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Ministério apoia pequenas empresas com tecnologias de combate ao Aedes

Um grupo de seis pequenas empresas de São Paulo está desenvolvendo repelentes, diagnósticos rápidos e armadilhas para captura do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, vírus zika e das febres amarela e chikungunya, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), um total de R$ 10 milhões será repassado às empresas para o desenvolvimento de novas tecnologias de combate ao Aedes. Elas foram selecionadas em chamada pública cujo resultado foi divulgado em janeiro.

Uma dessas empresas, a DC Química, está desenvolvendo um repelente natural com base no ramnolipídeo, um composto produzido a partir de bactérias. A substância era conhecida como um composto natural capaz de reduzir a tensão superficial de líquidos. É utilizado na indústria, principalmente em produtos de limpeza, como detergentes, pela capacidade de unir substâncias que não se misturam como água e óleo, e na indústria de cosméticos.

Segundo o diretor da DC Química, Bruno de Arruda Carillo, o produto deve chegar ao mercado em 2019. “O preço tem que ser acessível para que a gente possa ter penetração e aumentar o volume de venda. Os nossos clientes serão empresas do setor cosmético, fabricantes de repelentes. Estimamos que em dois anos consigamos disponibilizar amostras para empresas interessadas a fim de viabilizar a produção de repelentes à base desse composto”, explicou Carillo.

Para ele, o apoio da Finep e Fapesp é fundamental para acelerar o desenvolvimento e a entrada do produto no mercado. “Além do que, o custo de inovação é muito alto, e o retorno é longo e incerto. Fica muito difícil para empresas de médio e pequeno porte arcarem com isso sozinhas.”

Monitoramento eletrônico
O diretor-geral da Promip Consultoria e Assessoria em Agronomia, Marcelo Poletti, concorda. Na sua avaliação, esse tipo de apoio possibilita o desenvolvimento de pesquisas aplicadas em empresas de base tecnológica de pequeno e médio porte, “dando maior fôlego e agilidade para seus departamentos de pesquisa e desenvolvimento para a geração de inovações que contribuirão para melhorar a saúde da população”.



Segundo Poletti, a empresa está mapeando a resistência do mosquito a diferentes produtos químicos e biológicos em cerca de 140 municípios. “Com essa informação, vamos desenvolver e aplicar um sistema eletrônico de monitoramento e previsibilidade da evolução da resistência em populações de Aedes aegypti presentes em diferentes localidades. Também associaremos a essas informações kits rápidos para a detecção de populações resistentes. Esse material poderá ser comercializado para a União, estados e municípios que utilizarão a ferramenta para decisão de aquisição de produtos com maior eficiência para o controle do vetor em campo”, disse.

A previsão é que o serviço comece a ser comercializado em São Paulo em meados de 2018 e seja distribuído para os demais estados do país posteriormente.

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