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Apps e celulares tiraram mercado de conteúdo dos navegadores

O celular vem mudando o modo como consumimos conteúdo e tirando mercado dos navegadores da web (browsers). A constatação é mostrada em uma pesquisa da Flurry, uma empresa mobile pertencente ao Yahoo. Os dados indicam que o uso de apps instalados nos aparelhos móveis cresceu 50% entre 2013 e 2015. O tempo gasto no consumo de conteúdo digital subiu 35% nos apps e caiu 50% nos navegadores. Somenet 10% do tempo gasto é em browsers, caindo de 14% um ano atrás.

A segregação entre as duas formas de acesso tem relação direta com os meios de comunicação e a indústria de conteúdo e mídia. Historicamente, esses setores concentram-se em chamar a atenção do público e captar audiência por meio de motores de buscas. Mas os apps podem fazer a ligação direta entre o consumidor final e o conteúdo, sem passar pelos buscadores, propagandas on line, etc. O desafio para essas empresas é descobrir novas abordagens para a aquisição de tráfego com esse cenário de domínio do mobile.

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Navegadores ficam para trás e consumo de conteúdo nos apps avança. Clique para aumentar.

Quando especialistas apontam que a mobilidade é um desafio para todos os setores, às vezes os executivos envolvidos não conseguem enxergar o tamanho do precipício a atravessar. A pesquisa da Flurry é avassaladora para quem duvida das transformações do mobile. Enquanto todos os apps apresentam crescimento, navegadores como Chrome e Safari mostram desempenho pífio.

Jogos, TV e lucros
Outra curiosidade dos números é a queda no consumo de games. Aparentemente, os apps de mensagens, mídias sociais e apps de entretenimento estão tirando mercado dos jogos. Não é por acaso que a produtora do Angry Birds está em dificuldades.

O YouTube, considerado entretenimento, cresceu 8% em um ano, com tempo médio de 44 minutos por dia. É mais do que muitos programas de TV. O Youtube tem um app. Enquanto isso, os programas de TV têm….uma TV.



Messaging e social cresceram 28%, numa curva ascendente já de alguns anos. Tumblr (plataforma de blog do Yahoo), Facebook e SnapChat são os responsáveis aqui por esse aquecimento. E todos tem algum app mobile.

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Navegadores têm desempenho pífio no consumo de conteúdo on line. Clique para aumentar.

No meio desses resultados alarmantes para quem ainda pretendia ficar parado no negócio com a cara da internet da década pasada, há um dado animador. Os consumidores estão dispostos a pagar pelo conteúdo que acessam pelos apps. O preço varia e tem relação com o benefício enxergado. Não é um sinal de que as empresas podem parar no tempo, mas é um aviso claro de que há faturamento se darem um passo em direção ao novo modelo de mercado.

A pesquisa foi divulgada no encontro de desenvolvedores do Yahoo e você pode ver mais gráficos no blog da Flurry.

 

 

 

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