O Google anunciou o Firmina, um cabo submarino aberto que está sendo construído pelo Google entre a costa leste dos Estados Unidos e Las Toninas, na Argentina – com direito a “escalas”, ou estações de pouso, em Praia Grande, no Brasil, e Punta del Este, no Uruguai. O Firmina será o cabo mais longo do mundo capaz de funcionar com uma única fonte de energia em uma de suas pontas, caso suas outras fontes de alimentação fiquem temporariamente indisponíveis.

Esta é uma importante medida de resistência num momento em que uma conexão confiável é mais essencial do que nunca.

Conforme as pessoas e empresas passam a depender de serviços digitais para diversos aspectos de suas vidas, o Firmina vai aprimorar o acesso aos serviços do Google para usuários na América do Sul. Com 12 pares de fibra óptica, o cabo vai transportar dados de forma veloz e segura entre as Américas do Norte e do Sul, oferecendo aos usuários acesso rápido e de baixa latência a produtos do Google, tais como Busca, Gmail e YouTube, bem como aos serviços do Google Cloud.



A capacidade do Firmina de funcionar com uma única fonte de energia em uma das pontas é importante, pois garante confiabilidade, uma das principais prioridades do Google para a rede. Num cabo submarino, os dados são transportados como pulsos de luz dentro de uma fibra óptica. Este sinal de luz é amplificado a cada 100 quilômetros por meio de uma fonte de energia de alta voltagem instalada nas estações onde o cabo chega em cada país. Cabos mais curtos aproveitam a energia disponível a partir de uma única ponta, contudo isso é mais difícil de fazer em cabos mais longos, com pares de fibra mais largos.

O cabo Firmina quebra essa barreira: ao conectar a América do Norte e do Sul, ele será o mais longo da história a incluir a capacidade de funcionar com uma fonte de energia em uma de suas pontas. Conquistar esse design altamente resiliente, que representa a quebra de um recorde, foi possível ao fornecer uma voltagem 20% maior para este cabo do que a utilizada em sistemas anteriores.

Celebrando os visionários do mundo
Assim como outros cabos já construídos, o Google quis homenagear uma pessoa essencial para o avanço da compreensão entre os seres humanos e da justiça social. O novo cabo foi batizado com o nome de Maria Firmina dos Reis (1825 – 1917), uma abolicionista e escritora brasileira cujo único romance, Úrsula, fala sobre a vida dos brasileiros negros durante a escravidão.

Negra e intelectual, Firmina é considerada a primeira romancista do Brasil e é motivo de muito orgulho para nós aproveitar o novo cabo submarino como forma de chamar atenção para o trabalho e o espírito pioneiros dessa mulher. Para saber mais sobre Firmina, veja este Doodle do Google.

Com o Firmina, a empresa já investiu em 16 cabos submarinos, tais como Dunant, Equiano e Grace Hopper, além de cabos em sistema de consórcio, como Echo, JGA, INDIGO e Havfrue.

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