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Tudo que você precisa saber sobre o #Vault7, novo escândalo de espionagem cibernética

Em nome da segurança pública, a agência de espionagem do governo americano usou ferramentas tecnológicas de ponta para invadir telefones, aplicativos de comunicação e outros dispositivos eletrônicos de cidadãos pelo mundo. Não apenas suspeitos de terrorismo ou crimes podem ter sido afetados. O arsenal cibernético pode ter sido usado para invadir a privacidade de qualquer pessoa de qualquer nacionalidade.

O novo embaraço para as agências de espionagem americana estourou na segunda-feira, 6 de março, com a publicação de mais de 8 mil documentos pelo site Wikileaks. O pacote foi batizado de Vault7 e inclui informações, comunicados e planos que mostram como agentes americanos agem quando querem saber da vida de alguém.

As revelações incluem técnicas de hackerismo para invadir smartphones e computadores, indícios de uma operação do Centro de Inteligência Cibernética da CIA na Europa que também age no Oriente Médio e África e, o mais inesperado, descrições detalhadas de como invadir uma smart TV para que ela pareça desligada e mesmo assim consiga gravar as atividades de uma casa.

Após o vazamento, o porta-voz da CIA veio à público. Mas seu discurso foi apenas o padrão de tergiversação da agência. Heather Fritz Horniak, se manteve na resposta única de: “a agência não comenta vazamentos de terceiros”. Na manhã de 9 de março, as notícias de movimentações da CIA deixaram claro que, apesar de não responder às perguntas, a agência está em plena caça de quem vazou as informações para o Wikileaks.

Nos dia seguintes da publicação, as empresas de tecnologia afetadas começaram a divulgar que fizeram atualizações em seus aparelhos para que a espionagem do governo fosse interrompida. Os agentes usavam brechas de segurança, exatamente como os hackers fazem. Apple, Google e Samsung (que é a marca do modelo de TV citado) informaram que corrigiram o problema.



As companhias também mostraram-se insatisfeitas pela forma como o governo agiu e alertaram para o risco eminente de que qualquer pessoa possa ser espionada se um governo totalitário usar seus próprios termos para definir quem é criminoso ou não.

Hackerismo e política
O material todo mostra refinadas técnicas e ações para monitoramento e vigilância. De acordo com o Wikileaks, essa é somente a primeira parte das informações que o site possui. São referentes à 2013 e 2016.

O surpreendente ataque a uma TV inteligente tem detalhes de operação e cita a colaboração com o serviço secreto inglês MI5 e a agência de informações oficial BTSS (British Security Service). Jornalistas e organizações civis estão pressionando os governos americano e inglês para que deixem transparente essa parceria e até que ponto chegou.

As complicações diplomáticas e políticas devem ser maiores nas próximas semanas. Deputados alemães iniciaram investigações para verificar se a embaixada americana em Frankfurt está sendo usada para abrigar hackers a serviço do governo americano. A cidade alemã é citada como sendo a sede do serviço europeu da CIA para espionagem cibernética.

O escândalo pode movimentar mais ainda a política americana. O Wikileaks tem sido acusado de ajudar na campanha de Donald Trump. Nos meses anteriores à eleição, o site divulgou algumas informações sensíveis dos adversários do partido Democrata e isso ajudou na vitória do Republicano. O lote de documentos do #Vault7 põe uma marca indelével e comprometedora na administração anterior, do democrata Barack Obama. Ao mesmo tempo, pode reforçar a suspeita de ligação de Trump e a ala radical dos republicanos com a espionagem russa.

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