Davids

O jogador Bruno Henrique, atacante do Santos, voltou a jogar futebol depois de quase ter que abandonar a carreira. Ele levou uma bolada e sofreu cinco lesões diferentes no olho direito, teve uma ruptura na retina, rompimento de vasos sanguíneos e problemas no nervo ótico e na mácula. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]

Foram 4 meses de incertezas até conseguir controlar as hemorragias e tratar os edemas antes de voltar a campo. Os problemas de visão já foram responsáveis pelo afastamento precoce de alguns craques do futebol mundial. No Brasil, o caso mais conhecido é o de Tostão, o camisa 9 da seleção tricampeã em 1970, que deslocou a retina ao receber uma pancada e parou de jogar.

O oftalmologista Renato Neves explica que o jogador de futebol para desempenhar bem a sua atividade tem de ter coordenação visual olho-pé e olho-corpo e uma visão em profundidade do campo capaz de registrar visualmente os espaços abertos para se locomover e preparar jogadas.



A visão periférica também é fundamental, já que ela não só ajuda na execução das jogadas como também permite que o jogador se previna contra colisões e incidentes dentro do campo. “Os jogadores mais habilidosos têm uma visão bastante desenvolvida para focar nesses pontos dentro de campo e antever ou agilizar jogadas. Sendo assim, qualquer problema que comprometa essas habilidades poderá prejudicar o rendimento dentro do campo”.

Enfim, o uso de óculos pelos jogadores de futebol foi um tabu durante muito tempo. Alex, que foi ídolo do Palmeiras, só no fim da carreira assumiu o uso dos óculos e disse certa vez que conhecia histórias de técnicos que proibiam jogadores de usar óculos. A FIFA, por quase 150 anos proibiu que o jogador de futebol usasse óculos em campo. A autorização só veio em 2010, ano da copa da África, e a única condição era a de que o árbitro se certificasse que os óculos não representariam um risco de ferimento ao atleta nem aos demais.

O principal cuidado é que os óculos sejam feitos de um material resistente às colisões entre jogadores e que eles não apresentem risco de cair ou se deslocar. “Os óculos devem ter lentes inquebráveis e uma armação que seja plenamente ajustável ao rosto do jogador, evitando risco de queda ou deslocamentos. Aliás, até mesmo os árbitros deveriam fazer uso de óculos quando necessário – o que poderia inclusive melhorar o desempenho deles em campo”, explica Dr. Renato.

Mesmo com várias fabricantes desenvolvendo óculos adequados para a prática esportiva, ainda é raro ver jogadores usando óculos nas partidas de futebol. O jogador holandês Edgar Davids foi um dos poucos que assumiu o uso de óculos durante a carreira, e em todas as equipes que defendeu sempre apareceu de óculos. Atualmente o mais comum é que os jogadores que apresentem algum problema de visão usem lentes de contato para poder jogar. Mas mesmo as lentes podem causar acidentes em campo.

O jovem jogador Lucas Paquetá, do Flamengo, chamou a atenção, recentemente, por causa de uma pancada que sofreu no olho esquerdo durante um jogo. Sua lente de contato se deslocou e ficou presa dentro da vista. O atleta ficou quase cinco minutos fora de campo até que os médicos retirassem a lente e substituíssem por uma nova. “O cuidado para o jogador que usa lentes é que elas têm que ser macias e gelatinosas. As lentes rígidas devem ser evitadas, pois podem se descolar e causar problemas para o jogador durante a partida”, conclui o oftalmologista.

 

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