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Treinos de força com exercícios pliométricos possibilitam aos atletas melhorarem jogadas dentro da área com salto vertical em 21,1%, segundo pesquisa

São Paulo, SP 16/9/2021 – Com todo o treinamento o atleta fica mais resistente e melhor preparado para o estresse físico que uma partida de futebol profissional pode causarNo futebol o jogador obedece a vários estímulos durante a partida, na qual fatores como força, velocidade e resistência devem ser bem treinados com pliometria e musculação para melhorar o desempenho em campo

O futebol é o esporte mais famoso e mais praticado em todo o mundo, sendo uma modalidade de referência, sobretudo no Brasil, que exige cada vez mais dos jogadores uma boa preparação física para desempenhar ações intensas e diferenciadas que possibilitem a melhor performance, segundo a UniSport Brasil, empresa especializada em treinamentos e projetos na área esportiva. De acordo com o estudo dos “Benefícios do Treinamento de Força para o Futebol” o esporte possui 88% da energia adquirida do sistema aeróbio e 12% do sistema anaeróbio, que se adquire no levantamento de peso, movimentos rápidos e de explosão. 

Apesar da pequena proporção de participação do metabolismo anaeróbio, o estudo aponta que as principais jogadas em uma partida ocorrem dentro de situações onde a solicitação é anaeróbia, tornando atividades de força, como musculação e a pliometria, um dos principais exercícios dos jogadores, bastante praticadas durante a pandemia da covid-19, nos últimos anos.

Para praticar de forma profissional, e até mesmo amadora, o futebol é um esporte de altíssimo rendimento, e para isso, hoje em dia, tem-se treinamento físico, tático, técnico e, até mesmo, psicológico, afirma João Vitor Laender Guimarães, jogador de futebol graduado em Educação Física, com especialização em Futebol e cursos de Aspectos Táticos e Gestão Técnica na área.

O fator de extrema importância é o preparo muscular dos atletas, João diz que com o passar das décadas os treinos evoluíram e continuam evoluindo. Ele lembra que o membro da comissão técnica é o profissional que deve fazer o planejamento do preparo físico fora e dentro da academia, a partir de atualizações de novos estudos e práticas que podem melhorar o rendimento do time em campo, principalmente durante a pandemia.



Guimarães relata que, antigamente, acreditava-se que os atletas deveriam treinar corridas longas e continuas como maratonas, pois o futebol de campo era jogado quase sempre correndo sem a bola. Mas estudos descobriram que apesar de correr muito, o jogador necessita de corridas rápidas em espaços curtos, diferente das maratonas, cabendo ao preparador físico controlar e planejar os treinos musculares.

Conforme o especialista, o preparo físico muscular e grande parte do treinamento acontecem fora dos gramados e longe das câmeras, como, por exemplo, os treinos de força, resistência, estabilidade e pliometria (que busca a máxima utilização dos músculos em movimentos rápidos e de explosão). Esses treinamentos auxiliam os atletas a chutar e cruzar a bola com mais força, a conseguir chutar por mais vezes e com mais precisão, além de auxiliar a evitar lesões.

O estudo “A Importância do Treinamento Pliométrico para a Prevenção de Lesões nos Jogadores de Futebol” mostra que em um campeonato brasileiro os atletas podem sofrer com uma incidência de 24,9 lesões por 1.000 horas de jogo. E o segmento corporal mais frequentemente acometido são os membros inferiores (76,3%), seguido de lesão muscular dos isquiotibiais (24%), lesão muscular adutora (9%), ferida cortante (8%), lesão ligamentar lateral do tornozelo (6%), lesão muscular do quadríceps (4,5%) e concussão (4%).  O levantamento aponta que a pliometria permite que o atleta desenvolva uma consciência de movimentos específicos para o esporte, auxiliando no ganho de força, da velocidade e de capacidades fundamentais para o desenvolvimento da potência, assim evitando as lesões.

“Para entender bem como um treino de pliometria pode fazer a diferença no jogo, atletas que fazem esse tipo de treino saltam mais alto quando a bola é cruzada, isso pode decidir quem chega mais alto para acertar a cabeça na bola e fazer o gol da vitória. Esse tipo de treinamento gera grande força explosiva nas pernas e ajuda a pular mais alto e com segurança”, explica João Guimarães.

A pesquisa publicada na revista Frontiers in Physiology (2020) mostrou que, após 10 semanas de treinamento com exercícios pliométricos, jogadores melhoram o salto vertical em 21,1%. E o tempo nos sprints de 5 metros chega a evoluir em 10%, deixando os atletas mais velozes.

Além de tudo, fazer exercícios, como musculação e a pliometria, que possibilitem aumento de massa muscular, ganho de força e de resistência muscular, também reduzem os riscos de um derrame cerebral ou um ataque cardíaco em até 70%, de acordo com o levantamento publicado na revista Medicine and Science in Sports and Exercise, em 2020, realizado pela Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos. A prática de pelo menos uma hora na semana diminui em 29% o risco de síndrome metabólica e em 32% a chance de desenvolver colesterol alto. Os programas de reforço físico dos jogadores de futebol profissional são planejados conforme os pontos a serem trabalhados para cada um, e a depender da posição no campo. Alguns atletas têm 5 horas de treinamento por dia, outros até mais. 

O profissional observa que a musculação e a pliometria são de extrema importância para o futebol de alto rendimento quando aliadas ao preparo físico de dentro do campo, isso faz com que os jogadores corram mais rápido, chutem mais forte, pulem mais alto e aguentem mais os jogos. “Essa estratégia possibilita um risco menor de lesão, pois, com todo o treinamento muscular o atleta fica mais resistente e melhor preparado para o estresse físico que uma partida de futebol profissional pode causar ao corpo”, conclui João Vitor Laender Guimarães.Treinos de força com exercícios pliométricos possibilitam aos atletas melhorarem jogadas dentro da área com salto vertical em 21,1%, segundo pesquisa



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