Home CORPORATE ARTIGO PIX: transformação digital financeira na palma da mão 

PIX: transformação digital financeira na palma da mão 

Por Anderson Torres *

Ao nos depararmos com a palavra PIX, poderíamos tentar encontrar algum significado como se fosse uma sigla. Mas na verdade o nome escolhido pelo Banco Central não é uma sigla. O termo lembra conceitos como tecnologia, transação e pixel. Ou seja, o PIX vem para proporcionar transferências de dinheiro em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Neste contexto, a nova modalidade de pagamentos lançada pelo Banco Central chega para facilitar as diversas transações financeiras atuais, possivelmente substituindo gradativamente alguns dos meios que já conhecemos como Doc, Ted, boletos, cartão de débito e até mesmo dinheiro em espécie. Tudo feito na palma da mão, através do celular, e de forma gratuita para pessoas físicas.  

A nova forma de realizar transações financeiras foi anunciada pelo Banco Central em fevereiro de 2019, mas passou a valer, de fato, no dia 16 de novembro. E essa novidade traz uma série de vantagens para pessoas físicas e jurídicas. 

Entre os principais benefícios da utilização do PIX estão a maior possibilidade de escolha ao pagador, rapidez e praticidade nas transações e integração com serviços do smartphone. Tudo isso com a segurança oferecida pelo Banco Central, através de um manual que estabeleceu requisitos fundamentais para a operação do PIX. 



Há mais dois aspectos na condução do projeto pelo Banco Central que merecem destaque em relação a transformação digital que o PIX vai proporcionar. O primeiro é a padronização na experiência do usuário. Segundo o BCB, todos os participantes do PIX vão fornecer no seu principal canal digital um conjunto de telas que vai permitir uma experiência similar, independente a instituição.

O outro aspecto importante do projeto é a preocupação com a interoperabilidade do sistema de pagamentos instantâneo. Transferências de valores entre uma fintech e um banco por exemplo, poderão ser feitas instantaneamente com um QRcode ou troca de chave, ou seja, é muito mais “aberto” do que o duopólio que se formou na China, onde apenas duas empresas dominam o mercado. 

Primeiramente o PIX vai impactar os casos de usos de pagamentos à vista, mas será possível também realizar pagamentos e recebimentos programados, o que segundo o Banco Central pode permitir o surgimento de novos modelos de negócio de crédito. Outra vantagem é que com o avanço dessa nova modalidade de pagamento será possível simplificar significativamente a jornada de compra do cliente. Por exemplo, ao comprar em um e-commerce à vista durante o final de semana, os sistemas de separação e remessa poderão ser acionados imediatamente reduzindo o tempo de entrega, sem a necessidade de aguardar a compensação de um boleto. 

O PIX vai ser positivo também para as empresas. As atuais formas de pagamento não serão substituídas de forma imediata pois a tendência é que haja uma transição gradual. Um bom exemplo disso é a adaptação dos arquivos de remessa e retorno (CNABs) para atender as transações do PIX. Mas essa virada tornará as empresas mais competitivas e trará redução de custos para todos.  

Com o impacto do PIX, as transações B2B devem sofrer mudanças. É seguro dizer que alguns modelos de negócios novos surgirão a partir dessa nova opção financeira, bem como outras modalidades de transações serão criadas. Por isso, as empresas de software e automação estão firmando parcerias com os participantes do PIX (Bancos e Fintechs) para entregar melhorias nos processos e redução de custos. As mudanças vão desde ajustes nos layouts de integração e cadastros e novas parcerias até a criação de ofertas digitais.

Em resumo, o que estamos vendo com o lançamento do PIX é o pilar do futuro do sistema financeiro, que deve ser cada vez mais digital, rápido, barato, seguro, transparente e aberto. 

* Anderson Torres é Gerente de Produto da wiipo

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