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Operação Trojan Shield: uma operação policial global e a ferramenta de comunicação criptografada Anom

A Operação foi para aplicação de lei liderada pelo FBI dos EUA e pela Polícia Federal Australiana, e que envolveu forças policiais em todo o mundo

Por Jaya Baloo *

A Operação Trojan Shield foi uma operação para aplicação de lei liderada pelo FBI dos EUA e pela Polícia Federal Australiana, e que envolveu forças policiais em todo o mundo, como a Europol. Esta operação resultou em centenas de prisões, milhões de dólares em bens e contrabando apreendidos, além da interrupção de várias operações ilegais ao redor do planeta e resultando, entre outras coisas, no salvamento de vidas.

Esta é uma das campanhas globais por agentes policiais mais bem-sucedidas até hoje e seu sucesso se deve à execução da lei de forma inteligente, para atrair os criminosos quanto ao uso de um app de comunicação criptografada, que as próprias forças policiais construíram: o Anom.

O Anom é um aplicativo de comunicação criptografada, que os agentes policiais projetaram especificamente para ser usado por criminosos. O Anom fornecia comunicações criptografadas, como os criminosos queriam. Mas, como foi desenvolvido para fins de aplicação da lei, o app foi projetado para fornecer às forças policiais cópias completas das informações que os criminosos estavam transmitindo pelo Anom.

Essa tática proporcionou uma solução nova e engenhosa, para a questão das comunicações criptografadas que os criminosos usam. Em vez de tentar quebrar a criptografia por meios tecnológicos, os policiais usaram a engenharia social. Ao convencer centenas ou mesmo milhares de criminosos a fazer uso do app que os agentes policiais projetaram, essas agências não precisaram “quebrar” a criptografia das comunicações dos criminosos: os agentes policiais possuíam todas essas comunicações, o tempo todo.



Essa tática também tinha o benefício adicional de atrair os criminosos para uma falsa sensação de segurança. Sabemos por relatos que os criminosos eram menos cautelosos em suas comunicações, porque acreditavam que a criptografia estava protegendo as suas conversas.

Na verdade, foi. O problema aqui é que qualquer pessoa que crie um app de criptografia como esse, pode criar recursos para fazer cópias das informações que estão sendo criptografadas, sem quebrar a criptografia.

Toda essa operação mostra mais uma vez que as soluções tecnológicas são tão eficazes, quanto as pessoas que as usam e as constroem. Também mostra que há maneiras de abordar as preocupações legítimas que as forças policiais têm em relação à criptografia, sem colocar a segurança e a privacidade de todos em risco devido à uma criptografia fraca.

* Jaya Baloo é CISO da Avast

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