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Para dominar conteúdo, AT&T compra Time Warner por US$85,4 bilhões

A empresa de telecomunicações AT&T vai desembolsar US$85,4 bilhões para comprar a Time Warner. O anúncio do negócio que une telecomunicações, mídia e conteúdo, foi feito no apagar das luzes da passada, no sábado à noite, e gerou já diversas críticas durante o sábado e domingo. A transação é tão grande e tão concentradora de poder que pode ser uma dor de cabeça para os órgãos fiscalizadores antitruste americanos.

A transação deve ocorrer metade em dinheiro e a metade em ações, tomando-se como referência o preço de US$ 107,5, mas só deve ser completada no final de 2017. O presidente da AT&T, Randall Stephenson está confiante e disse, na noite de sábado, em coletiva para a imprensa, que “não há prejuízos para a concorrência.”

Não é o que pensam analistas e os candidatos à presidência dos EUA. A eleição ocorre em 8 de novembro e o anúncio do negócio bilionário pautou imediatamente Hillary Clinton e Donald Trump. A candidata democrata disse que tentará barrar a criação da super corporação de telecomunicações e conteúdo. Trump disse em um comício, que “é muito poder concentrado nas mãos de poucos”.

Analistas já apontam que a vida dos concorrentes ficará mais difícil. Empresas comom NBCUniversal, Fox e Walt Disney perderiam força por estarem fora do novo jogo que une operadora de telecomunicações e produtor de conteúdo sob uma única empresa.

Se aprovado pelos órgãos reguladores, a AT&T terá controle de conteúdos de gigantes da audiência, como HBO e CNN (na TV a cabo), Warner Bros (no cinema), Time (revista), Hanna Barbera, DC Comics, além de uma série de empresas coligadas e criadas em parceria com outras companhias (como o Canal CW, com a CBS). A lista é imensa e pode afetar desde a música até os esportes e jornalismo.



Concorrência em silêncio
NBC Universal, que é controlada pela Comcast Corp, a Fox e a Disney – consideradas as principais afetadas pelo negócio – ainda não comentaram a fusão.

Telecomunicações e conteúdo é o que levou a também operadora Verizon a comprar o Yahoo. O negócio foi anunciado no meio do ano, mas as recentes complicações de vazamentos da ex-símbolo da internet podem fazer a negociação ser cancelada. No ano passado, a Verizon também comprou a AOL, para fortalecer seu negócio de conteúdo.

O caminho do conteúdo já tinha ficado claro em 2011, quando a Comcast comprou os estúdios NBC. As operadoras começaram a sentir que manter apenas as redes e vender telefones não era algo que duraria para sempre. Mas as redes, o conteúdo, a propaganda on line em conjunto com as ferramentas modernas de análise de comportamento e consumo para alavancar estratégias de marketing, fariam todo o sentido nos anos seguintes.

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