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Se clientes descuidam da segurança, bancos devem assumir essa proteção e ousar

Mais da metade das transações realizadas pelas instituições financeiras do Brasil já é realizada pela web e o canal digital que mais cresce no País é Mobile Banking, que só perde para o Internet Banking. A explosão do uso da mobilidade no setor deverá obrigar bancos a investirem em novos mecanismos de segurança como biometria facial para proteger a clientela que faz operações pelos smartphones e tablets.

Se clientes descuidam da segurança, bancos devem assumir essa proteção e ousar
Mobilidade e segurança: dois grandes impulsionadores dos projetos de transformação digital dos bancos

De acordo com a pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre tecnologia bancária de 2015, mais de 50% das 54 milhões de transações financeiras realizadas no ano passado foram por canais digitais. O Internet Banking lidera as operações, responsável por 33% da movimentação das instituições pela web. Mas a preferência por esse meio apresentou uma queda de dois pontos percentuais na comparação com 2014 e declínio de 8% em relação aos dados de 2013.

Já o Mobile Banking, que é o segundo canal digital mais utilizado pelos clientes dos bancos, mais que dobrou a participação, passando de 10% em 2014 para 21% no ano passado. Em 2015, o banco móvel registrou 11,2 bilhões de operações financeiras, com salto de 138% sobre as 4,7 bilhões de transações reportadas no ano anterior.

Desafios da segurança com clientes digitais
O crescimento do Mobile Banking nas operações financeiras é reflexo do avanço da mobilidade no Brasil. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontam que o País conta com mais de 255 milhões de celulares ativos (balanço de Maio/2016), sendo que mais da metade são dispositivos conectados às redes de banda larga.

Para os bancos, o aumento vertiginoso de dispositivos móveis no Brasil é uma oportunidade para melhorar a experiência de clientes conectados e ampliar a capilaridade dos serviços financeiros, podendo chegar à população desbancalizada com redução de custos.



A mobilidade é um dos grandes impulsionadores dos projetos de transformação do setor para tornar 100% digital. É uma iniciativa desafiadora, considerando que o cliente conectado nem sempre se preocupa com blindagem de seus dispositivos móveis.

Luis Delphim, responsável pela vertical financial da Unisys Brasil, avalia que as instituições terão de investirem mais em mecanismos de segurança para reduzir os riscos durante as transações pelo Mobile Banking.

O executivo observa que antes as instituições cobravam muito dos clientes de desktop a responsabilidade de manter as máquinas protegidas com antivírus e módulos de segurança atualizados do banco. Com os usuários de dispositivos móveis fica difícil exigir esse comportamento. Isso porque ainda são poucos os que instalam aplicativos de segurança e sistemas de criptografia em seus aparelhos, fazendo com que os clientes fiquem mais vulneráveis.

Clientes com dispositivos móveis exigem outra estratégia de segurança por parte dos bancos
Clientes com dispositivos móveis exigem outra estratégia de segurança por parte dos bancos

Conscientizar os clientes
Diante desse cenário, os bancos deverão redobrar atenções com os clientes de smartphones. Primeiro, terão de educá-los para que se conscientizem da necessidade de proteger seus aparelhos móveis, que também estão se tornando carteiras eletrônicas, carregando moeda digital para fazer pagamentos, sem necessidade de cartão de débito ou crédito físico.

Entre as tecnologias de segurança que Delphim acredita que os bancos vão levar para o Mobile Banking é a biometria facial em 3D para reconhecer o cliente, eliminando as senhas tradicionais, como já acontece em caixas eletrônicos, com uso da impressão digital.

Devem entrar em cena também os softwares que vão esconder os IPs dos dispositivos móveis durante o acesso ao banco. Os bancos deverão ainda reforçar uso de firewall e de criptografia forte para proteger o Mobile Banking contra ameaças virtuais.

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