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Copa do Mundo: a importância do gramado no esporte mais popular do mundo

Gramado

Por Danny Braz*

A Copa do Mundo, que esse ano ocorre na Rússia, teve início no dia 14 de junho, reunindo grandes atletas, assim como amantes do esporte, de todo o mundo para jogar, torcer, se emocionar e competir pelo título de melhor do mundo. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]

Apesar de toda a atenção despendida ao jogadores, e muitas vezes para a beleza das arenas, muitos deixam de lado um dos aspectos mais importantes, tanto da construção quanto em influência para o resultados dos próprios jogos. Falo do gramado. Em princípio, a grama nada mais é do que o pano de fundo onde o espetáculo se desenrola. Mas, a verdade é que ela muda o rumo do jogo, e determina os lances tanto quanto os atletas.

O gramado influencia diversos aspectos da competição. A rolagem da bola é bem diferente em um gramado natural e em um artificial, por exemplo. A grama artificial altera o andamento da bola, e a consequência é que o atleta precisa de adequar a isso para render bem nos diferentes tipos de situação.

A grama artificial também pode prejudicar o jogador por queimar sua pele em uma eventual queda. Ela retém muito calor, e a irrigação serve para ajudar a resfriá-la. Porém, não dá para irrigar enquanto ocorre um jogo. Ou seja, durante a partida ela retém calor e pode causar problemas. Já a grama natural demanda de 3 a 6 litros de água por m² por dia, sendo que a irrigação funciona de 2 a 3 vezes em um mesmo dia.



Junte os problemas práticos de jogo e o rendimento alterado dos atletas, temos aí um fator determinante no esporte. Preocupados com isso, houve investimentos pesados em grama e irrigação nas últimas Copas. Em 2014, arenas como a de Itaquera, em São Paulo, o Maracanã no Rio de Janeiro, e o Estádio Palestra Itália, assim como mais de 20 outros estádios receberam uma atenção especial em seus projetos de irrigação do gramado.

Todos esses estádios se utilizaram de tecnologia de irrigação baseado no aproveitamento de água da chuva, para diminuir o impacto nos reservatórios municipais. Tiveram também atenção especial ao tipo de grama usado para favorecer o esportista, e uma preocupação em utilizar os melhores fornecedores.

Nesse ano, a Rússia optou pelo mesmo fornecedor utilizado aqui no Brasil, a Rain Bird. Lá, nove entre doze arenas usadas na competição possuem a mesma tecnologia que usamos. Quem pratica o esporte ou entende do mesmo em âmbito profissional, nota a diferença.

Para os leigos isso pode passar batido, mas como quase tudo, a beleza que é vista em campo vem de alta tecnologia e de um trabalho de qualidade. É preciso voltar os olhos a esses detalhes, pois na maioria dos casos, a grama é essencial e impacta diretamente no resultado dos jogos. O desenrolar de um jogo bonito de se ver no campo depende primordialmente de um gramado bem cuidado, tecnológico e sustentável.

* Danny Braz é engenheiro civil, consultor internacional com foco em construções verdes e diretor geral da empresa Regatec

 

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