos que são provas em investigações pelo mundo afora. Pelo modo como fez a invasão, é presumível que ainda tenha logs dos equipamentos usados pelas polícias e governos. Isso possibilitaria saber quem está sendo espionado por quem em várias partes do mundo.



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