Home Cultura Motorola inclui língua indígena da Amazônia em seus smartphones

Motorola inclui língua indígena da Amazônia em seus smartphones

Além de Nheengatu, falado na Amazônia, a língua Kaingang também estará disponível entre os cerca de 80 idiomas suportados na interface do Android

A Motorola continua a abraçar a inclusão por meio do conceito “Tecnologia mais inteligente para todos” e acrescentou duas línguas indígenas ameaçadas de extinção em seus dispositivos, tornando-se a primeira fabricante de telefones celulares do mundo a dar suporte a um idioma indígena falado na Amazônia. 

Agora, qualquer pessoa que tenha um dos novos dispositivos da Motorola, ou que seja atualizado para o Android 11, poderá acessar as línguas Kaingang e Nheengatu como parte dos outros 80 idiomas suportados na interface do Android e disponíveis em smartphones Motorola. O projeto teve como principal objetivo dar acesso às línguas indígenas por meio da tecnologia, visando também a preservação e perpetuação das mesmas no mundo digital.   

Motorola inclui língua indígena da Amazônia em seus smartphones

A Motorola sabe que as populações indígenas estão interagindo com a tecnologia móvel, e fazem parte dos diversos grupos que constituem sua base de consumidores. Com grande parte dos seus usuários presentes na América Latina, a empresa percebeu que nenhuma das línguas indígenas faladas no Brasil ou nos demais países do continente estão presentes no Android. E tampouco faziam parte do padrão de codificação de caracteres universal, Unicode, que compõe os fundamentos para inclusão e representação digital em uma variedade de interfaces digitais.

Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, aproximadamente 1.215 línguas eram faladas no território. E, com o tempo, muitas dessas línguas deixaram de existir. Hoje, 500 anos depois, apenas cerca de 200 delas permanecem vivas. Em menos de um século, esse número poderá chegar a zero. Quando uma língua desaparece, morre também com ela a história, a cultura e a identidade daquela população. E um patrimônio cultural é extinto.

Neste cenário, a Motorola tomou a decisão de trabalhar para preservar e revitalizar algumas dessas linguagens por meio de nossa experiência de software. Atuamos em parceria com o professor e especialista Wilmar da Rocha D’Angelis, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e representantes de cada uma dessas comunidades indígenas, para adicionar Kaingang, falada no Sul e Sudeste do Brasil, e Nheengatu, falada na Amazônia, Colômbia e Venezuela, aos nossos dispositivos por meio do Android.



“Estamos sendo pioneiros, dando um passo importante em direção a uma experiência móvel mais inclusiva. Nosso trabalho foi marcado pelo desejo de contribuir para a revitalização das línguas indígenas que, segundo a Unesco, estão correndo risco de extinção. Nossa meta foi viabilizar que falantes de Kaingang e Nheengatu pudessem usar a tecnologia como ferramenta de empoderamento da sua cultura”, diz Janine Oliveira, diretora executiva de Globalization Software da Motorola Mobility. “Ao compartilhar nossa inovação com outros fabricantes e profissionais da globalização, estamos ampliando o impacto desse projeto, pavimentando o caminho para que mais línguas indígenas estejam disponíveis no Android no futuro”, completou.

Como a integração de línguas nativas escrita é crucial para sua preservação, a Motorola segue trabalhando junto com o Google para disponibilizar essas línguas em AOSP e Google Gboard. Também segue atuando em parceria com o Consórcio Unicode, para assegurar que todos os dados das línguas coletados com seu apoio sejam de fonte aberta.

INSCREVA-SE NO CANAL DO YOUTUBE DO VIDA MODERNA

Quais os cuidados com os cães no verão?


Previous articleReforma Tributária pode triplicar impostos do setor de serviços, diz especialista
Next articleInbound marketing como caminho para aumentar a geração de leads para empresas B2B