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Tentaram derrubar a internet em um pequeno país africano. Preocupe-se: algo pior virá

A Libéria é um pequeno país na África Ocidental que você provavelmente só ouviu falar por causa do Ebola e sequer tem curiosidade de conhecer outros detalhes. Mas essa nação pode vir a ser conhecida, num futuro bem próximo, como “o aviso que não prestamos atenção” sobre o hiper ataque que derrubou a internet, utilizando os dispositivos inteligentes que temos em casa.

Sim, é dramático como parece. Na quarta-feira, 2 de novembro, mais um gigantesco ataque de negação de serviço (DDoS) atingiu a infraestrutura de telecomunicações da Libéria. E mais uma vez a ação foi relegada ao esquecimento pela ampla maioria dos noticiários (como o ataque recorde de 1Tbps) e o ataque que derrubou metade da internet no mundo e foi tratado como “efeito da chuva” por alguns.

O alerta do que estava ocorrendo na Liberia foi dado pelo especialista de segurança Kevin Beaumont, que detectou o movimento anormal. “Estão testando um ataque de larga escala com o Mirai Botnet”. O Mirai é o código, que infelizmente está disponível para qualquer um – após seu criador ter se aposentado com os bolsos cheios -, que infecta dispositivos inteligentes da chamada internet das coisas (IoT) com vulnerabilidades antigas e que não foram reparadas pelos fabricantes. É esse malware que está por trás dos dois ataques anteriores.

Beaumont notou que havia movimento estranho na Liberia, um país desconhecido para muitos, mas que fazia todo o sentido em um teste malicioso. A república, no litoral ocidental da África, possui apenas um cabo de fibra para dar internet a seus habitantes. Apenas 6% do país possuem conexão de internet e boa parte disso é composta por serviços governamentais e empresas. O único cabo é também compartilhado com nações vizinhas, que não estão muito diferentes nas estatísticas liberianas de acesso e inclusão digital.

Teste para algo maior
Por isso, segundo o especialista, faria todo o sentido usar a Liberia como teste de ataque para ver a que ponto chega o caos se serviços essenciais de um país forem deixados offline. “Os ataques são extremamente preocupantes porque indicam que há um operador Mirai que tem capacidade suficiente para impactar seriamente os sistemas em uma nação”, escreveu em seu blog.



Até a tarde de hoje, 3 de novembro, a infraestrutura do país balançou mas não caiu. A internet apresentou várias lentidões e falhas que foram relatadas ao especialista após ele pedir informações aos habitantes que tinham perfil no Twitter. Porém, o ataque continua em vigor e já foram detectados 500 Gbps em volume simultâneos.

Se as tentativas derem certo e o país africano for paralisado, não há como saber qual será o próximo alvo nem quando. O sucesso da ação pode chamar mais operadores do Mirai, e isso derrubar os sistemas essenciais em uma nação mais poderosa e conhecida.

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