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E os planos para cloud da Oracle deram certo, embora não pareçam ainda

Uma característica das mudanças de paradigma na tecnologia é a rapidez com que velhos modelos de negócio afundam enquanto os novos surgem com força descomunal. Nessa passagem que vivemos hoje da transformação da TI tradicional para a cloud (e também com mobile, digital, social e analytics) não é diferente. Então, para ver se uma gigante antiga da TI tem condições de sobreviver, podemos simplificar a análise olhando seus números e escolhas para o futuro. E nesse ponto a Oracle mostra que deve passar sem grandes problemas da velha TI para a nova TI.

Durante o Oracle OpenWorld, evento anual da companhia que ocorre durante essa semana em São Francisco (EUA), a tradicional marca da TI lançou mais de 20 produtos para a Oracle Cloud Platform, incluindo vários para plataforma como serviço (PaaS) e software como serviço (SaaS). Para reforçar o posicionamento, divulgou ainda seus planos para intelligent apps, containers e analytics.

No pacote de novidades está, por exemplo, o Oracle Analytics Cloud. Uma suite de alta performance para análise de grandes volumes de dados, com escala e uma série de ferramentas de captura de informações, discovery, data visualization e colaboração. Há também modelos prontos de machine learning e KPIs para rodar no negócio dos clientes.

E, para completar, como se fosse a cereja do bolo, teve aquela tradicional estocada nos concorrentes que o fundador da empresa e atual chairman e CTO, Larry Ellison, adora dar. Desta vez, o alvo foi a Amazon com seu serviço de cloud líder de uso no mercado, o AWS. Em resumo, a Oracle quis mostrar para o mercado que: escolheu a cloud, percorrerá esse caminho com orgulho e investimentos, e é bom que quem seja contra isso saia da frente porque ela vem com a carga toda.

Olhando os números
O balanço da empresa mostra que talvez não houvesse outra opção. O caminho era mesmo a nuvem. A TI tradicional mostrava queda há muito tempo e, para dizer a verdade, a Oracle até demorou mais do que devia para abraçar a nuvem. Em 2012, a receita reportada foi de US$ 37,12 bi. Daquele ano para cá, os números gerais não mostraram grande desempenho e apontam que as mudanças de rumo eram urgentes. O último ano fiscal, terminado em maio, trouxe US$ 37,05 bi de receitas.



Essa estagnação foi causada principalmente pela TI legada, aquela vida de épocas douradas que talvez não existam mais. O último balanço trimestral aponta bem para isso. As receitas de produtos ligados _à cloud cresceram 59% enquanto a TI tradicional, incluindo a venda de software, ficou praticamente parada. A parte de hardware, herdada em grande parte da compra da Sun, está uma decepção.

O caminho para a Oracle é mesmo a nuvem. O problema é que ainda não dá pra comparar a empresa com a Amazon, que praticamente nasceu com a cloud e fatura várias vezes mais com isso. E é aí que entram as tradicionais estocadas do fundador da Oracle. Larry Ellison disse, no evento, que a plataforma de nuvem da Oracle “irá esmagar a Amazon”. Certamente uma figura de linguagem para mostrar que a empresa escolheu o caminho futuro a seguir. É a cloud.

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