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E a primeira empresa de TI a apostar no comércio legalizado de maconha é…

A liberalização do uso da maconha nos Estados Unidos teve avanços importantes nos últimos dois anos e uma empresa de TI já notou que isso pode ser uma nova oportunidade de mercado. Vários estados retiraram as restrições e inverteram o olhar sobre a planta. Colorado foi o primeiro estado a fazer isso. No encerramento de 2015, mais de US$ 70 milhões de impostos foram arrecadados com esse novo negócio. Para se ter uma ideia do salto de arrecadação, a cidade de Aurora, terceira maior do Colorado, teve superávit suficiente para iniciar um novo programa social. Cerca de US$ 220 mil foram repassados para um programa que ajuda pessoas que não têm moradia.

O novo comércio de produtos derivados da maconha é amplo. Há, evidentemente, o consumo in natura. Mas existe dezenas de novos usos que vão da medicina à culinária gourmet. Com isso, uma nova cadeia de abastecimento e um novo varejo está crescendo a olhos vistos. Esse novo mercado sequer existia e espera-se que ele consuma de tudo que possa deixá-lo mais eficiente. E isso, é óbvio, inclui tecnologia.

Mas as empresas do setor parecem que não acordaram ainda para esse potencial. Talvez, agora com a entrada de uma grande companhia, conhecida de todos, esse quadro mude. A primeira empresa de TI a investir no ramo da maconha é a Microsoft. E – preparem os trocadilhos – a solução é em nuvem.

A Microsoft está desenvolvendo uma solução em software como serviço que permite que empresas acompanhem todo o ciclo de vida das plantas, sementes, até a fase de distribuição nos mercados em que a venda é legal e regulamentada. Será baseada em Azure e terá parceria com uma startup de Los Angeles chamada Kind. A notícia foi levantada pelo NYTimes com fontes de ambas as empresas confirmando o negócio.

Polêmico, mas promissor
O tema é delicado mesmo nos EUA onde a liberação da planta avança. Debates são acalorados, há protestos em frente às lojas de grupos conservadores e religiosos. Mas novos estudos sobre a substância ativa da planta, o Tetraidrocanabinol (THC), e a já confirmada elevação de arrecadação estão suplantando qualquer divisão de opiniões.



Kimberly Nelson, diretor-executivo da Microsoft para Governos Locais, diz ao jornal que acredita no crescimento significativo do mercado. “Com a regulamentação do setor, haverá um maior número de transações e, acreditamos, aumentará a demanda por soluções e ferramentas”.

O executivo lembra que a Microsoft é uma fornecedora de soluções corporativas. Ela não plantará ou venderá maconha, apenas criará soluções de gerenciamento da cadeia de abastecimento e vendas para os potenciais clientes desse novo mercado.

É verdade, mas é um grande paradigma quebrado no setor de TI, tradicionalmente conservador, com uma das realmente maiores empresas do ramo apostando em um segmento controverso (mas legalizado). Nos EUA, 25 estados já legalizaram a maconha. As legislações são locais e o uso varia entre o medicinal e o recreativo.

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