A companhia de equipamentos e soluções de telecomunicações Avaya entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça americana, no último dia 11 de abril. O plano para o Chapter 11 (capítulo da Lei de Falências vigente nos Estados Unidos) prevê uma redução da dívida atual de US$ 6,3 bilhões para US$ 4 bilhões e o repasse de ações.
“É um passo fundamental para recapitalizar o balanço da Avaya e criar uma empresa mais forte e saudável que possa gerar ainda mais valor para nossos clientes”, disse Kevin Kennedy, CEO da Avaya.
Credores garantidos vão adquirir 100% do patrimônio remanescente da Avaya. Os credores gerais não-garantidos da Avaya serão proporcionalmente rateados em um cash pool. O comunicado oficial destaca que a companhia “continuará honrando e mantendo seus planos de previdência qualificados nos EUA, que compõem a grande maioria das obrigações de previdência da Avaya, após o surgimento da insolvência; e a Avaya continuará honrando e assumindo seus dois acordos de negociação coletivas e todos os acordos relacionados”.
O próximo passo da recuperação da empresa é um pedido de que o Tribunal faça uma audiência no dia 25 de maio para apreciar a aprovação da Declaração de Divulgação relacionada ao plano. Após a aprovação da Declaração de Divulgação pelo Tribunal, a Avaya distribuirá o Plano e a Declaração de Divulgação aos credores votantes para sua deliberação.
“Nossas operações comerciais normais estão funcionando bem e continuamos a assinar renovações significativas e novos contratos com clientes”, acrescenta Kennedy. O balanço patrimonial consolidado da companhia tem agora mais de US$750 milhões em caixa, refletindo os recursos de financiamento DIP [devedor em posse] e a empresa diz ainda que possui fluxo de caixa positivo das operações. “Permanecemos confiantes em nossa capacidade de maximizar o valor para todas as partes interessadas e de completar a reestruturação do balanço assim que isso for razoavelmente possível”, aponta o executivo.
Caminho da reestruturação
O plano da Avaya mostra claramente que a empresa pretende superar as dificuldades. Diante de uma situação de insolvência, as empresas só têm dois caminhos. O mais imediatista é a venda de patrimônio, de maneira rápida, para fazer caixa. Outro caminho é procurar uma reestruturação da empresa, negociação das dívidas e traçar novos objetivos para a competitividade. A Avaya optou por esse segundo rumo.
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