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Vacinação contra influenza reduz risco de mortes por doenças crônicas

Em seu evento no dia 31 de março, a Federação Mundial do Coração, alertou que o risco de infarto é 10 vezes maior nos primeiros sete dias após contágio pela gripe, especialmente em pessoas a partir dos 65 anos de idade. Ao se incluir a vacina na equação, o risco de infarto é reduzido em até 45%. De acordo com autores de outro estudo, a vacina contra a gripe deve ser considerada uma medida custo-efetiva para prevenção de morte por diferentes causas em pessoas com doença cardiovascular. Nesse estudo a observada, em pessoas vacinadas, foi de 25%. A federação alerta, ainda, para o maior risco de disseminação da gripe com a aproximação do inverno e redução das medidas para prevenir a COVID-19, como a dispensa do uso de máscaras.

Nesse dia 4 de abril teve início a campanha de imunização contra a gripe, prevista para se estender até o dia 3 de junho. A campanha é focada em alguns grupos prioritários, assim como foi a vacinação contra a COVID-19. A previsão é de que sejam vacinadas no primeiro mês pessoas com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde.

No mês seguinte, de 3 de maio a 3 de junho, serão vacinados diferentes grupos, incluindo crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, gestantes e puérperas, povos indígenas, professores e pessoas com doenças crônicas (DCNTs) e outras comorbidades.

Segundo o Dr. Mark Barone, fundador do FórumDCNTs e vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes, “pessoas com DCNTs devem entender a importância de se vacinar neste momento, visto que uma infecção por influenza pode ser ainda mais arriscada para elas e é preciso atualizar a vacina da gripe anualmente para se manter protegido”.

De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 52% dos adultos vivem com uma ou mais doenças crônicas. Ao mesmo tempo, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) alerta que desde 2015 tem ocorrido queda na cobertura da maioria das vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde, os atuais patamares se equivalem aos da década de 1980.



De acordo com o Dr. Renato Kfouri, diretor da SBIm, “a imunização tem um papel fundamental tanto na prevenção primária de algumas doenças crônicas, como do câncer de colo do útero através da vacina contra o HPV, quanto para reduzir o risco de agravamento de condições crônicas já existentes, quando há contágio por doenças infecciosas”. Segundo ele, “a ida até o posto de vacinação é uma oportunidade para atualizar também outras vacinas”, e complementa recomendando que “tanto a pessoa do grupo que irá receber a vacina de influenza quanto seus acompanhantes devem levar a carteira vacinal para que possam aproveitar a viagem e atualizar outras vacinas que estejam atrasadas, incluindo a de COVID-19”.

Nesse contexto, a Dra. Lorena Diniz, médica do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais de Goiás (CRIE-Goiás), destaca que além das campanhas vacinais e das vacinas presentes nas UBS, pessoas com doenças crônicas devem buscar os Centros de referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs). “Pessoas com DCNTs devem ir com relatório ou receita de seu médico solicitando o imunobiológico e identificando a condição de saúde, assim essas pessoas recebem gratuitamente outras vacinas específicas nesses centros”, finaliza a especialista.

A perspectiva do Ministério da Saúde é de que, até o final da campanha, 80 milhões de pessoas sejam vacinadas, reduzindo hospitalizações por agravamento de condições de saúde e mortes associadas à gripe.

Mais informações sobre o assunto estão disponíveis em www.ForumDCNTs.org

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