Para ter uma carteira diversificada e equilibrada, é fundamental alocar parte dos recursos disponíveis em investimentos de renda fixa. A escolha pode variar entre os diferentes tipos de CDB (prefixado, pós-fixado ou híbrido) ou de Tesouro Direto (Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, Tesouro prefixado, etc.).
Mas, afinal, qual seria a melhor opção? Na verdade, ambas as estratégias podem ser vantajosas e se adequar a diferentes perfis de investidores e objetivos financeiros.
Neste artigo, vamos detalhar as diferenças entre investir no Tesouro Direto e em CDBs, levando em conta as características de cada modalidade, seus prazos de vencimento, a rentabilidade, a liquidez e os riscos associados a cada tipo de investimento.
Embora informativo, este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
Tesouro Direto: tipos de títulos, liquidez e proteção contra inflação
Os títulos do Tesouro Direto são títulos de dívida emitidos pelo Tesouro Nacional. Ao adquirir um deles, o investidor, na prática, está emprestando dinheiro ao Governo Federal e, em compensação por esse “empréstimo”, recebe o valor aplicado acrescido de juros no vencimento do título.
Entre as principais características desses títulos estão a liquidez diária e a segurança, uma vez que contam com a garantia do Tesouro Nacional e são considerados um dos investimentos mais conservadores do mercado.
Nesse sentido, existem vários tipos de títulos do Tesouro Direto, sendo os mais comuns o Tesouro Selic, o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+.
O Tesouro Selic é um título que tem sua rentabilidade pós-fixada, indexada à Selic. Desse modo, ele rende mais quanto a taxa básica de juros da economia brasileira está elevada.
Trata-se de um investimento de curto prazo, recomendado para investidores que têm objetivos financeiros que exijam liquidez.
Já o Tesouro Prefixado tem uma rentabilidade fixa, previamente definida, de modo que o investidor conhece previamente a rentabilidade contratada no momento da aplicação. Existem duas modalidades, uma com pagamento de juros semestrais e outra com pagamento em parcela única no vencimento.
O Tesouro IPCA+, por sua vez, é um título híbrido. Isso significa que uma parte da sua rentabilidade é prefixada e a outra é pós-fixada e está indexada ao IPCA, o índice oficial da inflação no Brasil.
Trata-se de um investimento de longo prazo, indicado para investidores que querem proteger o capital contra a inflação, uma vez que, por ser indexado ao IPCA, mantém o poder de compra do valor investido. Assim como o Tesouro Prefixado, ele pode ser pago em juros semestrais ou em uma única parcela no vencimento do título.
CDBs: rentabilidade, bancos emissores e prazos de vencimento
CDBs são títulos emitidos por instituições bancárias para financiar as suas operações. Ao adquirir um desses títulos, o investidor torna-se credor do banco emissor e, em troca, recebe o valor investido somado a uma taxa de juros no vencimento do título.
No que diz respeito à rentabilidade, o CDB pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido. No CDB prefixado, a rentabilidade já é conhecida no momento da compra, sendo ideal para quem espera previsibilidade no retorno.
No CDB pós-fixado, a rentabilidade está indexada a algum índice de mercado, normalmente o CDI, que costuma seguir a Selic.
Já no CDB híbrido, parte da rentabilidade é prefixada e outra pós-fixada, sendo uma alternativa válida para quem deseja proteger o capital contra a inflação.
Os CDBs podem ser emitidos por vários bancos, e é preciso pesquisar sobre o histórico e a credibilidade da instituição emissora, já que isso está diretamente ligado aos riscos do investimento.
Comparativo de riscos e retorno entre Tesouro Direto e CDBs
O Tesouro Direto é o investimento mais seguro que existe, ideal para perfis conservadores, e traz um retorno interessante. Já os CDBs de bancos grandes têm risco semelhante ao Tesouro, mas os de bancos menores, apesar de apresentarem taxas mais atraentes, representam um risco maior (que é, contudo, mitigado pelo FGC).
Comparando ambas as modalidades, em geral, os CDBs podem oferecer retornos superiores, mas requerem atenção ao risco do emissor e à liquidez.
Como escolher a opção adequada ao perfil do investidor
Para investidores conservadores, que não querem correr riscos, a opção mais adequada é o Tesouro Direto, que apresenta um risco de crédito baixíssimo. Mas os CDBs de bancos grandes também são bastante seguros e valem a pena se pagarem uma taxa superior a 100% do CDI.
Para moderados, dispostos a correr um pouco mais de riscos em busca de uma rentabilidade mais alta, uma estratégia que pode ser interessante é investir 40% do capital em Tesouro Direto e 60% em CDBs de bancos que tenham um bom rating.
Já para investidores arrojados, com mais apetite ao risco, pode ser uma boa investir apenas 20% do total reservado à renda fixa em Tesouro Direto e os demais 80% nos CDBs de bancos médios e pequenos bem-avaliados, com taxas mais altas.






























