Home Cultura Brasil ainda tem logo caminho a percorrer em acessibilidade

Brasil ainda tem logo caminho a percorrer em acessibilidade

A última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2019, revela que o país tem 17,3 milhões de pessoas acima de dois anos de idade com deficiência em uma ou mais funções, considerando as visuais, auditivas, motoras e intelectuais. Em parceria com o Ministério da Saúde, o estudo indica que este número representa 8,4% da população na faixa etária em questão. Entra-se, a partir desses dados, em uma discussão importante sobre a acessibilidade no Brasil.

A constituição federal tem na Lei nº 13.146 a garantia de direito ao trabalho para pessoas com deficiência, mas a própria PNS mostra que pouco mais de 25% da população com 14 anos ou mais têm trabalho de carteira registrada, contra 57% da população em geral, um desnível marcante entre os grupos.

Mas fato é que a constituição realmente não protege os portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida no Brasil. Ruas e calçadas esburacadas são vistas em pequenas e grandes zonas urbanas do país. Vias com desníveis e sem espaço para transitar seguramente; ausência de rampas, elevadores e em diversos locais das cidades como ônibus e metrôs, entre outras mazelas e desrespeitos com a população ainda são, infelizmente, realidade comum. O mesmo acontece com estabelecimentos comerciais.

Se faltam dados para comprovar o quanto Brasil é atrasado em acessibilidade, sobram exemplos do exterior que estão aí para escancarar a precariedade do país. Japão e Canadá são dois países que deixam brasileiros boquiabertos com tamanha estrutura para cadeirantes e portadores de outras deficiências. Calçadas rebaixadas e com rampas, vias públicas preparadas para passagem dos pedestres, semáforos com avisos sonoros e transporte público totalmente adaptado para cadeirantes são evidências dignas de aplausos dos países asiático e norte-americano.

No entanto, um olhar mais atento às minorias coloca o Brasil em rota de avanço na questão da acessibilidade. Ainda há uma longa estrada a ser percorrida, mas é nítido o volume de itens que apontam uma preocupação um pouco maior dos setores público e privado para a melhoria de vida dos portadores de deficiências.



A lista de prioridades do Planalto em 2022 tem 45 propostas. Uma delas é um Projeto de Lei que amplia a acessibilidade à leitura para pessoas com deficiência, o PL 4315/21. No Rio de Janeiro, foi lançado um festival de folia acessível que engloba diversas festas, o chamado Festival Acessibilifolia, englobando carnaval, festas juninas, bandas de frevo, Boi Bumbá, entre outros. O Senado aprovou a criação de bula digital que traz mais facilidade aos portadores de deficiência visual e cognitiva.

Já o Guia de Atividade Física para a População Brasileira trouxe uma inovação para a Atenção Primária, porque considera a acessibilidade de informação como um ponto forte para disseminar esse material para os brasileiros. No fim de 2021, o presidente do país, Jair Messias Bolsonaro, assinou um acordo que prevê tradução de livros para Braille. O decreto prevê medidas de acessibilidade para adaptar obras literárias às necessidades especiais de pessoas com deficiência visual. Nesse campo, certamente qualquer conquista tem de ser exaltada.

Brasil ainda tem logo caminho a percorrer em acessibilidadeBrasil ainda tem logo caminho a percorrer em acessibilidadeBrasil ainda tem logo caminho a percorrer em acessibilidadeBrasil ainda tem logo caminho a percorrer em acessibilidadeBrasil ainda tem logo caminho a percorrer em acessibilidadeBrasil ainda tem logo caminho a percorrer em acessibilidade



Previous articlePlanejamento estratégico das empresas deve incluir a logística reversa
Next articleConsumo virtual de atividades culturais cresce na pandemia
Diretor de Conteúdo do Portal Vida Moderna