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As tecnologias vanguardistas na logística dos e-commerces

Em tempos de pandemia, com o e-commerce mostrando cada vez mais a sua força e amplitude, a transformação digital é justamente a principal ferramenta

Por Bruno Noale *

Drones e veículos autônomos estão ganhando espaço nos noticiários – e junto aos consumidores – como novas e revolucionárias formas para fazer as desejadas encomendas chegarem às mãos de seus compradores. São as mais recentes inovações tecnológicas que colocam o segmento de logística entre os setores que estão se reinventando rapidamente, focados na oferta dos melhores serviços para se manterem cada vez mais competitivos.

Em tempos de pandemia, com o e-commerce mostrando cada vez mais a sua força e amplitude, a transformação digital é justamente a principal ferramenta das empresas de logística que querem não só atender bem seus clientes, como expandir seu mercado. Este ano, sete tendências tecnológicas estão dominando a cena e proporcionando mudanças – para muito melhor – dos serviços que poderão ser contratados pelos lojistas virtuais. Alguns já disponíveis, outros com o futuro batendo à porta.

Machine Learning – Um dos principais fatores para o sucesso das empresas logísticas é a capacidade de tomar decisões rápidas quanto à otimização de rotas, gestão, rastreamento de entregas, comunicação entre a cadeia de supply chain e questões que envolvem grande quantidade de dados. Daí a importância do emprego de Machine Learning – tecnologia que usa a Inteligência Artificial para que as máquinas aprendam sozinhas e realizem esses processos de forma autônoma. 

Internet das Coisas (IoT)
Ao permitir conectar aparelhos e ferramentas de forma simultânea na internet, a tecnologia de IoT (Internet of Things) acelera e torna eficientes processos como o monitoramento e rastreio de cargas em tempo real, gestão de estoque e o controle sobre a frota de veículos. Também auxilia na segurança da logística ao permitir o uso de sensores nas cargas e sistemas online de monitoramento de jornadas dos motoristas.



Drones
Embora ainda incipiente, o uso de drones tem um grande potencial para mudar o conceito de last mile (última milha), e tem se mostrado sinônimo de economia e acessibilidade para a logística. A tecnologia apresenta benefícios atrativos para transporte de encomendas leves. No Brasil, o primeiro teste feito em Campinas (SP), em 2020, reduziu de 12 para 2 minutos o tempo de entrega de comida. Algumas grandes empresas, como Walmart, Amazon e a rede de pizzaria Domino´s vêm fazendo testes contínuos com eles.

Veículos Autônomos
Apesar dos sistemas GPS, que proporcionam a localização exata de uma carga e a estimativa correta dos prazos de entrega, também permitirem o uso de veículos autônomos, essa tendência ainda está um pouco distante da realidade brasileira pela falta de infraestrutura e legislação. Para a logística, poderiam trazer benefícios como a otimização no controle de estoque e a redução de custos no transporte que influencia no preço final do produto.

Entrega em poucas horas
A entrega super-rápida de encomendas vai ao encontro dos desejos dos consumidores, mesmo que custe mais caro. É uma das tendências deste ano que está sendo posta em prática por grandes empresas e está se transformando rapidamente em necessidade para o e-commerce. É preciso notar que o modelo é desafiador, e exige mais tecnologia, com uso de softwares de gerenciamento.

Dark Stores
Cada vez mais os locais menores estão ganhando espaços. Localizados em grandes centros urbanos, exclusivos para armazenamento, separação e envio de produtos do e-commerce, eles facilitam a entrega em poucas horas ou até no mesmo dia. Oferecem redução de custos, agilidade na entrega e facilidade na implementação, além de gastos de construção e operacionalização menores, se comparados com o de uma loja física.

Marketplaces com logística própria
Os últimos anos assistiram uma agressiva expansão dos Marketplaces – recente pesquisa da Ebit/Nielsen mostra que ocupam 78% de participação no comércio online B2C (Business to Consumer). A crescente adesão dos vendedores aos Marketplaces fez com que o volume de encomendas transacionadas na plataforma também aumentasse. Como resultado, alguns players passaram a oferecer sua própria logística, com preços e prazos competitivos, e alguns estão comprando players de logística, para otimizar ainda mais o serviço de entrega. Essa é uma tendência que pode ser um risco aos demais players do mercado, pois os vendedores acabam sendo “obrigados” a utilizarem o serviço logístico oferecido pelos Marketplaces.

É muito importante observar as principais tendências logísticas para começar a agir imediatamente. Mas a maior tendência continua sendo a de oferecer o melhor serviço possível. Hoje, isso não significa apenas atingir as expectativas dos clientes e do mercado, mas ultrapassá-las e ir além do esperado. Claro que inovar exige investimento, mas é possível focar no que está ao seu alcance e evoluir aos poucos. Afinal, até a Amazon começou pequena.

* Bruno Noale é vice-presidente Comercial e de Operações e CCO da Mandaê

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