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Governo do Reino Unido quer salários de CEOs cortados, em caso de incidentes cibernéticos

O governo do Reino Unido pode aprovar uma medida curiosa para forçar empresas a terem mais segurança cibernética e proteção contra hackers e cyberataques. A House of Commons, o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil, propôs uma série de recomendações sobre o tema e uma delas é que “uma parte da remuneração dos CEOs deve estar ligada à segurança cibernética eficaz.”

A medida faz parte de do relatório “Cyber Security: Protection of Personal Data Online”, sobre o estado da segurança cibernética do Reino Unido e foi proposta pela Comissão para a Cultura, Mídia e Desporto, da House of Commons. O documento foi gerado após diversos ataques feitos a companhias britânicas e que causaram prejuízo monumental a acionistas, trabalhadores e tiveram impacto na economia e imagem do país.

A ideia é bem simples, se a segurança digital da empresa for destroçada por hackers, isso deve ser um prejuízo, em primeiro lugar, para o bolso do principal executivo da empresa. Ele deveria tomar medidas, ou permitir que seus subordinados tomassem, para proteger a companhia e seus clientes.

O relatório cita como exemplo o ataque realizado na Talk Talk Telecom Group, que expôs informações pessoais de quatro milhões de clientes. Mesmo assim, o rendimento da CEO, Diana Mary “Dido” Harding, baronesa Harding de Winscombe, simplesmente triplicou após o incidente.

Os deputados consideram isso uma afronta à economia. Os bônus da executiva subiram enquanto as ações estavam despencando devido ao comprometimento da segurança cibernética. Boa parte do prejuízo que a empresa tomou foi tomando medidas para conter o estrago digital em seu negócio e na sua imagem.



O governo não parece querer deixar que o conselho das empresas fique à vontade para repetir isso nas empresas. “A cybersegurança se tornará uma prioridade somente quando a remuneração do CEO depender dela”, aponta o texto. O Parlamento quer forçar as empresas a considerar cibersegurança um item indispensável dos negócios, que deve ser olhada no dia-a-dia, e acredita que, indo pra cima dos supersalários dos CEOs conseguirá mudar o atual cenário de descaso.

Multas em cascata
O texto vai mais longe e sugere multas que se acumulam em caso de ataques provocados por descaso anterior. Por exemplo, uma invasão causada que teve como estopim uma senha de funcionário capturada anteriormente por meio de brechas no sistema, causará penalizações cumulativas para cada falha investigada.

Atualmente, o Reino Unido tem apenas multas de cerca de £ 1.000 (por volta de R$ 4.300) para violações de dados, o que é uma migalha se comparado ao lucro de algumas empresas e aos rendimentos de alguns CEOs.

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