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Tribunal inglês decide que motorista do Uber é funcionário sim

A corrida do Uber para se consolidar como uma empresa transformadora e de vida longa acaba de ver surgir um imenso obstáculo a sua frente. O judiciário do Reino Unido decidiu, nesta sexta-feira, 28 de outubro, que os motoristas dos carros pretos que levam o logo da empresa grudado no vidro são funcionários do Uber sim, e não empreendedores, parceiros, prestadores de serviço ou qualquer outra definição que já tenha sido dada.

A decisão do tribunal é uma bomba relógio que pegou carona nos planos da empresa. Sendo funcionários, os motoristas terão direito a férias, plano de saúde, 13o , salário mínimo e demais benefícios como qualquer outro trabalhador.

O Uber sempre sustentou que era uma empresa de tecnologia que apenas fazia a interface entre as pessoas que precisam de um transporte e quem tem o carro. Nesse ponto de vista, os motoristas seriam apenas parceiros independentes que utilizam a plataforma para fazer negócios independentes.

A empresa, que fica na Califórinia, já disse que apelará da decisão dos tribunais ingleses. Só no Reino Unido, calcula-se que sejam 40 mil motoristas.

O impacto pode ter consequências devastadoras para outras empresas que também funcionam na chamada economia colaborativa. São, em geral, apps de analytics e big data que unem uma demanda a uma oferta. Companhias que fazem isso com turismo, pet care, manutenção residencial, limpeza e demais serviços on demand podem sentir, mais adiante, os impactos que atingirão o Uber num primeiro momento.



“Próprio patrão”
Uma pesquisa da Citizens Advice, publicada em 2015 descobriu que mais de 460 mil britânicos estão envolvidos com essa economia colaborativa e usam algum app semelhante ao Uber para impulsionar seus serviços. Esse número representa 10% dos 4,8 milhões de profissionais liberais do Reino Unido hoje.

Em um comunicado, o gerente geral do Uber no Reino Unido, Jo Bertram, disse que dezenas de milhares de pessoas usam o Uber justamente porque querem trabalhar por conta própria e ser seu próprio patrão . “A esmagadora maioria dos motoristas que usam o app querem manter a liberdade e flexibilidade de ser capaz de dirigir quando e onde quiserem”.

O caso foi movido por dois motoristas, em julho.

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