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Os fracassos mobile que não superaram o Android e o iOS

A Mozilla anunciou hoje, 3 de fevereiro, que deixará de lado o projeto Firefox OS, voltado para mobilidade. O falecido junta-se a uma enorme lista de tentativas de dominar o negócio dos sistemas operacionais para dispositivos mobile. E ele vai ter boa companhia.

O mundo da tecnologia é cheio de grandes promessas. Algumas se realizam, mas outras viram retumbantes fracassos. Todo começo de tendência é a mesma coisa. Uma série de concorrentes surgem para conquistar mercado e fãs. Mas o tempo vai passando e quase todos ficam pelo caminho. Um dos maiores exemplos desse ciclo é como o segmento de sistemas operacionais mobile chegou a somente dois players – Android, do Google, e iOS, da Apple.

Olhando de hoje, parece incrível que grandes empresas, com vultuosos investimentos, tenham ficado de fora. Na época, eram terríveis concorrentes e tinham até mais participação de mercado e espaço na mídia do que Google e Apple. O fracasso deles é um grande exemplo de como funciona o mercado da tecnologia. Eis uma lista dos principais concorrentes que sucumbiram.

Web OS
O sistema parecia robusto e adequado ao negócio de mobilidade que mal tinha começado. Surgido na falecida Palm (a empresa que teve todas as condições para dominar o mercado de dispositivos portáteis e simplesmente jogou tudo pela janela), o Web OS era baseado em Linux e se mostrou extremamente eficiente nos handhelds (você ainda lembra o que é um?). palmos

Quando a HP comprou a Palm, o desenvolvimento continuou, embora não com tanta força. A HP tinha dispositivos de mão da Compaq e eles estavam atrelados ao Windows. O fim do Web Os foi ser comprado pela LG e ser transformado em um sistema para TVs inteligentes.



Meego
Nokia e Intel juntas. Somente isso gerava grande expectativa no mercado mobile. Ambas marcas estavam no auge incontestável de um mercado de tecnologia que preparava-se para ser mobile, em 2010. Também resultante do Linux, o sistema juntou os projetos, comunidade de desenvolvedores e investimentos independentes das duas gigantes – Moblin e Maemo. Tinha tudo pra dar certo, mas foi um fracasso. Falta de planejamento das empresas fizeram o sistema ser lançado em um tablet de marca desconhecida somente na Alemanha. Os smartphones Nokia saíram com Maemo em vez de Meego. A pá de cal no projeto foi uma série de memorandos que desqualificavam o Meego e mostravam que a Nokia tinha acertos para usar o Windows, da Microsoft, na mobilidade.

Windows Phone
O sistema da Microsoft para mobile deve ser conhecido no futuro como uma das maiores sequências de péssimas decisões tomadas por um executivo importante. Foi lançado em 2010, algo considerado tardio para uma empresa que vivia de lucros do sistema operacional para desktops e tinha informações, dinheiro, desenvolvedores e poder para mudar os rumos mais cedo. O projeto era bom, o visual de caixas deslizantes era ótimo. Tudo era elogiável. Mas os problemas começaram muito cedo e foram se acumulando. windowsphone

A empresa não deu importância para apps, a loja ficou muito tempo praticamente vazia. As parcerias com fabricantes não foram suficientes. O CEO da empresa estava mais interessado em mercados tradicionais da empresa. A confusão começou a atrapalhar o desenvolvimento e críticas à integração começaram a pipocar. Em pouco tempo, os elogios viraram uma reencarnação do ódio contra o Windows para desktop. Ninguém fez nada e o Windows Phone, apesar não estar completamente morto, é uma carta fora do jogo atual. Seu legado de honra é o belo visual dos sitemas Windows 8 e 10 para notebooks e tablets.

Symbian
Pré-histórico, foi lançado em 1997 e passou bem pela mobilidade antes dos smartphones. Era bom para celulares antigos. Não suportou a evolução do mercado e não teve também qualquer incentivo das várias empresas que já puseram a mão nele. O Symbian passou pela Nokia, Aceenture e Microsoft, além de estar em devices de dezenas de marcas. Foi descontinuado oficialmente em 2012, embora tenha sobrevivido em alguns modelos de celulares japoneses até 2014 e o suporte tenha ido até 2016.

BlackBerry 10
Outra empresa que teve tudo para dominar o mercado de tecnologia móvel e desperdiçou as chances por ter sido seduzida pelo sucesso momentâneo. A empresa canadense praticamente dominava sozinha o mercado de celulares no mundo corporativo. Era a queridinha de executivos. blackberry10

Aparelhos e sistema operacional eram bons. O que aconteceu? Perdeu o timing. Sentada nos louros da dominação do mercado, a companhia não viu os concorrentes avançarem. O teclado de botõezinhos ficou antiquado frente ás telas touch, o design não evoluiu, foi outra que esqueceu dos apps, a base de usuários começou a escorrer e ninguém fez nada. Hoje, a empresa tenta sobreviver mudando de rumos para serviços e licenciou a marca para outra fabricante.

FirefoxOS
Levado pela Mozilla, foi cancelado em fevereiro de 2017. Durou só seis anos de promessas não concretizadas. Era para fazer parte de smartphones top de linha em segurança e praticidade. Nem chegou perto. Em 2016, a Mozilla mudou o foco para a internet das coisas. Um ano depois, desistiu e largou o projeto para a comunidade de software livre. É difícil prever o que irá ocorrer.

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