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Trump coleciona trapalhadas em cibersegurança no começo de mandato

Poucos dias após sua posse como novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já coleciona graves brechas de cibersegurança que podem colocar as informações de seu governo em risco. É difícil citar uma que seja mais absurda, apesar de uma delas ser clara amostra de sua teimosia e arrogância. Trump não larga, e se recusa a trocar, seu velho smartphone Samsung Galaxy S3, com sistema operacional Android ultrapassado.

Após os escândalos de espionagem internacional que envolveram diversos países, a partir de 2013, governantes de várias potências começaram a ter mais cuidado com seus telefones móveis. Modelos mais recentes e seguros são preferência e, mesmo esses, carregam embutidas algumas ferramentas de criptografia e bloqueio de invasões, além das atualizações dos próprios fabricantes dos sistemas operacionais.

O Galaxy S3 de Trump é, provavelmente, de 2012, e não recebe mais atualizações, deixando diversos buracos de cibersegurança que podem ser explorados. O presidente americano também é um usuário contumaz de redes sociais, principalmente o Twitter, e a preocupação que ele clique em um link falso ou seja alvo de hackers é grande.

Trump contou que ainda usa o aparelho em uma entrevista ao New York Times. Revelação que contradiz um anúncio oficial de que ele teria trocado o smartphone por um mais seguro e indicado pelo serviço secreto americano.

Mais brechas
Não é o único problema de cibersegurança já escancarado por esse governo novo. Funcionários do alto escalão da Casa Branca estão usando endereços pessoais de e-mail para fazer login em contas oficiais de Washington nas redes sociais. A prática é absurda para pessoas que controlam a maior economia do mundo e o maior sistema de espionagem do planeta.



As contas são, em geral, do Gmail, uma nuvem pública que tem razoável segurança para seus usuários. Mas nada que se compare ao aparato que os serviços secretos e os e-mails do governo americano podem fornecer. Os perfis oficiais não possuem autenticação de dois fatores, o que facilita qualquer ataque.

O caso ganha contornos de trapalhada porque um dos fatos que mais marcaram a disputada eleição americana de 2016 foi o vazamento de informações confidenciais dos e-mails inseguros do Partido Democrata e da rival de Trump, Hillary Clinton. O escândalo foi determinante para sua derrocada final na campanha.

Para comandar a cibersegurança dos Estados Unidos, Trump nomeou o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, um político que é idolatrado por eleitores da mesma linha que elegeu o republicano, é considerado um administrador hábil e negociador duro. Contudo, não exibe qualquer predicativo para segurança digital. Seus sites pessoas foram identificados como vulneráveis, cheios de falhas por falta de atualização e manutenção.

Giuliani não foi capaz de criar uma política de cibersegurança para si próprio e, recentemente, virou motivo de piada ao mostrar que desconhecia o app de mensagem criptografada Signal – famoso entre adolescentes, jornalistas e mesmo políticos – antes de ser escolhido para o novo cargo.

Junte-se a isso o que parece ser o escorregão mais significativo de sua cibersegurança. Durante essa semana, o secretário de imprensa e porta-voz oficial da Casa Branca, Sean Spicer, publicou dois posts enigmáticos no Twitter. O conjunto de letras e números desconexos se assemelha muito com uma senha de login.

As trapalhadas estão assustando o mundo da segurança da informação e põem sérias dúvidas sobre a eficácia de qualquer política de cibersegurança da maior nação do mundo. Os EUA têm especialistas de primeira linha para aconselhar o novo presidente, se ele aceitar os erros e a ajuda.

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