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Onde começa a Transformação Digital?

* Por Jacqueline Gimenez

Mobilidade, Big Data, Internet das Coisas (IoT) e Cloud Computing, de fato, a economia global do século XXI começou digital e continua em processo de aceleração. Mas, apesar dos avanços tecnológicos, dos ambientes virtualizados à explosão do consumo de tecnologias móveis, como os smartphones, a Transformação Digital aplicada de forma estratégica ficou para trás, aparecendo somente agora nos radares corporativos.

E, independente do segmento, seja no setor bancário, nas telecomunicações ou no governo, os líderes e tomadores de decisões devem se fazer as perguntas mais relevantes sobre o processo digital: De que forma somos digitais? Qual é nossa maturidade digital? Quem está usando papel onde deveríamos ser digitais?

Segundo pesquisa do grupo McKinsey&Company, empresa global de consultoria de gestão de mercado, as empresas estão preocupadas em aumentar a eficiência em 5 a 10% nos próximos três a cinco anos. E essas metas podem ser mais facilmente atingidas com a substituição de processos internos manuais por fluxos de trabalho digitais.

Quando você usa uma abordagem abrangente para a forma como os sistemas se integram, ocorre a eficiência. Basta imaginar, o que aconteceria se o sistema de gerenciamento de recursos de sua empresa, o sistema de gerenciamento de recursos do cliente e os sistemas de automação de fluxos de trabalho estivessem todos conectados? E se as atualizações de dados acontecessem em tempo real em todos os sistemas?



As empresas ainda se esforçam para entender como uma estratégia de Transformação Digital pode ser aplicada nos setores de marketing, operações, vendas e resultados finais. E para isso elas precisam avaliar seu quociente digital: O quanto a organização é digital, e o quanto precisa ser automatizado para adotar a transformação digital.

Analistas e influenciadores estão prestando atenção ao mundo digital moderno. O grupo McKinsey desenvolveu uma métrica para avaliar a maturidade digital de dentro das organizações, chamada de quociente digital, que avalia 18 práticas relacionadas à estratégia, recursos, organização e talentos, e cultura digitais.

À medida que mais organizações idealizam uma experiência totalmente digital e se empenham em aplicar processos digitais, oferecer recursos modernos e promover uma cultura de crescimento e mudança, a maneira como elas atingem suas metas se torna uma questão exaustiva.

Mas e se a questão não fosse como, mas onde? E se as soluções baseadas em localização fossem realmente adequadas ou fornecessem a chave para a transformação digital bem-sucedida?

A tecnologia dos Sistemas de Informações Geográficas (do inglês Geographic Information System – GIS), que inclui sistemas empresariais, soluções baseadas em nuvem, aplicativos e recursos móveis, é fácil de usar e permite que as empresas trabalhem com mais eficiência. Isso melhora muito a maneira como as empresas podem aumentar seu quociente digital.

Mas, por que o GIS? Porque a melhor abordagem digital possível começa de forma holística. Mapas e localizações atuam como a estrutura de integração de diversos sistemas. No back-end, onde os sistemas são criados e gerenciados, a tecnologia GIS integra o sistema de gerenciamento de relacionamento com clientes (CRM), Business Intelligence (BI), gerenciamento de registros, gerenciamento de ativos e muitos outros sistemas. Enquanto no front-end, onde os trabalhadores e clientes consomem informações de dispositivos móveis, computadores e a IoT, os mapas atuam como a perfeita plataforma que conecta todas as informações para oferecer às pessoas o que elas precisam.

Tempo real
Forneça aos líderes executivos e tomadores de decisões um painel com dados atualizados em tempo real. Às equipes de campo e aos representantes de atendimento ao cliente, entregue comunicação via dados móveis. E aos analistas, ofereça análises sofisticadas para a execução de algoritmos, modelos e cálculos que fogem do usual. E disponibilize tudo isso em mapas, que são intuitivos e oferecem discernimento e compreensão visuais. As pessoas processam as informações mais rapidamente quando elas são visuais, e os mapas facilitam a visualização de padrões que não aparecem em planilhas e tabelas.

O GIS oferece uma solução digital completa que é fácil, ágil, conectada e responsiva. A tecnologia avançada revela um tipo de capacidade da localização que atua como o núcleo do processo digital permitindo a interação com o cliente, o suporte a decisões, a mobilidade em campo, análises de alto nível e o gerenciamento de dados. E faz isso revelando os dados que sua organização já tem, provenientes de sistemas como os descritos acima, CRM, B.I., entre outros.

Resumindo, o GIS atende às necessidades variáveis de funcionários e clientes em termos de acesso a dados, a qualquer hora e em qualquer lugar, em aplicativos fáceis de usar. Ao mesmo tempo, abrange sistemas de toda a empresa que substituem processos repetitivos e obsoletos que são demorados e propensos a erros. Em vez de a equipe coletar dados em papel ou em sistemas isolados, ela pode usar a tecnologia de mapa para criar uma plataforma para a coleta de dados. Isso torna os dados disponíveis para toda a organização e seus parceiros externos, e economiza de forma expressiva o tempo em relação à entrada de registros em papel ou ao processamento de solicitações de dados entre departamentos.

As empresas inovadoras de hoje em dia se baseiam na localização para a transformação digital. Por exemplo, a Walgreens, uma das maiores redes de farmácias dos EUA., utiliza processos digitais baseados no GIS para avaliar, em tempo real, os níveis de estoque de medicamentos para gripe em cada ponto comercial, para otimizar os níveis de abastecimento e as vendas. Um abastecimento de produtos em tempo real oferece um atendimento de alta qualidade aos clientes e ajuda uma organização, como a Walgreens, a ser mais lucrativa.

No setor bancário, a tecnologia GIS acelera e otimiza a avaliação de riscos, o planejamento de resiliência, a localização de instalações e o marketing. Os bancos podem mapear transações financeiras de acordo com a origem, o destino, o valor e o cliente para identificar atividades fraudulentas. O GIS revela também o contexto por trás dos dados, como, por exemplo, onde o alcance do marketing é mais eficiente, onde há concorrência, onde há inadimplências em empréstimos ou os impactos de mudanças demográficas.

Empresas de transportes gerenciam suas frotas com dados em tempo real relacionados às condições das estradas ou do clima, e isso lhes permite tomar decisões mais assertivas sobre como gerenciar seus ativos.

As empresas da Telecom podem mapear áreas de serviço, métricas de clientes e iniciativas de marketing para garantir que o alcance esteja de acordo com a necessidade e as oportunidades de crescimento em locais específicos. Visualizar dados de Big Data em um mapa ajuda as empresas a responder a perguntas como: Onde podemos conquistar novos clientes? Qual é a área ideal para expansão? Onde precisamos atualizar equipamentos para melhorar o serviço?

Cada vez mais setores, empresas e entidades governamentais reconhecem o valor de processos digitais. Eles estão começando a ver uma necessidade de planejamento estratégico em oposição à execução tática de recursos digitais. O GIS serve como o ponto de partida perfeito, já que pode oferecer recursos em toda a empresa e integrar-se facilmente aos sistemas existentes. Além disso, fornece a interface intuitiva perfeita tanto para as equipes de trabalho como para os clientes. Se quiser abordar a era da Transformação Digital, não pergunte como. Pergunte onde.

* gerente global de Marketing da Esri



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