Home CORPORATE ARTIGO DevOps: O mesmo número não serve para todos

DevOps: O mesmo número não serve para todos

 

… implantação ainda mais difícil, já que grande parte das empresas, com suas estruturas operacionais acostumadas com um ambiente estável e conservador, estava despreparada para suportar a implantação de ciclo rápido.

O DevOps, com suas plataformas, ferramentas e práticas direcionadas para a colaboração entre TI e desenvolvimento, bem como para as metas de entrega rápida de aplicativos (com testes contínuos e não por etapas) exige a aceitação do desenvolvimento e implantação de aplicações praticamente em processo contínuo.

Embora a intenção seja boa e realmente adequada à realidade digital da era mobile, ainda não se pode esperar uma adoção generalizada do conceito de DevOps, devendo-se direcioná-lo prioritariamente para tarefas específicas.

Os atuais ambientes de desenvolvimento podem ser divididos em três categorias: a categoria de baixo código, a de desenvolvimento centrado na app e a categoria propriamente “mobile”. Entregar aplicativos nesses três ambientes envolve uma ampla gama de habilidades e ferramentas. Portanto, a abordagem e grau em que o DevOps é utilizado deve variar também.



Baixo-Código = Zero Ops
Em ambientes PaaS de baixo código baseados em nuvem, o modelo DevOps pode se tornar uma espécie de retaguarda. Com o fornecedor gerindo, mantendo e controlando o ambiente de desenvolvimento, o desenvolvedor cidadão ou o analista de negócio ficam aptos a trabalhar no desenvolvimento das interfaces gráficas do usuário (GUI) e em outras características e funções com baixo nível de envolvimento da TI ou setor de desenvolvimento.

Nesses ambientes, os usuários avançados podem facilmente promover aplicações de baixo código. A presença forte do DevOps aqui não é necessária, porque neste caso não existem os ambientes separados que são tipicamente usados para se propagar aplicativos. Neste contexto, o analista de negócios simplesmente faz as alterações que lhe pareçam pertinentes e as remete até a produção para que o processo se conclua.

Aqui, a TI é melhor utilizada como “guardiã”, envolvendo-se apenas quando necessário. Tais ambientes que nós chamamos de “zero ops”, ou talvez fosse até melhor qualificá-lo como “menos DevOps”. Temos aí uma forma de entrosamento em que os usuários de negócios, TI e desenvolvimento ficam muito mais livres para se concentrar em suas áreas estratégicas e competências essenciais, canalizando recursos de forma adequada e aumentando a produtividade através dos seus respectivos domínios.

Desenvolvimento-Centrado = Ops Controlado
As apps mais críticas de negócio, voltadas para altas transações de escala global são as que incidem na categoria de desenvolvimento centrado (deployment centric). O objetivo do DevOps nesses ambientes de códigos intensivos é livrar os desenvolvedores de problemas de implantação, permitindo-lhes se concentrar em sua competência-chave do código escrito.

Quando bem executados, os DevOps podem efetivamente deslocar o esforço do desenvolvimento de aplicativos para a implantação, permitindo a colaboração mais estreita entre o desenvolvimento e a TI. Neste ambiente, um processo DevOps bem gerido pode tornar mais fácil para a equipe de DevOps implantar os aplicativos e gerenciar a implantação, avançando e escalando aplicativos automaticamente com regras de auto-escala baseadas na usabilidade.

É por isso que caracterizamos o DevOps nesses ambientes como controlled ops, significando uma colaboração rigidamente controlada pela TI.

Móvel = Ops Estendido
Desde o desenvolvimento até a implantação, manutenção, monitoramento e análise, o termo mobile introduziu novos níveis de complexidade para a entrega de aplicativos. Os desenvolvedores precisam lidar com iOS, Windows e Android, sem mencionar várias versões dentro desses ambientes. Depois, há o próprio ambiente de desenvolvimento – web, nativo ou híbrido.

E, quanto aos dispositivos, há ainda uma enorme variedade de telefones e tablets de várias origens e diferentes gerações. E, ao lado de tudo isso, existem as diversas opções de implantação via lojas de aplicativos públicas e privadas ou diversos serviços de compartilhamento de arquivos.

Finalmente, o usuário final se envolve com o dispositivo de forma nunca antes imaginada, colocando a necessidade de se construir experiências de usuário atraentes e responsivas como uma exigência de grande importância.

Esse cenário que compõe o ambiente é ops estendido – um ambiente altamente colaborativo, onde o desenvolvimento, implantação, manutenção, suporte e até os gestores, se tornam todos parte integrante do sucesso de um aplicativo.

Nas comunicações móveis, todos os integrantes da cadeia de interação precisam ter um lugar no esquema DevOps, já que os aplicativos móveis estão constantemente em movimento, numa transformação permanente impulsionada principalmente pelo feedback do usuário final. A capacidade de fazer atualizações perfeitas e mudanças orientadas ao comportamento do usuário em tempo recorde pode significar o sucesso ou o fracasso de um aplicativo.

As plataformas, ferramentas e colaboração que o DevOps oferece neste ambiente nunca foram tão críticas, na medida que o usuário de negócio deve estar envolvido na concepção e desenvolvimento do aplicativo, bem como na análise de como o aplicativo é usado, o que irá ditar as mudanças a seguir. Quando bem sucedido, o ops estendido entra em sintonia com os usuários de negócio, mas não os envolve no próprio processo DevOps – que continua pertencendo à alçada da TI e do desenvolvimento.

Em Resumo
O DevOps pode ter impacto sobre todo o ciclo de entrega das aplicações. Seja a partir da melhora na frequência de implantação, o que pode levar à uma disponibilização mais rápida no mercado, ou encurtando os prazos de entrega para novas versões com menor índice de falhas, o objetivo do DevOps é maximizar a previsibilidade, aumentar eficiência, a segurança e tornar menos custosa a manutenção dos mais simples aplicativos móveis até os mais complexos sistemas transacionais.

A chave para o sucesso do DevOps está em aplicar o nível certo de colaboração e empregar as ferramentas certas para garantir que o DevOps melhore a qualidade e produtividade, em vez de impedi-las ou complicá-las.

* Vice-presidente de Soluções de Marketing da Progress

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